tag:blogger.com,1999:blog-38216789538385568082024-03-10T05:30:03.533-03:00Blog da Música Brasileira"Fazer música não é botar fusca na praça. Não é linha de montagem, não". Elis ReginaBlog da Música Brasileirahttp://www.blogger.com/profile/08398402278491733816noreply@blogger.comBlogger390125tag:blogger.com,1999:blog-3821678953838556808.post-80197039931771788722016-12-27T12:01:00.000-02:002016-12-27T12:01:06.472-02:001970 - ...Em Pleno Verão - Elis Regina<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyKt6qbrZSZQ_dF0iN-_obre92sRSRbte0ftti0rynxkPi3GfDn3dDnMypmImHbxFHGJ8MxLwSaEK_q5o3OxJxv0d0zC6PnFVfPsrGEkZ_4zO42wFu3BAvJ7rpdZXcUsaVlclXrYaMBjZ3/s1600/1970+-+...Em+Pleno+Ver%25C3%25A3o.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5700073163338219538" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyKt6qbrZSZQ_dF0iN-_obre92sRSRbte0ftti0rynxkPi3GfDn3dDnMypmImHbxFHGJ8MxLwSaEK_q5o3OxJxv0d0zC6PnFVfPsrGEkZ_4zO42wFu3BAvJ7rpdZXcUsaVlclXrYaMBjZ3/s1600/1970+-+...Em+Pleno+Ver%25C3%25A3o.jpg" style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center;" /></a>Oi pessoal! Nesta terça-feira, depois de quase um ano de ausência, posto aqui no Blog mais um disco em homenagem a uma das maiores cantoras brasileiras, Elis Regina. Dona de um temperamento forte, uma voz linda e um talento incomparável, Elis se tornou não só uma cantora sem igual, como também uma descobridora de talentos, em músicas que marcaram a história de nossa MPB, como "Romaria", de Renato Teixeira, "Madalena", de Ivan Lins e Ronaldo Monteiro de Souza, "Maria, Maria", de Milton Nascimento e Fernando Brandt, "Casa No Campo", de Zé Rodix e Tavito, dentre muitas outras. Também revelou ao público compositores até então desconhecidos do público, como Milton Nascimento, Zé Rodrix, Ivan Lins, Joyce, Belchior, Renato Teixeira, entre muitos outros. E pra embalar este verão no final deste ano, trago aqui o "...Em Pleno Verão", gravado em 1970 pela Philips, com os arranjos de Erlon Chaves e produção de Nelson Motta. Após os turbulentos anos 1960 na carreira de Elis, Nelson Motta foi convidado por ela para produzir um disco mais atual e moderno, consolidando a segunda fase na carreira de Elis, com o sucesso astronômico de "Vou Deitar e Rolar (Quaquaraquaquá)", em que a gargalhada de Elis ficou marcada para a posteridade, logo na abertura do LP. Passando por músicas de Gil e Caetano, "Fechado Pra Balanço" e "Não Tenha Medo", Jorge Ben, "Bicho do Mato" e "Até Aí Morreu Neves", Roberto & Erasmo, "As Curvas da Estrada de Santos" e Tom & Vinicius, "Frevo", o disco traz ainda a interpretação de Elis para a abertura da novela "Verão Vermelho", produzida pela Tv Globo naquele ano, embora esta seja uma versão diferente da novela. Destaque especial para "Copacabana Velha de Guerra", embora pouco conhecida do repertório de Elis, tem uma letra bem interessante e apareceu de forma intrigante em um especial realizado pela Tv Globo na época com Elis e sua "irmã gêmea", além de "Comunicação", também presente em um especial da Elis para a Tv Globo e que traz uma sátira às formas de comunicação da época, e da antológica "These Are The Songs", gravada com o compositor Tim Maia e que se tornou um dos duetos mais célebres da carreira de ambos. Um disco fantástico, que marcou a carreira de Elis e que, como eu, fez com que muitos admirassem ainda mais esta artista extraordinariamente completa.<br />
<br />
1 - Vou Deitar e Rolar (Quaquaraquaquá) (Baden Powell / Paulo César Pinheiro)<br />
2 - Bicho do Mato (Jorge Ben)<br />
3 - Verão Vermelho (Nonato Buzar)<br />
4 - Até Aí Morreu Neves (Jorge Ben)<br />
5 - Frevo (Tom Jobim / Vinicius de Moraes)<br />
6 - As Curvas da Estrada de Santos (Roberto Carlos / Erasmo Carlos)<br />
7 - Fechado Pra Balanço (Gilberto Gil)<br />
8 - Não Tenha Medo (Caetano Veloso)<br />
9 - These Are The Songs (Tim Maia)<br />
10 - Comunicação (Edson Alencar / Hélio Matheus)<br />
11 - Copacabana Velha de Guerra (Joyce / Sergio Flaksman)<br />
<br />Blog da Música Brasileirahttp://www.blogger.com/profile/08398402278491733816noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3821678953838556808.post-7667777094857588112016-01-11T21:51:00.001-02:002016-01-13T22:04:48.695-02:001969 - Jorge Ben<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWGB200J3xPc5VhjCYFoscr7Rld1NcV8QV-JefqUqZ5EhZv-QtEO0QXvBWoR8Mgcd4rWVZAhQVaF3jJeLU5MkSD4HdQRvO46Dhf1bx9oRKMmlOMVeQhBlQu1_Lvv072xETa9qrbkNMDlGE/s1600/1969+-+Jorge+Ben.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5599652221825463874" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWGB200J3xPc5VhjCYFoscr7Rld1NcV8QV-JefqUqZ5EhZv-QtEO0QXvBWoR8Mgcd4rWVZAhQVaF3jJeLU5MkSD4HdQRvO46Dhf1bx9oRKMmlOMVeQhBlQu1_Lvv072xETa9qrbkNMDlGE/s400/1969+-+Jorge+Ben.jpg" style="cursor: hand; cursor: pointer; display: block; height: 400px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 400px;" /></a>Oi pessoal! Nesta segunda-feira, trago aqui no Blog mais um disco do carioca Jorge Duílio Lima Menezes, também conhecido nacional e internacionalmente como Jorge Ben. Compositor, violonista e cantor de enorme sucesso, Jorge iniciou sua carreira no início dos anos 1960 como pandeirista do conjunto Copa Trio, se apresentando no famoso Beco das Garrafas, no Rio de Janeiro, na casa noturna Little Club. Ainda no Beco, se apresentou como cantor e violonista no Bottle's, apresentando pela primeira vez suas próprias composições. Em 1963, voltou a se apresentar no Bottle's acompanhado pelo Copa Cinco e, a convite do organista Zé Maria, participou como <i>crooner </i>de duas de suas músicas ("Por Causa de Você, Menina" e "Mas Que Nada") no LP "É Tudo Azul", do próprio organista. Ainda neste ano, foi contratado pela Philips para gravar um disco com as suas duas músicas já gravadas, com o acompanhamento do conjunto Copa Cinco, e que, com o sucesso do disco, impulsionou a gravadora a produzir o primeiro LP de Jorge Ben, "Samba Esquema Novo", o qual atingiu mais de 100 mil cópias vendidas na época. Em 1964, lança pela Philips mais dois LP's, "Sacudin Ben Samba" e "Ben É Samba Bom" e em 1965, após excursionar pelos Estados Unidos, tem duas de suas músicas gravadas por lá por Sergio Mendes ("Mas Que Nada" e "Chove, Chuva"), alcançando as paradas de sucesso norte-americanas. Ao voltar ao Brasil, participou inúmeras vezes dos programas de mais audiência da Tv na época, "O Fino da Bossa" e "Jovem Guarda", além de lançar o disco "Big Ben" ainda em 1965. Dois anos mais tarde, lança o disco "O Bidú - Silêncio no Brooklyn", pela gravadora Rozenblit, acompanhado pelo grupo The Fevers. Em 1969, participou do IV Festival Internacional da Canção, promovido pela Tv Globo, defendendo a música "Charles, Anjo 45", uma das 11 músicas do seu LP lançado neste mesmo ano ("Jorge Ben"), o qual é tema da postagem de hoje. Com 11 composições do próprio Jorge Ben, este disco lançado pela Philips traz uma capa belíssima (arte de Albery), além de lançar novamente Jorge Ben nas paradas de sucesso, com "País Tropical", "Crioula", "Cadê Tereza", "Charles, Anjo 45", além de "Bebete Vaõbora", "Take It Easy My Brother Charles" e "Que Pena" como destaques. Um disco sensacional, que até hoje é considerado como um dos melhores da carreira de Jorge Ben, que traz seu suingue inconfundível e os sucessos que até hoje marcam Jorge Ben como um dos principais ícones de nossa música brasileira. E após conhecer este disco, tem-se a certeza de que não é por acaso. <br />
<br />
01 - Crioula (Jorge Ben)<br />
02 - Domingas (Jorge Ben)<br />
03 - Cadê Tereza (Jorge Ben)<br />
04 - Barbarella (Jorge Ben)<br />
05 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2016/01/pais-tropical-jorge-ben-1969.html" target="_blank">País Tropical</a> (Jorge Ben)<br />
06 - Take It Easy My Brother Charles (Jorge Ben)<br />
07 - Descobri Que Eu Sou Um Anjo (Jorge Ben)<br />
08 - Bebete Vãobora (Jorge Ben)<br />
09 - Quem Foi Que Roubou A Sopeira de Porcelana Chinesa Que A Vovó Ganhou da Baronesa (Jorge Ben)<br />
10 - Que Pena (Jorge Ben)<br />
11 - Charles, Anjo 45 (Jorge Ben)<br />
<br />Blog da Música Brasileirahttp://www.blogger.com/profile/08398402278491733816noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-3821678953838556808.post-65847086330920656332016-01-02T12:00:00.001-02:002016-01-02T12:00:53.821-02:001969 - Alegria, Alegria - Vol. 3 - Wilson Simonal<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRK-hsWZmIWWzcMdBhE5RnDLGdGEPMwAgmOmO1TVIyUY4q7Mtuytxrfqsenb5InimnRHp3qPKnxPtr_rJ-b11bZzF0XbaaKqIrqa4lbYiS8x7GFBlhsOYWP4xjavaH7JZ60e3BcIYc3Szu/s1600/1969+-+Alegria%252C+Alegria+Vol.3+-+A.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRK-hsWZmIWWzcMdBhE5RnDLGdGEPMwAgmOmO1TVIyUY4q7Mtuytxrfqsenb5InimnRHp3qPKnxPtr_rJ-b11bZzF0XbaaKqIrqa4lbYiS8x7GFBlhsOYWP4xjavaH7JZ60e3BcIYc3Szu/s1600/1969+-+Alegria%252C+Alegria+Vol.3+-+A.jpg" /></a></div>
