sábado, 19 de fevereiro de 2011

1966 - Elis

Oi pessoal! Neste sábado, posto aqui no Blog o disco que tanto referenciei e elogiei no post de ontem, "Louvação", de Gilberto Gil. Elis Regina apresenta neste disco não só músicas de Gilberto Gil, como também pela primeira vez canta Caetano Veloso e também Milton Nascimento. Ela descreve em entrevista no Programa Ensaio, em 1973, ao apresentador Fernando Faro como conheceu esses três grandes nomes de nossa música brasileira. O primeiro compositor que Elis conta como conheceu é Gilberto Gil. Ela recebeu uma fita com músicas de Gil gravadas, adorou, e marcou de conhecê-lo. Ele, na época, trabalhava numa empresa que vendia sabonetes e foi ao apartamento de Elis para o encontro. Nesta mesma fita, continham gravações de Caetano, de Gil, da Gal Costa e de Maria Bethânia. Contudo, Elis escolheu para gravar três do Gil - "Roda", "Louvação" (que saiu no LP - "Dois Na Bossa Nº 2, com Jair Rodrigues) e "Lunik-9" - e duas do Caetano, "Boa Palavra" e "Samba Em Paz". Embora tenha gravado essas duas músicas de Caetano, Elis viria a gravar outra música dele apenas na década de 1970, devido a declarações de caetano dizendo que tinha gostado muito da gravação de "Samba Em Paz", mas que não tinha gostado de "Boa Palavra". Uma situação que seria quebrada com a gravação de "Irene", no antológico disco gravado ao vivo no Teatro da Praia, em 1970. Finalmente, Milton Nascimento. Elis conheceu Milton Nascimento em 1966, quando Milton se mudou para São Paulo. Numa tarde, Milton Nascimento mostrou a Elis todas as suas músicas e, ao final, mostrou uma última (pois, até aquele momento, Elis não tinha gostado de nenhuma) que ainda não estava finalizada. E, Milton tocou "Canção do Sal", que Elis escolheu para gravar. Enfim, este disco é um marco não só para a carreira de Elis, como também para a carreira destes três compositores. Este disco apresenta ainda uma interpretação belíssima de Elis para "Carinhoso", a primeira gravação de Elis de uma música de Chico Buarque, "Tem Mais Samba", "Tereza Sabe Sambar", de Vinicius e Francis Hime e "Veleiro", de Edu Lobo e Torquato Neto, que Elis interpretou com maestria na entrega do Troféu Roquette Pinto, em 1967. Sem dúvida, trata-se de um disco de suma importância para a música brasileira. Pra mim, um dos melhores discos de estúdio da carreira de Elis.

1 - Roda
2 - Samba Em Paz
3 - Pra Dizer Adeus
4 - Estatuinha
5 - Veleiro
6 - Boa Palavra
7 - Lunik-9
8 - Tem Mais Samba
9 - Sonho de Maria
10 - Tereza Sabe Sambar
11 - Carinhoso
12 - Canção do Sal

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