Oi pessoal! Neste sábado, posto aqui no Blog mais um disco de Cauby Peixoto, um dos cantores mais admirados e reverenciados do Brasil, com mais de 60 anos de carreira e ainda hoje em plena atividade. Seu início de carreira remonta o início dos anos 1950, apresentando-se em programas de calouros (como o "Hora dos Comerciários", da Rádio Tupi) e em diversas boates do Rio de Janeiro e São Paulo. Em 1951, gravou seu primeiro disco pelo selo Carnaval, com as músicas "Saia Branca", de Geraldo Medeiros, e "Ai, Que Carestia!", de Victor Simon e LizMonteiro e, dois anos depois, gravou mais dois discos, desta vez pela Todamérica, com as músicas "Tudo Lembra Você", de Marvel, Strachey, Link e Mário Donato, "O Teu Beijo", de Silvio Donato, "Ando Sozinho", de Hélio Ramos e R. G. de Melo Pinto, e "Aula de Amor", de Poly e José Caravaggi, com o acompanhamento de Poly e seu conjunto, assinando em seguida contrato com a gravadora Columbia. Em 1954, Cauby fez grande sucesso com a música "Blue Gardenia", de B. Russel e L. Lee, vs. de Antonio Carlos, música tema de filme de Hollywood, de mesmo nome, lançado no mesmo ano. A partir da gravação desta música, a carreira de Cauby deu um grande salto, tornando-se um dos maiores ídolos do rádio nacional, além de ser convidado a participar do cast dos principais artistas da Rádio Nacional, sendo perseguido por fãs onde quer que fosse. Em algumas vezes, teve sua roupa rasgada por fãs enlouquecidas, servindo de marketing pessoal, segundo seu empresário Di Veras na época. No ano seguinte, a consagração veio com o lançamento do seu primeiro LP, "Blue Gardenia", pela Columbia, que além da faixa-título trouxe ainda os sucessos de "Triste Melodia", de Di Veras e Chocolate, "Final de Amor", de Cidinho e Haroldo Barbosa, "Um Sorriso e um Olhar", de Di Veras e Carlos Lima, e "Sem Porém Nem Porque", de Renato César e Nazareno de Brito. Ainda neste ano de 1955, foi escolhido pelo crítico Silvio Túlio Cardoso, através da coluna "Discos Populares" do jornal "O Globo" como o melhor cantor do ano, ganhando um disco de ouro entregue em cerimônia especial em pleno Copacabana Palace. No ano seguinte, grava dois LP's, sendo que em "Você, A Música E Cauby", o cantor lança a música de maior sucesso em sua carreira, música obrigatória em todos os seus shows até hoje: "Conceição", de Jair Amorim e Dunga. Em 1957, grava mais dois discos long-play: o primeiro, "Ouvindo Cauby", com destaque para "Nada Além", de Custódio Mesquita e Mário Lago, "Chora Cavaquinho", de Dunga, "As Pastorinhas", de João de Barro e Noel Rosa, e "Na Aldeia", de Chocolate, Silvio Caldas e Carusinho, e o segundo, "Prece de Amor", com músicas oriundas de discos anteriores avulsos de 78 RPM. Nos anos finais da década de 1950, Cauby continuou gravando discos e sucessos, com destaque para a versão em inglês de "Maracangalha", de Dorival Caymmi, com o título de "I Go", numa turnê pelos Estados Unidos. Em 1960, Cauby lançou o disco "O Sucesso Na Voz de Cauby Peixoto", com sucessos já consagrados como "A Felicidade", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, além de outras músicas maravilhosas do repertório de Jair Amorim e Evaldo Gouveia. Em 1961, além do lançamento dos discos "Perdão Para Dois" e "Cauby Canta Novos Sucessos", o cantor é agraciado, juntamente com Elizete Cardoso com o prêmio "Soberanos do Disco de 1961" pelo jornal "O Globo". Finalmente, em 1962, temos o lançamento do disco "Canção Que Inspirou Você", tema da postagem de hoje. Neste disco, um dos melhores de Cauby (pelo menos na minha opinião), destacam-se as músicas "Samba do Avião", de Tom Jobim, "Menino Triste", de Gracindo Jr. e Rildo Hora, "Pot-Pourri - Sorri (Charles Chaplin, J. Turner e G. Parsons - vrs. de Nazareno de Brito) / Lembrança (C. Martinez Gil e S. Costa Almeida) / Perfídia (Alberto Domingues - vrs. Lamartine Babo), "Canção Que Inspirou Você", de Toso Gomes e Antônio Correa, "Belo Horizonte Poema de Amor", de Édson Macedo, "Vou Brigar com Ela", de Lupicínio Rodrigues, "Balada do Trumpete", de Francisco Pisano e Ricardo Reis, "Poema de Luz", de Maria Helena Toledo e Nelsinho, e "A Vida Continua", de Jair Amorim e Evaldo Gouveia. Um disco completo, com interpretações belíssimas (como em "Menino Triste" e "Samba do Avião") e com músicas que fazem de Cauby Peixoto um verdadeiro gênio da música brasileira, cuja obra e cujo talento certamente perpetuarão na história de nossa música e nossa cultura popular.
1 - Balada do Trumpete
2 - Vida Minha
3 - Samba do Avião
4 - Quem Foi
5 - Fim
6 - Pot-Pourri - Sorri / Lembrança / Perfídia
7 - Belo Horizonte Poema de Amor
8 - A Vida Continua
9 - Canção Que Inspirou Você
10 - Menino Triste
11 - Vou Brigar com Ela
12 - Poema de Luz
ouvir cauby é sonhar.
ResponderExcluirBelo post e belíssimo disco!
ResponderExcluirJá que estamos falando de música brasileira de qualidade, aqui tem um artista independente dos confins de Minas Gerais, que traz muito do ser brasileiro nas suas músicas.
Ele é Erivelto Couto, e está lançando seu primeiro album "Gnômade".
Ele fez o lançamento do seu primeiro vídeo-clipe ontem. A música é "Sobremesa".
Se gostar, nos ajude a divulgar?
http://youtu.be/g-nsvN9OpSQ
Contato: leosrigotto@gmail.com