Oi pessoal! Neste primeiro sábado do ano (aliás, feliz 2016!), depois de alguns meses longe das postagens, trago aqui no Blog mais um disco do carioca Wilson Simonal. Dono de um suingue e um estilo característico, Simonal iniciou sua carreira no final da década de 50 cantando como <i>crooner</i> de grupos e orquestras, cantando rocks e calypsos em bares e boates cariocas da época. Em 1961, convidado por Carlos Imperial, participou do programa "Os Brotos Comandam", na Tv Continental, de onde surgiu o convite da gravadora Odeon para gravar seu primeiro disco, com as músicas "Biquínis e Borboletas" (Britinho / Fernando César) e "Terezinha" (Carlos Imperial). Apostando em seu sucesso, a dupla Mieli & Bôscoli o levou para se apresentar no famoso "Beco das Garrafas".Dois anos mais tarde, pela própria Odeon, Simonal lança seu primeiro LP, "Tem Algo Mais", alcançando grande sucesso com a música "Balanço Zona Sul" (Tito Madi). Em julho de 1964, lança seu segundo sucesso com "Nanã" (Moacir Santos / Mario Telles), num compacto que continha ainda a música já consagrada por João Gilberto, "Lobo Bobo" (Carlos Lyra / Ronaldo Bôscoli), abrindo as portas da Odeon para a gravação de seu segundo LP, "A Nova Dimensão do Samba". No final de 1964, excursionou pela América do Sul, juntamente com o Bossa Três e a dançarina Marly Tavares, se apresentando no primeiro show fora do Beco organizado por Mieli e Bôscoli, "Quem Tem Bossa Vai à Rosa". No início de 1965, é contratado pela Tv Tupi para apresentar o programa "<i>Spotlight</i>", levando ao público suas músicas com um toque mais sofisticado, se aproximando do jazz americano da época. Neste ano, tem um intenso lançamento de novos discos, com o LP "Wilson Simonal" em março, dois compactos e o LP "S'imbora" no final do ano. Em 1966, Simonal fecha contrato com a Tv Record, participando como convidado fixo dos programas "O Fino da Bossa", apresentado por Elis e Jair, e "Jovem Guarda", apresentado pelos músicos do movimento. No primeiro semestre, lança mais dois compactos, com destaque para a música "Mamãe Passou Açúcar em Mim" (Carlos Imperial), que se tornou um dos maiores sucessos da carreira de Simonal. Em novembro, Simonal lança mais um LP, "...Vou Deixar Cair", destacando além do sucesso do compacto, "Carango" (Nonato Buzar / Carlos Imperial) e "Meu Limão, Meu Limoeiro" (Tradicional). E ainda neste mesmo ano, estreia na Tv Record o programa "Show em Si...Monal", o qual renderia um LP duplo, gravado ao vivo no Teatro Record, em 1967. Em 1967, gravou mais alguns compactos, com destaque para "Tributo a Martin Luther King" (Wilson Simonal / Ronaldo Bôscoli), música que acabou sendo fichada pela censura, lançada apenas 3 meses depois e que alcançou o 1º lugar do IBOPE. Ainda no final do ano, lança seu LP "Alegria, Alegria!!!", com desta que para "Nem Vem Que Não Tem" (Carlos Imperial), um dos grandes sucessos de sua carreira, além de "Vesti Azul" (Nonato Buzar), "Belinha" (Toquinho / Vitor Martins), "Agora É Cinza" (Bide / Marçal) e "Aos Pés da Cruz" (Marino Pinto / Zé da Zilda). Em 1968, lança num compacto "Sá Marina" (Antonio Adolfo / Tibério Gaspar), um dos maiores sucessos de sua carreira, além de ser o carro-chefe do LP "Alegria, Alegria - Vol. 2" ou "Quem não tem swing morre com a boca cheia de formiga", lançado no final do ano, destacando também "Zazueira" (Jorge Ben). No final do ano, excursionou pela Europa, retornando ao Brasil para os preparativos do show "De Cabral a Simonal", um dos shows de maior público de sua carreira. Em abril de 1969, lança pela Odeon o disco que é tema da postagem de hoje: "Alegria, Alegria - Vol. 3" ou "Cada um tem o disco que merece". Como destaque principal do disco, temos "Mustang Cor de Sangue", além de "Silva Lenheira" (com incrível arranjo de Cesar Camargo Mariano), Atire a Primeira Pedra, Mulher de Malandro e Silêncio. Um disco que traz a marca inconfundível da "pilantragem" e "malandragem" de Simonal, com arranjos sensacionais e a participação imprescindível do Som 3 na qualidade musical do disco. Lançado no auge de sua carreira, "Cada um tem o disco que merece" resume bem o que o disco representa para Simonal e para o público que não se esquece de um de sues maiores ídolos. <br />
<br />
1 - Silva Lenheira (Jorge Ben)<br />
2 - Mustang Cor de Sangue (Marcos Valle / Paulo Sérgio Valle)<br />
3 - Menininha do Portão (Nonato Buzar / Paulinho Tapajós)<br />
4 - Silêncio (Eduardo Souto Neto / Sérgio Bittencourt)<br />
5 - Prece Ao Vento (Gilvan Chaves / Alcyr Pires Vermelho / Fernando Luiz Câmara)<br />
6 - What You Say (Wilson Simonal)<br />
7 - Moça (Antonio Adolfo / Tibério Gaspar)<br />
8 - Aleluia, Aleluia (Antonio Adolfo / Tibério Gaspar)<br />
9 - Mamãe Eu Quero (Vicente Paiva / Jararaca)<br />
10 - Meia-Volta (Ana Cristina) (Antonio Adolfo / Tibério Gaspar)<br />
11 - Pensando Em Ti (Herivelto Martins / David Nasser)<br />
12 - Atire A Primeira Pedra (Ataulfo Alves / Mário Lago)<br />
13 - Mulher de Malandro (Celso Castro / Osvaldo Nunes)<br />
<br />Blog da Música Brasileirahttp://www.blogger.com/profile/08398402278491733816noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3821678953838556808.post-72471027069109779702015-06-04T16:42:00.001-03:002015-06-04T16:44:13.631-03:001964 - Claudette É Dona da Bossa<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg58qHzTO3NpUrrcB9kq7vqyrEujoVwyFWOwRRIE_rV0PTWkDgvC_va5q04GTTqVjnjrp46SuTP1f85IVB7i0uQm73U2lxe3Q9CQ-t1k4tyiA_jLRQuPJNbKUJ905j9wiw-KMhjcuh9SGnx/s1600/1964+-+Claudette+%25C3%2589+Dona+Da+Bossa.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5611917309963692050" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg58qHzTO3NpUrrcB9kq7vqyrEujoVwyFWOwRRIE_rV0PTWkDgvC_va5q04GTTqVjnjrp46SuTP1f85IVB7i0uQm73U2lxe3Q9CQ-t1k4tyiA_jLRQuPJNbKUJ905j9wiw-KMhjcuh9SGnx/s400/1964+-+Claudette+%25C3%2589+Dona+Da+Bossa.jpg" style="cursor: hand; cursor: pointer; display: block; height: 400px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 400px;" /></a>Oi pessoal! Nesta quinta-feira, feriado de <i>Corpus Christi</i>, trago aqui no Blog o primeiro disco solo da carreira da carioca Claudette Soares. Dona de uma voz doce e de um imenso talento musical, Claudette Soares iniciou sua carreira ainda criança, revelada no programa "A Raia Miúda" de Renato Murce pela Rádio Nacional, além de se apresentar nos programas "Clube do Guri", comandado por Silveira Lima na Rádio Mauá e no programa "Papel Carbono", também apresentado por Renato Murce na Nacional. Já na década de 1950, participou do programa "Salve O Baião!", na Rádio Tupi, conhecendo o Rei do Baião, Luiz Gonzaga, que a apelidou de "a Princesinha do Baião". No final dessa década, foi convidada pela cantora Sylvia Telles para substituí-la como <i>crooner </i>na boate Plaza, onde dividiu o palco com os músicos Luiz Eça, Baden Powell, João Donato, Milton Banana, entre outros. Em 1960, foi convidada por Ronaldo Bôscoli para participar do show "A Noite do Amor, do Sorriso e da Flor", realizado na antiga Faculdade de Arquitetura do Rio de Janeiro, com o objetivo de divulgar as músicas do movimento Bossa Nova, que aumentava cada vez mais. Participou ainda neste mesmo ano do programa "Brasil 60", da Tv Excelsior e comandado pela atriz Bibi Ferreira. No início dos anos 1960, começou a divulgar a Bossa Nova em bares e casas noturnas de São Paulo, como "Baiúca", "Cambridge", "Juão Sebastião Bar" e "Ela, Cravo e Canela", inaugurando esta última com o espetáculo "Um show de show", ao lado do músico Pedrinho Mattar. Finalmente, em 1964, foi convidada pela gravadora Mocambo a gravar seu primeiro LP solo, tema da postagem de hoje, com destaque para as músicas "Garota De Ipanema", "Samba Do Avião", "Ah! Se Eu Pudesse", "Pra Que Chorar", "Samba Só" e "Evolução". Apesar de ser o disco de estréia de Claudette, este LP nos traz um repertório Bossa Nova bem selecionado, rico, passando por Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli, precursores do movimento, além de Baden Powell, Tereza Souza, Walter Santos e Silvio César, compositores que se destacaram como pioneiros na MPB, movimento que em 1964 começava a tomar forma e que viria a ganhar força com os festivais de música promovidos pelas grandes emissoras de Tv do país nos anos seguintes. Além desta importância histórica musical, temos a interpretação de Claudette, com sua voz doce, suave, mas que transmite toda a energia e o talento de uma cantora que ainda tem muito a mostrar ao seu público. Por tudo isso, e selado pela Mocambo, é que Claudette Soares se faz "dona da Bossa" e de uma carreira de mais de 50 anos de muito sucesso.<br />
<br />
01 – Pra Que Chorar (Vinicius de Moraes / Baden Powell)<br />
02 – Azul Contente (Tereza Souza / Walter Santos)<br />
03 – Samba Do Avião (Tom Jobim)<br />
04 – Sem Você (Tom Jobim / Vinicius de Moraes)<br />
05 – Ah! Se Eu Pudesse (Roberto Menescal / Ronaldo Bôscoli)<br />
06 – Tristeza De Nós Dois (Durval Ferreira / Bebeto / Maurício Einhorn)<br />
07 – Garota De Ipanema (Tom Jobim / Vinicius de Moraes)<br />
08 – Samba Só (Walter Santos / Tereza Souza)<br />
09 – Crediário Do Amor (Theo de Barros)<br />
10 – Bossa Na Praia (Pery Ribeiro / Geraldo Cunha)<br />
11 – Evolução (Pery Ribeiro / Geraldo Cunha)<br />
12 – Conselho A Quem Quiser Voltar (Silvio César)Blog da Música Brasileirahttp://www.blogger.com/profile/08398402278491733816noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3821678953838556808.post-55181494262575378282015-04-05T22:11:00.000-03:002015-06-04T17:05:03.422-03:001971 - Jesus Cristo - Claudia<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgycaRR5Ic33hvTvdu57CKS7KF_OW3_1xcQeHW7nFBnqiaM3fJpxEHtt7f-WTjxUaCVrYKv8gv1Y892AlZtJhyNrMQMRlv6K7XivVtkQMYFeK9S9TyV7MOQ7Mo10cShQdtK_S7zGgRwQGHA/s1600/1971+-+Jesus+Cristo.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5664903864257771010" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgycaRR5Ic33hvTvdu57CKS7KF_OW3_1xcQeHW7nFBnqiaM3fJpxEHtt7f-WTjxUaCVrYKv8gv1Y892AlZtJhyNrMQMRlv6K7XivVtkQMYFeK9S9TyV7MOQ7Mo10cShQdtK_S7zGgRwQGHA/s400/1971+-+Jesus+Cristo.jpg" style="cursor: hand; cursor: pointer; display: block; height: 400px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 400px;" /></a>Oi pessoal! Feliz Páscoa a todos vocês! Neste dia tão especial, escolhi para postar o disco "Jesus Cristo" (tema que tem tudo a ver com o dia de hoje), gravado pela cantora carioca Claudia. Sua carreira teve início aos oito anos de idade, cantando num programa de calouros na Rádio Sociedade, em Juiz de Fora (MG). Aos 13 anos, já cantava como <i>crooner</i> de um conjunto, denominado Meia-Noite, que se apresentava em bailes e festas em sua cidade. Em 1965, iniciou sua carreira profissional ao participar do programa "O Fino da Bossa", comandado por Elis Regina e Jair Rodrigues na Tv Record. Contudo, devido às críticas da época, as quais diziam que a "novata" Claudia era tão boa quanto Elis, o relacionamento delas "azedou" e a Claudia foi banida do programa. Neste mesmo ano, foi agraciada com o prêmio Roquette Pinto como cantora revelação e, em seguida, foi convidada pelo saxofonista japonês Sadao Watanabe a fazer uma excursão pelo Japão, cantando em hotéis, boates, clubes e teatros durante seis meses, a qual lhe rendeu o primeiro disco, com uma tiragem de 200 mil cópias. Ainda no mesmo ano, retorna ao Brasil, gravando pela RGE um compacto com as músicas "Deixa O Morro Cantar" (Tito Madi) e "Sorri", de Zé Ketti e Élton Medeiros. No ano seguinte, classifica em 3º lugar no II Festival Nacional de Música Popular Brasileira, realizado pela Tv Excelsior, a música "Chora Céu" (Luis Roberto / Adilson Godoy), sendo esta gravada em compacto (também pela RGE), juntamente com a canção "Mensagem" (Adilson Godoy). Em 1967, grava seu primeiro LP "Claudia", com destaque para as músicas "Vento de Maio" (Gilbero Gil / Torquato Neto), "Chora, Céu", "Amanhã Ninguém Sabe" (Chico Buarque), "Canção de Não Cantar" (Sergio Bittencourt) - esta defendida pelo grupo MPB-4 no II Festival de MPB, promovido pela Tv Record neste mesmo ano, alcançando o 4º lugar - e "Não Se Aprende Na Escola" (Haroldo Barbosa), alcançando boa repercussão na crítica e no público. Após um ano excursionando pela Europa e retornar ao Brasil, Claudia participa do I Festival Fluminense da Canção, realizado em Niterói, com a música "Razão de Paz para Não Cantar" (Eduardo lage / Alézio Barros), obtendo o 1º lugar. Em seguida, se inscreve no IV Festival Internacional da Canção, promovido pela Tv Globo em 1969, classificando a música "Razão de Paz para Não Cantar" em 4º lugar na fase nacional do festival e conquistando o prêmio de melhor intérprete. No ano seguinte, representou o Brasil no XI Festival da Canção (México), trazendo consigo quatro medalhas de ouro, inclusive a de melhor intérprete. Em 1971, lança seu terceiro LP, "Jesus Cristo" pela gravadora Odeon, tema da postagem de hoje,com destaque para as músicas "Jesus Cristo" (música que dá título ao disco), "Com Mais de 30", "Mudei De Idéia", "Mais Que Perfeito", "A Voz do Violão", "Frente Fria", e "Ossain". Este disco nos traz uma cantora já amadurecida, com mais de cinco anos de carreira, já conhecida do público, com a imagem desvinculada à de Elis (adquirida no início de sua carreira) e que traz uma interpretação firme, com voz clara e decidida, marca de sua música e reflexo de seu talento musical. Um disco completo, de rico repertório, que nos traz em onze canções o melhor da cantora Claudia, em disco até então. <br />
<br />
1 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2015/06/jesus-cristo-claudia-1971.html">Jesus Cristo</a> (Roberto Carlos / Erasmo Carlos)<br />
2 - Amigo (Fred Falcão / Arnoldo Medeiros)<br />
3 - Ossain (Antonio Carlos Pinto / Jocafi / Ildásio Tavares)<br />
4 - Frente Fria (Marcos Valle / Paulo Sérgio Valle)<br />
5 - Seresta No Castelinho (Klécius Caldas / Sandra Barreto)<br />
6 - Mudei De Idéia (Antonio Carlos Pinto / Jocafi)<br />
7 - Mais Que Perfeito (Abílio Manoel)<br />
8 - Moeda, Reza e Cor (Dom Salvador / Marcos Versiani)<br />
9 - Baobá (Mário Albanese / Ciro Pereira)<br />
10 - A Voz do Violão (Francisco Alves / Horácio Campos)<br />
11 - Com Mais de 30 (Marcos Valle / Paulo Sérgio Valle)<br />
<br />Blog da Música Brasileirahttp://www.blogger.com/profile/08398402278491733816noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3821678953838556808.post-55605330332925890972015-03-11T22:52:00.000-03:002015-03-11T23:56:06.420-03:001958 - Vamos Falar de Brasil - Inezita Barroso<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjanhTtoYC-nWiWVe5ynD-oAwhZXeDDEO7nfIOdfKdujqEGHXIwEehwvw1iFnZdpM-IJSURyU4oLr6l7JhAJOJ_AXJX_SvDV4RAT6pATVVWdexxzW2M1JB6pUEX6BIgEfbEwTRpttyC-LTZ/s1600/1958+-+Vamos+Falar+De+Brasil+-+A.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjanhTtoYC-nWiWVe5ynD-oAwhZXeDDEO7nfIOdfKdujqEGHXIwEehwvw1iFnZdpM-IJSURyU4oLr6l7JhAJOJ_AXJX_SvDV4RAT6pATVVWdexxzW2M1JB6pUEX6BIgEfbEwTRpttyC-LTZ/s1600/1958+-+Vamos+Falar+De+Brasil+-+A.png" /></a></div>
Oi pessoal! É com eterna saudade que faço aqui no Blog uma singela homenagem à cantora Inezita Barroso, que nos deixou no último dia 8 de março, e que fez da música caipira sua vida, seja em suas músicas ou em entrevistas no lendário "Viola, Minha Viola", programa que apresentou por quase 35 anos na Tv Cultura nos domingos de manhã. Sua carreira teve início aos nove anos de idade, levada pelo pai a se apresentar na Rádio São Paulo no programa do Capitão Furtado. Nos anos seguintes, continuou a se apresentar esporadicamente em programas de rádio, cantando, tocando ou como professora de música. Em 1950, após participar como atriz do filme "Angela", de Tom Payne e Abílio Pereira de Almeida (cantando as músicas "Quem É", de Marcelo Tupinambá, e "Enquanto Houver", de Evaldo Ruy), foi convidada por Vicente Leporace e Evaldo Ruy para participar de um especial na Rádio Bandeirantes, em homenagem ao compositor Noel Rosa. Em 1951, Inezita foi convidada a gravar seu primeiro disco pela Sinter, com as músicas "Funeral De Um Rei Nagô", de Hekel Tavares e Murilo Araújo, e "Curupira", de Waldemar Henrique. Em seguida, viajou com o marido para o nordeste brasileiro, onde conheceu o compositor Capiba, que a convidou para realizar um recital no teatro Santa Izabel, em Recife. No ano seguinte, Inezita assina contrato com a Rádio Nacional de São Paulo, participando da inauguração da emissora. Um ano mais tarde, muda-se para a Rádio Record, apresentando pela primeira vez um programa de auditório, com arranjos de Hervê Cordovil, além de ingressar na gravadora RCA Victor. Ainda em 1953, gravou três discos pela nova gravadora, com destaque para a gravação de dois dos maiores sucessos da carreira de Inezita, "Marvada Pinga", de Cunha Jr., e "Ronda", de Paulo Vanzolini, além de participar do filme "Mulher de Verdade", de Alberto Cavalcanti, ganhando após o lançamento deste o Prêmio Saci de melhor atriz. Em 1954, gravou mais quatro discos pela RCA Victor, além de conquistar os prêmios Roquette Pinto (melhor cantora de rádio de música popular brasileira) e Guarani (melhor cantora de disco), participar do filme "É Proibido Beijar", de Ugo Lombardi (interpretando o baião "João Baiano", de Betinho), e de fazer sua estréia na televisão participando do programa "Afro" pela Tv Tupi. A partir deste mesmo ano, passou a apresentar o programa "Vamos Falar de Brasil" na Tv Record, considerado o primeiro programa totalmente dedicado à música da Tv brasileira. No ano seguinte, Inezita gravou diversas músicas com temas relacionados ao folclore brasileiro, ingressando na gravadora Copacabana ainda em 1955 e lançando seu primeiro LP, "Inezita Barroso". Em 1956, lançou o disco "Danças Gaúchas", dedicado a temas tradicionais gaúchos, acompanhada pelo grupo folclórico de Barbosa Lessa, por Luis Gaúcho na sanfona e pelos Titulares do Ritmo no coral, além do LP "Vamos Falar de Brasil", o qual trouxe o clássico "Tristeza do Jeca" (Angelino Oliveira) na interpretação antológica de Inezita. Neste mesmo ano, a gravadora RCA Victor lançou o LP "Coisas do Meu Brasil", com uma coletânea de antigas gravações de Inezita, como "Estatutos da Gafieira" (Billy Blanco) e "Moda da Pinga", entre outras. Também neste ano levou o Prêmio Roquette Pinto como a melhor intérprete de música popular, além de publicar o livro "Roteiros de Um Violão". No ano seguinte, Inezita excursionou pelo Brasil, aumentando seu repertório com novos temas folclóricos ao percorrer o nordeste brasileiro, além de ganhar mais uma vez o troféu Roquette Pinto e o Prêmio Guarani. Finalmente, em 1958, é lançado pela Copacabana o disco que é tema da postagem de hoje. Além de trazer o sucesso de "Moda da Pinga", o disco trás ainda os sucessos de "Lampião de Gás" e "Azulão", dois dos maiores sucessos da carreira da cantora, além de. Este disco, lançado numa das melhores fases da carreira da cantora Inezita, nos mostra o talento de uma intérprete que imprime às suas canções a força da música popular, como em "Peixe Vivo", "Festa do Congado", "Engenho Novo" e "Lua, Luá". Um disco fantástico, que nos fala de um Brasil simples, um pouco esquecido nos dias de hoje, que nos é lembrado e cantado na voz da nossa eterna dama da música caipira, aqui reverenciada e homenageada, para sempre, Inezita Barroso.<br />
<br />
1 - Retiradas (Oswaldo de Souza)<br />
2 - Peixe Vivo (Rômulo Paes / Henrique de Almeida)<br />
3 - Engenho Novo (Hekel Tavares)<br />
4 - Zabumba de Nego (Hervê Cordovil)<br />
5 - Lampião de Gás (Zica Bergami)<br />
6 - Ismália (Alphonsus de Guimarães / Capiba)<br />
7 - Festa do Congado (Juracy Silveira)<br />
8 - Temporal (Paulo Ruschel)<br />
9 - Lua, Luá (Catulo de Paula)<br />
10 - Azulão (Jayme Ovalle / Manoel Bandeira)<br />
11 - Seresta (Georgina Erismann)<br />
12 - Moda da Pinga (Laureano / Raul Torres)<br />
<br />Blog da Música Brasileirahttp://www.blogger.com/profile/08398402278491733816noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3821678953838556808.post-74756635450797000182015-02-22T14:15:00.002-03:002015-02-22T14:21:29.678-03:001957 - Carnaval de Rua - Herivelto Martins<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimLi-w4M63xroYl-iQdkRy54I-btsdTvyE8GkE7CvOwCFL6n7PW5nYZN0jITbS6Ov5d2ln9Q8kYARfA1bC6ZSwwQIp8WwnJkAcl6zQPqqNxyOn99mUAqv3gXT7qmiFbGnh3-j-Lo-Xtid_/s1600/1957+-+Carnaval+de+Rua.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimLi-w4M63xroYl-iQdkRy54I-btsdTvyE8GkE7CvOwCFL6n7PW5nYZN0jITbS6Ov5d2ln9Q8kYARfA1bC6ZSwwQIp8WwnJkAcl6zQPqqNxyOn99mUAqv3gXT7qmiFbGnh3-j-Lo-Xtid_/s1600/1957+-+Carnaval+de+Rua.jpg" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Oi pessoal! Depois de mais de 2 meses de ausência, segue uma preciosidade de nossa música brasileira, nos apresentada pelo grande e saudoso compositor de "Aquarela do Brasil", Ary Barroso: "Carnaval de Rua". Gravado em homenagem aos 25 anos de carreira de Herivelto Martins pela Mocambo, este disco nos traz alguns dos principais sucessos da carreira de Herivelto até então. Incentivado pelo compositor carioca Príncipe Pretinho, Herivelto iniciou sua carreira musical participando de ensaios e, posteriormente, integrando como arranjador do Conjunto Tupi. Sua primeira composição, "Da Cor do Meu Violão", foi apresentada ao músico J. B. de Carvalho (um dos criadores do Conjunto Tupi), o qual aceitou que fosse gravado para o carnaval de 1932, desde que fosse seu parceiro na canção. No ano seguinte, participou no coro e de algumas gravações do Conjunto Tupi, até que no final deste ano se separou do conjunto com o músico Francisco Sena, formando a dupla Preto e Branco, que viria a substituir o conjunto nas apresentações no Cine Odeon, na Cinédia. Em 1934, com Francisco de Sena grava o primeiro disco da dupla preto e branco pela Odeon, com os sambas "Quatro Horas" e "Preto e Branco", ambos de sua autoria. Ainda neste ano, foram gravadas em disco algumas canções da dupla, com destaque para "A Vida É Boa" (Herivelto Martins / Francisco Sena / Assis Valente), gravada por Carlos Galhardo, e "Mais Uma Estrela" (Herivelto Martins / Bonfíglio de Oliveira), gravada por Mário Reis. No ano seguinte, mais algumas músicas suas foram gravadas por cantores de destaque, como Aracy de Almeida ("Pedindo A São João", com Darcy de Oliveira, e "Santo Antônio, São Pedro e São João", com Alcebíades Barcelos), Silvio Caldas ("Samaritana", com Benedito Lacerda) e Carlos Galhardo ("É de Verdade", com Bonfíglio de Oliveira) e, repentinamente, com a morte de Francisco Sena, a dupla se desfez. No ano seguinte, Herivelto conhece Nilo Chagas, com quem recria a dupla Preto e Branco e que retoma a carreira de sucesso que estava iniciando. Em 1937, numa das apresentações da dupla no Teatro Pátria, conheceu Dalva de Oliveira, que se tornaria a grande intérprete da dupla, formando assim o famoso Trio de Ouro, e futuramente, sua esposa. Já no primeiro disco gravado pela RCA Victor do então Trio de Ouro, com as músicas "Itaquari" e "Ceci e Peri" (composições de Príncipe Pretinho) fizeram grande sucesso, sendo contratados pela Rádio Mayrink Veiga. Nos anos seguintes, o trio continuou se apresentando pelo país e pelo rádio, emplacando sucessos e gravando discos, com destaque para "Praça Onze" (escrita por Herivelto a pedido de Grande Otelo, sobre a demolição da antiga Praça XI para dar lugar à atual Avenida Presidente Vargas), um dos grandes do carnaval de 1941, "Ave-Maria No Morro", gravada originalmente em 1942 e que se transformou num dos maiores sucessos do compositor, "Lá Em Mangueira" (com Heitor dos Prazeres), "Mangueira, Não" (com Grande Otelo), "Laurindo", todos os três de 1943, além de "Que Rei Sou Eu?" (com Waldemar Ressurreição), de 1944, "Isaura" (com Roberto Roberti), de 1945, "Edredom Vermelho" (gravado com grande sucesso por Isaura Garcia) e "Fala, Claudionor" (com Grande Otelo), ambas de 1946, "Segredo" (com Marino Pinto), "Senhor do Bonfim" e "Caminhemos", todas as três de 1947.Esta última, sendo considerada um prenúncio à separação de Dalva e Herivelto e o fim do Trio de Ouro com a formação original. No ano seguinte, veio o último sucesso do Trio de Ouro, com a música "Cabelos Brancos" (em parceria com Marino Pinto), imortalizada nas vozes de Silvio Caldas, Nelson Gonçalves e 4 Ases e 1 Curinga. No ano seguinte, Dalva e Herivelto se separam e a história da separação do casal vira drama nos jornais, contada pelo marido em detalhes, tornando-se escândalo nacional. Depois deste episódio, o prestígio de Herivelto é diminuído e Dalva de Oliveira torna-se uma das maiores cantoras que este país já viu e ouviu, seguindo carreira solo e respondendo às acusações de Herivelto em lindas canções e grandes sucessos. Mesmo com o relançamento do Trio de Ouro, com Nilo Chagas e Noemi Cavalcanti, o sucesso do grupo não continuou como na primeira formação, porém ainda continuaram os sucessos, como "Ouro Preto" e "Camisola do Dia", ambos com David Nasser, sendo este último lançado por Nelson Gonçalves em 1952. No ano seguinte, veio a terceira formação do Trio de Ouro, com Raul Sampaio e Lourdinha Bittencourt, com o sucesso de "Negro Telefone", além das canções "Pensando Em Ti", "Francisco Alves" e "Carlos Gardel", todas com David Nasser, e que foram lançadas com grande sucesso por Nelson Gonçalves. Em 1955, veio o sucesso "Hoje Quem Paga Sou Eu", também com David Nasser e lançado por Nelson, além de "João, João", gravado pelo trio e "Boêmio", lançado por Francisco Carlos. Em 1957, em homenagem aos 25 anos de sua carreira, é lançado pela Mocambo o disco tema da postagem de hoje. Apesar do pouco prestígio do Trio de Ouro na época, Herivelto ainda lançava músicas de grande sucesso, nas vozes dos mais famosos cantores da época e, por sua história e importância para a música brasileira, esta homenagem foi idealizada e gravada pela orquestra da Mocambo, trazendo oito sambas que expressam toda a originalidade de Herivelto em suas letras leves, simples e musicais, cantando um Rio de Janeiro do tempo dos saudosos e velhos carnavais. Um disco importante, de um belíssimo repertório, homenageando os 25 anos de um de nossos maiores compositores brasileiros. </div>
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<br /></div>
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1 - Apresentação De Ary Barroso</div>
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2 - Saudosa Mangueira (Herivelto Martins)</div>
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3 - Lá Em Mangueira (Herivelto Martins / Heitor dos Prazeres)</div>
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4 - Laurindo (Herivelto Martins)</div>
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5 - Mangueira, Não (Herivelto Martins / Grande Otelo)</div>
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6 - Acorda Escola De Samba (Herivelto Martins / Benedito Lacerda)</div>
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7 - Praça Onze (Herivelto Martins / Grande Otelo)</div>
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8 - Noite Enluarada (Herivelto Martins / Heitor dos Prazeres)</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
9 - Bom Dia Avenida (Herivelto Martins / Grande Otelo)</div>
<br />Blog da Música Brasileirahttp://www.blogger.com/profile/08398402278491733816noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3821678953838556808.post-57482254874033951672014-11-25T22:47:00.001-02:002014-12-27T13:04:03.390-02:001962 - The Boss Of The Bossa Nova - João Gilberto<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjX4EyMndzoVzoa-2KQpru4wtJzIz4i0siauruKjIfAy5eUjb6N-dPZZ8VRBywBy4h1zxxPn7ASVhStqSTMoMP4Q47kwx7bmXfq97IQEycJxzloghmlAFQ64aUrNoifKjmt0l-Hnagl23vF/s1600/1962+-+The+Boss+Of+Bossa+Nova+-+A.JPG" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjX4EyMndzoVzoa-2KQpru4wtJzIz4i0siauruKjIfAy5eUjb6N-dPZZ8VRBywBy4h1zxxPn7ASVhStqSTMoMP4Q47kwx7bmXfq97IQEycJxzloghmlAFQ64aUrNoifKjmt0l-Hnagl23vF/s400/1962+-+The+Boss+Of+Bossa+Nova+-+A.JPG" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5664906317377925330" style="cursor: hand; cursor: pointer; display: block; height: 400px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 400px;" /></a>Oi pessoal! Nesta terça-feira chuvosa, trago aqui no Blog mais um disco do baiano João Gilberto. Aos 19 anos, se muda para o Rio de Janeiro, onde integra o conjunto vocal Garotos da Lua, como <i>crooner</i> do grupo. Em 1951, com o grupo Garotos da Lua, lançou seus dois primeiros discos, pela gravadora Todamérica, com as músicas "Anjo Cruel" (Wilson Batista / Alberto Rego), "Sem Ela" (Raul Marques / Alberto Ribeiro), "Quando Você Recordar" (Walter Souza / Milton Silva) e "Amar É Bom" (Zé Ketti / Walter Abdalla). No ano seguinte, grava seu primeiro disco solo pela Copacabana, com as músicas "Quando Ela Sai" (Alberto Jesus / Roberto Penteado) e "Meia Luz" (Hianto de Almeida / João Luiz). Em 1953, a cantora Marisa (mais tarde conhecida nacionalmente como Marisa Gata Mansa) , gravou em seu primeiro disco a música "Você Esteve Com Meu Bem", primeira composição de João Gilberto gravada em disco pela RCA Victor. Após passagens rápidas por grupos e conjuntos musicais da época, como Quitandinha Serenaders e Anjos do Inferno, João se mudou para o Rio de Janeiro em 1957, onde costumava frequentar a Boate Plaza, lugar onde se encontravam vários músicos que idealizavam um novo conceito musical, o qual se tornaria o movimento Bossa Nova anos mais tarde. No ano seguinte, participou da gravação do disco "Canção do Amor Demais", de Elizete Cardoso, acompanhando a cantora ao violão nas músicas "Chega de Saudade" (Tom Jobim / Vinicius de Moraes) e "Outra Vez" (Tom Jobim), além de gravar seu primeiro disco solo, desta vez pela Odeon, com as músicas "Chega de Saudade" e "Bim Bom" (João Gilberto). Este disco, gravado sem nenhuma pretensão por João Gilberto, tornou-se um dos marcos iniciais do movimento que viria a revolucionar a música brasileira nos anos seguintes - a Bossa Nova -, devido à interpretação intimista e da nova batida no violão. Em 1959, gravou mais um disco pela Odeon, com as músicas "Desafinado" (Tom Jobim / Newton Mendonça) e "Oba-La-Lá" (João Gilberto) e, com o grande sucesso, foi convidado ainda neste mesmo ano a gravar o LP "Chega de Saudade", com produção de Aloysio de Oliveira e arranjos de Tom Jobim. Estes dois discos emblemáticos tornaram-se marcos iniciais da Bossa Nova, lançando ao mundo a interpretação intimista do violão de João Gilberto e as letras e canções de Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Ainda no final deste ano, João Gilberto gravou pela Odeon seu primeiro LP, intitulado "Chega de Saudade", que continha, além das gravações do seu primeiro disco solo, imortalizados sucessos da Bossa Nova, como "Desafinado" (Tom Jobim / Newton Mendonça), "Lobo Bobo" (Carlos Lyra / Ronaldo Bôscoli), "Saudade Fez Um Samba" (Carlos Lyra / Ronaldo Bôscoli) e "Brigas, Nunca Mais" (Tom Jobim / Vinicius de Moraes). Em 1960, foi lançado seu segundo LP (também pela Odeon), intitulado "O Amor, O Sorriso E A Flor", com destaque especial para a música "Samba de Uma Nota Só" (Tom Jobim / Newton Mendonça) que se transformou numa das principais canções do movimento. Ainda neste ano, participou de alguns shows pelo Brasil, como no Teatro de Arena (RJ), com o título "O Amor, O Sorriso E A Flor", além de se apresentar na boate Arpège (RJ) e na Associação Atlética Banco do Brasil, em Salvador, ao lado de Vinicius de Moraes. Em 1961, grava no Brasil pela Odeon seu terceiro LP, "João Gilberto", o qual foi lançado nos EUA no ano seguinte com o título "The Boss Of The Bossa Nova", porém com a regravação da música "Este Seu Olhar". Este disco, tema da postagem de hoje, lançado pelo selo Atlantic, nos traz os sucessos de "Samba da Minha Terra", "O Barquinho", "Este Seu Olhar", "Você E Eu", "Insensatez", "Bolinha de Papel", A Primeira Vez", "Saudade da Bahia" e "Amor Em Paz", na interpretação única de João Gilberto, seu violão e muita Bossa Nova. Um disco fantástico, que dispensa comentários não só pela sua história, como também pela sua altíssima qualidade musical (letras, arranjos, repertório e interpretação), que nos transporta à esta época mágica de nossa música brasileira.<br />
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1 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2014/11/bolinha-de-papel-joao-gilberto-1962.html">Bolinha de Papel</a> (Geraldo Pereira)<br />
2 - Samba da Minha Terra (Dorival Caymmi)<br />
3 - Saudade da Bahia (Dorival Caymmi)<br />
4 - O Barquinho (Roberto Menescal / Ronaldo Bôscoli)<br />
5 - A Primeira Vez (Armando Marçal / Alcebíades Barcellos)<br />
6 - Amor Em Paz (Tom Jobim / Vinicius de Moraes)<br />
7 - Você E Eu (Carlos Lyra / Vinicius de Moraes)<br />
8 - Insensatez (Tom Jobim / Vinicius de Moraes)<br />
9 - Trenzinho (Lauro Maia)<br />
10 - Presente de Natal (Neley Noronha)<br />
11 - Coisa Mais Linda (Carlos Lyra / Vinicius de Moraes)<br />
12 - Este Seu Olhar (Tom Jobim)<br />
<br />Blog da Música Brasileirahttp://www.blogger.com/profile/08398402278491733816noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3821678953838556808.post-41405947958006779782014-11-02T22:23:00.001-02:002015-12-27T11:13:09.808-02:001966 - O Samba Vem Lá de Cima - Angela Maria<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqFGnPkkdUqgBU31N0gLG1mlVU3xbTl5lP3VdwP1LQK7cksRyEM3VlZHe5YQODIZQMXVVvcEZEQjE3eclPgbXRPwwohUAWTWQrVt1lEVNMrQs5LA1-_6ICKCXTFYJYZ1agpX59V3CwmyB8/s1600/1966+-+O+Samba+Vem+L%C3%A1+de+Cima+-+A.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqFGnPkkdUqgBU31N0gLG1mlVU3xbTl5lP3VdwP1LQK7cksRyEM3VlZHe5YQODIZQMXVVvcEZEQjE3eclPgbXRPwwohUAWTWQrVt1lEVNMrQs5LA1-_6ICKCXTFYJYZ1agpX59V3CwmyB8/s1600/1966+-+O+Samba+Vem+L%C3%A1+de+Cima+-+A.jpg" /></a></div>
Oi pessoal! Neste domingo de finados, trago aqui no Blog mais um disco de uma das maiores cantoras da história de nossa música brasileira, a carioca Abelim Maria da Cunha, conhecida popularmente como Angela Maria (pseudônimo usado desde o início da carreira para que a família não descobrisse sua carreira de cantora). Com uma carreira belíssima de mais de 60 anos de muitas histórias, sucessos e discos, Angela Maria iniciou sua carreira cantando em rádios no Rio de Janeiro no fim dos anos 40. Em 1951, gravou seu primeiro disco pela RCA Victor, com as músicas "Sou Feliz", de Augusto Mesquita e Ari Monteiro, e "Quando Alguém Vai Embora", de Cyro Monteiro e Dias da Cruz. Com a gravação do samba "Não Tenho Você", de Paulo Marques e Ari Monteiro, bateu recorde de vendas, iniciando em sua carreira um caminho de enorme sucesso. Durante os anos 50, Angela Maria tornou-se um dos expoentes máximos de nossa música brasileira através das ondas do rádio, eleita Rainha do Rádio em 1954 (com 1.464.906 votos), um dos maiores prêmios (senão, o maior) da época para as melhores cantoras do ano, sendo noticiado pelo jornal "O Globo" da seguinte forma: "Ângela Maria assinalando uma apuração recorde de mais de um milhão de votos, inegavelmente a mais popular cantora do nosso <i>broadcasting</i> neste último ano, sagrou-se a Rainha do Rádio de 1954. A coroação da soberana terá lugar na próxima terça-feira, por ocasião do Baile do Rádio, a ser realizado no Teatro João Caetano". Três anos depois, Angela lançou um dos seus maiores sucessos, "Babalú" (de Margarita Lecuona), gravado posteriormente num 78 rpm pela Copacabana, que trazia do outro lado do disco a música "O Samba E O Tango" (de Amado Régis). Ainda nesta época, ganhou o apelido "sapoti" do então presidente Getúlio Vargas: "Menina, você tem a voz doce e a cor do sapoti". No início da década de 1960, com o advento de novos movimentos musicais e cantores no cenário musical, a música e as cantoras da era de ouro do rádio foram ficando esquecidas pelo grande público, principalmente pela juventude. Contudo, Angela Maria continuou fazendo sucesso com suas músicas e canções, principalmente entre o povo mais humilde e sua legião de fãs e admiradores. E é neste cenário que o disco "O Samba Vem Lá de Cima", gravado em 1966 pela Copacabana, traz doze sambas marcados pela interpretação belíssima e marcante de Angela Maria, com destaque para "Boêmio Na Calçada", "Janela", "Fogo No Morro", "Minha Saudade", "Prece A Um Anjo De Cor", "Palmas No Portão", "Menina, Quem Foi Seu Mestre" e "Saudade", além de "Madrugada", do sambista carioca Zé Ketti. Apesar de não ter sido lançado na fase áurea de Angela Maria, este LP traz grandes sambas, interpretados de forma brilhante pela sapoti, mostrando o seu talento ao povo que, um dia, a elegeu rainha, e que nunca se esquecerá de sua majestade. Viva, Angela Maria!!!<br />
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1 - Fogo No Morro (José Batista / Monsueto)<br />
2 - Madrugada (Zé Ketti)<br />
3 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2014/11/janela-angela-maria-1966.html">Janela</a> (Jota Junior)<br />
4 - Saudade (Nilo Viana / Roberto Nunes / Paulo Filho)<br />
5 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2014/11/boemio-na-calcada-angela-maria-1966.html">Boêmio Na Calçada</a> (Rubens Campos / Waldemar Silva)<br />
6 - Minha Saudade (Benil Santos / Raul Sampaio)<br />
7 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2014/11/menina-quem-foi-seu-mestre-angela-maria.html">Menina, Quem Foi Seu Mestre</a> (Erasmo Silva)<br />
8 - Palmas No Portão (Walter Dionísio / D'Acri Luiz)<br />
9 - Prece A Um Anjo De Cor (Carlos Cruz / Fernando César)<br />
10 - João Ninguém (F. Martins / A. Maciel)<br />
11 - Agora Sei (José Garcia / Laurindo do Cabuçu)<br />
12 - Aquele Meu Lugar (Raul Marques / Estanislau Silva / Monsueto)<br />
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Este disco pode ser buscado em <a href="https://parallelrealitiesstudio.wordpress.com/2009/09/27/angela-maria-o-samba-vem-la-de-cima-1966/" target="_blank">https://parallelrealitiesstudio.wordpress.com/2009/09/27/angela-maria-o-samba-vem-la-de-cima-1966/</a>Blog da Música Brasileirahttp://www.blogger.com/profile/08398402278491733816noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3821678953838556808.post-84367646006603462402014-10-16T14:44:00.000-03:002014-10-18T23:11:06.252-03:001958 - Descendo O Morro - Roberto Silva<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4lASDu4NxzN1UGCCrwg64IDU8_gZTnGhybP1nmIy4RfAL6YgKTYA6WCqqpoZE8rFB6PFaVsqiGS73M-EhkGI-8qTTMZDloOGZeOve8sWe-huxpNDg-V2qjcv1oDuk7p30GMwIZhVzrfmp/s1600/1958+-+Descendo+o+Morro.jpg"><img alt="" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4lASDu4NxzN1UGCCrwg64IDU8_gZTnGhybP1nmIy4RfAL6YgKTYA6WCqqpoZE8rFB6PFaVsqiGS73M-EhkGI-8qTTMZDloOGZeOve8sWe-huxpNDg-V2qjcv1oDuk7p30GMwIZhVzrfmp/s400/1958+-+Descendo+o+Morro.jpg" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5786683355190394498" style="display: block; height: 400px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 400px;" /></a>Oi pessoal! Nesta quinta-feira, posto aqui no Blog mais um disco em homenagem a um cantor pouco lembrado pelo grande público nos dias de hoje e que, infelizmente, deixou a nossa música brasileira mais vazia com sua morte há pouco mais de dois anos. Trata-se do carioca Roberto Silva, que dedicou mais de 60 anos de carreira à música brasileira, em especial ao samba. Desde o final da década de 1930, Roberto Silva começou a freqüentar e participar de alguns dos principais programas de rádio da época, sendo contratado pela Rádio Mauá em 1943 após cantar a música "Risoleta" (Raul Marques / Moacyr Bernardino). Três anos depois, bancado pelos autores das músicas, gravou seu primeiro disco pela Continental, com as músicas "Ele É Esquisito", de Walter Rodrigues, e "O Errado Sou Eu", de Djalma Mafra. Ainda neste mesmo ano, ingressou na Rádio Nacional, levado por Evaldo Rui e Haroldo Barbosa. Ainda na década de 1940, foi levado para a Tv Tupi por Paulo Gracindo, para participar do elenco da rádio, sendo batizado pelo locutor Carlos José como "o Príncipe do Samba", apelido este que levaria por toda a sua vida. Em 1947, foi contratado pela gravadora Star (que em 1953 se transformaria na gravadora Copacabana), onde gravou por mais de 30 anos todos os maiores sucessos de sua carreira. No ano seguinte, lançou seu primeiro sucesso com a música "Maria Teresa", de Altamiro Carrilho. Nos anos seguintes, continuou a gravar inúmeros sambas, com destaque para "Mandei Fazer Um Patuá", de Raimundo Olavo e Norberto Martins (1948), "Perdi Você", de Raimundo Olavo e Silva Jr. (1954), "Mãe Solteira", de Wilson Batista e Jorge de Castro (1954), "Notícia", de Nelson Cavaquinho, Alcides Caminha e Norival Reis (1955), "Samba Rubro-Negro", de Wilson Batista e Jorge de Castro (1955) e "Emília", de Wilson Batista e Haroldo Lobo (1957). No ano seguinte, Roberto lançou seu primeiro LP, "Descendo o Morro...", o qual teria sua continuação com mais três LP's, e que é o tema da postagem de hoje. Lançado pela Copacabana, o disco traz doze sambas de altíssimo nível, com destaque para as músicas "Ai! Que Saudades da Amélia" (como nota, para mim esta é uma das melhores interpretações desta música que já ouvi até hoje), "Risoleta", "Juracy", "Falsa Baiana", "A Voz do Morro", "Agora É Cinza", "Emília", "Indecisão" e "Seu Libório. Um disco sensacional, que traz o melhor do samba da época, de autores referenciados, consagrados, na interpretação leve, alegre, no estilo sincopado e marcado de Roberto Silva. Considerado príncipe não por acaso, com o dom de transformar grandes sambas em verdadeiras jóias do samba de morro e da música brasileira.<br />
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1 - Indecisão ( Aylce Chaves / Paulo Marques)<br />
2 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2014/10/risoleta-roberto-silva-1958.html">Risoleta</a> (Raul Marques / Moacyr Bernardino)<br />
3 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2014/10/juracy-roberto-silva-1958.html">Juracy</a> (Antônio Almeida / Cyro de Souza)<br />
4 - A Mulher de Seu Oscar (Ataulfo Alves / Wilson Batista)<br />
5 - Seu Libório (Alberto Ribeiro / João de Barro)<br />
6 - Agora É Cinza (Marçal / Bide)<br />
7 - Pisei No Despacho (Geraldo Pereira)<br />
8 - Ai! Que Saudades da Amélia (Ataulfo Alves / Mário Lago)<br />
9 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2014/10/falsa-baiana-roberto-silva-1958.html">Falsa Baiana</a> (Geraldo Pereira)<br />
10 - Emília (Haroldo Lobo / Wilson Batista)<br />
11 - Bebida, Mulher, Orgia (Manoel Rabaça / Luiz Pimentel / Anis Murad)<br />
12 - A Voz do Morro (Zé Ketti)<br />
<br />Blog da Música Brasileirahttp://www.blogger.com/profile/08398402278491733816noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3821678953838556808.post-28090670116622400962014-09-27T22:40:00.002-03:002015-12-27T10:47:11.951-02:001961 - Miltinho<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz8Yi7nbyjY_O0pMpmqiTvHJ0Oedc-I9swwSEPYsqTOfQRiejoRe5Vm1ZiYRLpKfaZE2kYp4wNZeITKsDaxmvuVMUb35fzF3HWeguyJVAccDGHtHzZ7aHfEWBIn0sQ9kpm8z5Gat9GR_GI/s1600/1961+-+Miltinho+-+A.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz8Yi7nbyjY_O0pMpmqiTvHJ0Oedc-I9swwSEPYsqTOfQRiejoRe5Vm1ZiYRLpKfaZE2kYp4wNZeITKsDaxmvuVMUb35fzF3HWeguyJVAccDGHtHzZ7aHfEWBIn0sQ9kpm8z5Gat9GR_GI/s1600/1961+-+Miltinho+-+A.jpg" /></a></div>
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Oi pessoal! Depois de mais de três meses de ausência, volto com mais uma homenagem a um grande cantor brasileiro que infelizmente nos deixou no último aniversário da independência, aos 86 anos de idade. Trata-se do cantor e instrumentista Miltinho, que durante os anos 1960 fez grande sucesso como cantor de sambas e canções românticas. Carioca de samba e nascimento, Miltinho ingressou na música na década de 1940 ao participar como instrumentista e vocalista de diversos conjuntos musicais, com destaque para Cancioneiros do Luar, Namorados da Lua, Anjos do Inferno (grupo que fez enorme sucesso nos EUA acompanhando a cantora Carmen Miranda), Quatro Ases e Um Coringa, Orquestra Tabajara e Milionários do Ritmo. Em 1960, lançou-se em carreira solo com dois velhos discos 78 RPM pela gravadora Sideral, com as músicas "Menina Moça", "Ri", "Eu E O Rio" e "Mulher de Trinta", todas de autoria do compositor carioca Luiz Antonio. Dentre estas quatro, destaca-se "Mulher de Trinta", que tornou-se um grande sucesso e um dos maiores de sua carreira, o que motivou o lançamento de seus primeiros LP's, também pela Sideral, "O Diploma do Astro" e "Um Novo Astro", gravados ainda no mesmo ano de 1960. No ano seguinte, gravou mais dois velhos 78 RPM com as músicas "Poema das Mãos", "Poema do Adeus" e "A Canção Que Virou Você", as três de Luiz Antonio, e "Só Vou de Mulher" (Haroldo Barbosa / Luis Reis). Neste mesmo ano, gravou o disco "Miltinho", o terceiro LP de sua carreira solo, pela gravadora RCA Victor, o qual é o tema da postagem de hoje. Apesar de ter se lançado em carreira independente menos de um ano antes do lançamento deste disco, as doze músicas mostram um cantor já experiente, com um talento sem igual ao cantar sambas, com em "Teleco-Teco Nº 2", "O Amor E A Rosa", "Eu Quero Um Samba", "Murmúrio", "Samba Em Tu", "Se Você Disser Que Sim" e "Sincopado Triste". Destaque para "Rosa Morena", um dos maiores sucessos do baiano Dorival Caymmi, na genial interpretação de Miltinho, que na minha opinião é uma das melhores já gravadas até hoje. Um disco completo, repleto de grandes sambas, com o estilo e o talento inconfundível de Miltinho. </div>
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1 - Murmúrio (Djalma Ferreira / Luiz Antonio)</div>
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2 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com/2014/10/eu-quero-um-samba-miltinho-1961.html">Eu Quero Um Samba</a> (Haroldo Barbosa / Janet de Oliveira)</div>
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3 - Se Foi Passado (William Duba / A. Louro / L. Rodrigues)</div>
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4 - A Dor de Uma Saudade (Luiz Bonfá / Aor Ribeiro)</div>
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5 - Samba Em Tu (Hianto de Almeida / Macedo Neto)</div>
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6 - Sincopado Triste (Hianto de Almeida / Macedo Neto)</div>
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7 - Volta (Djalma Ferreira / Luiz Bandeira)</div>
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8 - Se Você Disser Que Sim (Luiz Bandeira)</div>
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9 - Vou Te Contar (Hianto de Almeida / Otávio Teixeira)</div>
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10 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2014/10/o-amor-e-rosa-miltinho-1961.html">O Amor E A Rosa</a> (Pernambuco / Antonio Maria)</div>
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11 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2014/10/rosa-morena-miltinho-1961.html">Rosa Morena</a> (Dorival Caymmi)</div>
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12 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2014/10/teleco-teco-n-2-miltinho-1961.html">Teleco-Teco Nº 2</a> (Nelsinho / Oldemar Magalhães)</div>
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Este disco pode ser buscado em <a href="http://parallelrealitiesmusic.blogspot.com.br/2014/02/mrmoustaches-1961.html" target="_blank">http://parallelrealitiesmusic.blogspot.com.br/2014/02/mrmoustaches-1961.html</a></div>
Blog da Música Brasileirahttp://www.blogger.com/profile/08398402278491733816noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3821678953838556808.post-38892659364928436322014-06-08T23:45:00.000-03:002016-01-11T21:53:34.438-02:001966 - O Sorriso de Jair<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP0m-WNoNdmVFDNGp4D58jslRwWdt-MzCKQu_rqi2LPaqmWmmgB7Xrth2HYPlFCp-WltO21dgGEciFijMC3W1d_Rcn32NJ9C0yxB5ZIwjkFbxdNMAREozuBTvXyZic9Z8u3AT_xTrX_uP7/s1600/1966+-+O+Sorriso+do+Jair+-+A.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP0m-WNoNdmVFDNGp4D58jslRwWdt-MzCKQu_rqi2LPaqmWmmgB7Xrth2HYPlFCp-WltO21dgGEciFijMC3W1d_Rcn32NJ9C0yxB5ZIwjkFbxdNMAREozuBTvXyZic9Z8u3AT_xTrX_uP7/s1600/1966+-+O+Sorriso+do+Jair+-+A.jpg" /></a></div>
Oi pessoal! Neste último dia 8 de junho lembramos com saudade do cantor Jair Rodrigues, que nos deixou há um mês atrás, deixando órfãos seus fãs e admiradores de sua alegria, seu talento e sua carreira de mais de 50 anos de muitos sucessos. Nascido em Igarapava, interior de São Paulo em 6 de fevereiro de 1939, Jair Rodrigues iniciou sua carreira aos dezoito anos, cantando como <i>crooner </i>em casas noturnas no interior de São Paulo. No início dos anos 1960, se mudou para a capital paulista, participando de programas de calouros, com destaque para o "Programa de Claúdio de Luna", apresentado pela Rádio Cultura, no qual obteve o primeiro lugar. Dois anos mais tarde, Jair grava seu primeiro disco, um 78 rpm, com duas músicas para a Copa do Mundo daquele ano: "Brasil Sensacional" e "Marechal da Vitória", ambas de Alfredo Borba e Edson Borges, sendo a segunda muito tocada na Rádio Record na época. Lançou entre 1962/63 alguns outros discos, como os velhos bolachões "Tem Bobo Pra Tudo" (João Correa da Silva / Manoel Brigadeiro) e "O Morro Não Tem Vez" (Antonio Carlos Jobim / Vinicius de Moraes), este com Portinho e sua orquestra, e "Brigamos" (Jorge Costa / Nairson Menezes) e "Feio Não É Bonito" (Carlos Lyra / Gianfrancesco Guarnieri), e compactos simples, dentre os quais merece destaque o disquinho "Balada do Homem Sem Deus", de Fernando César e Agostinho dos Santos, e "Coincidência", de Venâncio e Corumba. No início de 1964, Jair lança seu primeiro long-play, "O Samba Como Ele É", pela gravadora Philips, a qual o acompanharia por quase 20 anos de carreira. Neste mesmo ano, o samba "Deixa Isso Pra Lá", de Alberto Paz e Edson Menezes, interpretado com a gesticulação característica de Jair, tornou-se seu primeiro grande sucesso, alcançando repercussão nacional e grande popularidade, sendo gravado no long-play "Vou de Samba Com Você" e lançado no final de 1964. Atualmente, esta música é considerada a precursora do "rap" nacional, por seu refrão "falado". No início de 1965, Jair foi convidado a participar do programa "Almoço com as Estrelas", apresentado por Airton e Lolita Rodrigues na Tv Tupi, onde conheceu a então estreante cantora gaúcha Elis Regina, que se tornaria uma grande parceira musical e sua grande amiga. Neste mesmo ano, Elis foi convidada por Walter Silva para fazer um espetáculo no Teatro Paramount, em São Paulo, juntamente com Wilson Simonal e o Zimbo Trio. Porém, como o Simonal e o Zimbo Trio já tinham fechado um contrato para uma excursão internacional com a Rhodia, Walter Silva convidou para o lugar deles ao lado de Elis o Jongo Trio e o violonista Baden Powell, que já havia viagem marcada para a Alemanha e não podia participar. E, para o lugar do compositor carioca, Walter Silva convidou Jair Rodrigues, que estava se apresentando com sucesso na Boate Cave, aceitando, assim, o convite. O espetáculo, marcado para os dias 9, 10 e 11 de abril de 1965 transformou-se num imenso sucesso de público e crítica, projetando a carreia de ambos no cenário musical da época. Logo após a seqüência de shows, Elis se apresentou na final do I Festival de Música Brasileira, conquistando o primeiro lugar com a música "Arrastão", de Edu Lobo e Vinicius de Moraes, transformando-se num dos ícones da música brasileira. E a partir daí, foi contratada pela Tv Record, juntamente com Jair Rodrigues e o Zimbo Trio, para apresentar o programa "O Fino da Bossa", o qual rendeu aos dois sucesso e reconhecimento do público nacional e internacionalmente. No final de 1965, o LP "Dois Na Bossa", gravado ao vivo, contendo a trilha sonora do show apresentado no Paramount, foi lançado ao público, alcançando a surpreendente marca de mais de 1 milhão de discos vendidos. No ano seguinte, Elis e Jair lançam o segundo disco da dupla (Dois Na Bossa Nº 2), também gravado ao vivo, só que desta vez no Teatro Record, também alcançando grande sucesso de público e crítica. Neste ano de 1966, Elis e Jair participam do II Festival de Música Popular Brasileira, promovido pela Tv Record, onde Elis conquistou o quinto lugar com "Ensaio Geral", de Gilberto Gil, e Jair conquistou o público, ao emplacar o primeiro lugar com "Disparada", empatada com a inesquecível "A Banda", de Chico Buarque, interpretada por Nara Leão e o próprio compositor. Sucesso absoluto, Jair se consagrou neste festival, lançando ainda neste mesmo ano o LP "O Sorriso de Jair", tema da postagem de hoje, gravado ao vivo no Teatro Record de São Paulo, que nos traz o sucesso de "Disparada", além de "Chão de Estrelas", clássico de Silvio Caldas, "Vem Chegando a Madrugada", de Noel e Zuzuca, "A Rita", de Chico, além do "Pot-Pourri: Louco / Meu Fraco é Mulher / Emília / Fechei A Porta / Só Eu Sei / Volta / Dá-Me", e de "Vem, Menina", "Deixa Como Está", "Inaê", "Fiz Meu Amor de Manhã", "Contracanto", "O Chegar da Primavera", "Rapaz da Moda" e "Balanço do Jequibau". Um disco sensacional, que traz a alegria de Jair num dos momentos mais intensos e felizes de sua carreira musical, mesclando clássicos e sucessos da sua canção, além de nos prestigiar com boa música essencialmente brasileira, típicos sambas na interpretação do inesquecível Jair Rodrigues.<br />
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1 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2014/06/disparada-jair-rodrigues-1966.html">Disparada</a> (Geraldo Vandré / Théo de Barros)<br />
2 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2014/06/vem-chegando-madrugada-jair-rodrigues.html">Vem Chegando A Madrugada</a> (Zuzuca / Noel Rosa)<br />
3 - Rapaz da Moda (Evaldo Gouveia / Jair Amorim)<br />
4 - Contracanto (Paulinho Nogueira)<br />
5 - O Chegar da Primavera (Luiz Henrique Rosa / Niltinho Tristeza)<br />
6 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2014/06/a-rita-jair-rodrigues-1966.html">A Rita</a> (Chico Buarque)<br />
7 - Vem, Menina (Gilberto Gil / Torquato Neto)<br />
8 - Pot-Pourri: Louco (Henrique de Almeida / Wilson Batista) / Meu Fraco É Mulher (Conde / Heitor de Barros) / Emília (Wilson Batista / Haroldo Lobo) / Fechei A Porta (Sebastião Mota / Ferreira dos Santos) / Só Eu Sei (Francisco Ávilla / J. Marques Ferraz) / Volta (Djalma Ferreira / Luiz Bandeira) / Dá-Me (Adylson Godoy)<br />
9 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2014/06/chao-de-estrelas-jair-rodrigues-1966.html">Chão de Estrelas</a> (Orestes Barbosa / Silvio Caldas)<br />
10 - Inaê (Vera Brasil / Maricenne Costa)<br />
11 - Deixa Como Está (José Di)<br />
12 - Fiz Meu Samba de Manhã (César Roldão Vieira)<br />
13 - No Balanço do Jequibau (Mario Albanese / Ciro Pereira)<br />
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Uma singela homenagem do Blog da Música Brasileira a este artista alegre, "pra cima", que revolucionou a música brasileira nas décadas de 1960, 70 e 80 (principalmente) com seus sucessos, seu carisma e seu talento. Obrigado Jair! A música brasileira tem orgulho de ter você em sua história, e jamais se esquecerá da sua alegria de cantar, de viver, de sambar! Viva Jair! <br />
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Blog da Música Brasileirahttp://www.blogger.com/profile/08398402278491733816noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3821678953838556808.post-9764967576579895412014-05-18T12:34:00.001-03:002014-06-16T21:32:47.008-03:001979 - Louça Fina - Sueli Costa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-MwTLzaymHdpSGNixJor5INEIz98jTrC8cefiDlJujZ0z9uB_49i_SKX9RjwpKCHKSX_TEEkYHrJGW6R5pTRLRke-JhcU2MVUOmUgAc4C8PFPkG09RrXH5E1skZzl6ujrXBhtSry-tkGI/s1600/1979+-+Lou%C3%A7a+Fina+-+A.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-MwTLzaymHdpSGNixJor5INEIz98jTrC8cefiDlJujZ0z9uB_49i_SKX9RjwpKCHKSX_TEEkYHrJGW6R5pTRLRke-JhcU2MVUOmUgAc4C8PFPkG09RrXH5E1skZzl6ujrXBhtSry-tkGI/s1600/1979+-+Lou%C3%A7a+Fina+-+A.JPG" /></a></div>
Oi pessoal! Neste domingo, trago aqui no Blog mais um disco de uma cantora e compositora carioca ainda inédita por aqui. Embora tenha nascido no Rio de Janeiro dos anos 1940, Sueli desde a infância foi criada em Juiz de Fora com os quatro irmãos, todos voltados de alguma forma à música. Desde os quatro anos de idade, sua mãe lhe dava aulas de canto e piano, vindo a formar anos depois com as irmãs Telma e Lisieux o Trieto, para participar dos festivais que aconteciam nas cidades vizinhas. Aos 17 anos, compôs ao violão sua primeira canção, "Balãozinho", inspirada numa apresentação da cantora Sylvia Telles na televisão. Logo depois, ao preferir o violão para realizar suas composições, musicou algumas das letras de João Medeiros Filho, sendo que a primeira delas, "Por Exemplo: Você", foi gravada em 1967 pelo Grupo Manifesto e por Nara Leão. Cursou a faculdade de direito em Minas até que, no último ano, abandonou tudo e se mudou para o Rio, onde dividiu com o compositor Sidney Miller as músicas do espetáculo "Alice No País do Divino Maravilhoso" e começou a ensinar música em escolas. No ano seguinte, participou do V Festival Internacional da Canção, promovido pela Tv Globo, com a música "Encouraçado" (Sueli Costa / Tite Lemos), interpretada pelo cantor Fábio, alcançou o 3º lugar. Em 1971, três de suas composições foram escolhidas por Maria Bethânia para compor o antológico show "Rosa dos Ventos": "Aldebarã", "Assombrações" e "Sombra Amiga" (todas as três em parceria com Tite Lemos). No ano seguinte, "20 Anos Blue" (com Vitor Martins), composta durante uma viagem de ônibus entre Rio e Juiz de Fora, foi gravada por Elis Regina em seu LP "Elis", transformando-se num dos maiores sucessos da carreira de Sueli. Com o sucesso de suas músicas, Sueli foi contratada pela gravadora EMI e gravou seu primeiro LP "Sueli Costa", em 1975, com produção de Gonzaguinha e arranjos de Paulo Moura e Wagner Tiso. Dois anos depois, foi lançado seu segundo LP "Sueli Costa", com produção de João Bosco e Aldir Blanc. Nesta época, deixou de dar aulas por não conseguir acumular as duas funções, dedicando-se à música e ao seu casamento com Raymundo Wanderley, com quem ficou casada por 8 anos e que gerou seu único filho Pedro. Em 1978, Sueli gravou seu terceiro disco, "Vida de Artista", que contou com a participação da irmã Telma Costa na música "4 de Dezembro" (Sueli Costa). No ano seguinte, Sueli lança seu quarto disco, "Louça Fina", tema da postagem de hoje. Com doze músicas de seu belíssimo repertório, destacam-se entre elas "Para Os Meninos da Nicarágua", "Altos e Baixos", gravada por Elis em seu LP "Essa Mulher" no mesmo ano, "O Primeiro Jornal", "Alegria E A Dor", "Louça Fina", Sabe de Mim", "Flecha Ligeira" e "Esperar Eu Não Sei". Um disco que mostra o talento de uma compositora versátil, em temas, parceiros e sucessos, que nos traz grandes sucessos da música de Sueli, uma compositora já consagrada e uma cantora em ascensão musical. Um belíssimo trabalho, que resultou num disco gostoso de ouvir, grata surpresa para aqueles que não conhecem ou não tiveram a oportunidade de conhecer o talento de Sueli Costa.<br />
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1 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2014/06/para-os-meninos-da-nicaragua-sueli.html">Para Os Meninos da Nicarágua</a> (Sueli Costa / Paulo Emílio / Aldir Blanc)<br />
2 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2014/06/louca-fina-sueli-costa-1979.html">Louça Fina</a> (Sueli Costa / Abel Silva)<br />
3 - Sabe de Mim (Sueli Costa)<br />
4 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2014/06/alegria-e-dor-sueli-costa-1979.html">Alegria E A Dor</a> (Sueli Costa / Abel Silva)<br />
5 - Uma Vida Em Segredo (Sueli Costa / Abel Silva)<br />
6 - Esperar Eu Não Sei (Sueli Costa / Abel Silva)<br />
7 - Flecha Ligeira (Sueli Costa / Tite de Lemos)<br />
8 - Segredo Quebrado (Sueli Costa / Paulo César Pinheiro)<br />
9 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2014/06/primeiro-jornal-sueli-costa-1979.html">Primeiro Jornal</a> (Sueli Costa / Abel Silva)<br />
10 - Altos e Baixos (Sueli Costa / Aldir Blanc)<br />
11 - Jura Secreta (Sueli Costa / Abel Silva)<br />
12 - O Inocente (Sueli Costa / Tite de Lemos)<br />
<br />Blog da Música Brasileirahttp://www.blogger.com/profile/08398402278491733816noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3821678953838556808.post-33105212639590319222014-04-07T23:41:00.000-03:002014-04-09T20:15:49.367-03:001980 - Francis Hime - Francis<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWddzlSxxDdom1OomvXc9qhmq-x2QU-pvwW3LDm_2-Nmkv2Mtk2ZTI87qBzoIz2tH8_xTlphLm_PGtBlGC2b7JjzEgwsafW-OPYuYmjXeOJzQXpZvjFidYT1ZUwoVgubw40to9M_rZOp2p/s1600/1980+-+Francis+Hime.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWddzlSxxDdom1OomvXc9qhmq-x2QU-pvwW3LDm_2-Nmkv2Mtk2ZTI87qBzoIz2tH8_xTlphLm_PGtBlGC2b7JjzEgwsafW-OPYuYmjXeOJzQXpZvjFidYT1ZUwoVgubw40to9M_rZOp2p/s1600/1980+-+Francis+Hime.jpg" /></a></div>
Oi pessoal! Nesta segunda-feira, trago aqui no Blog um disco do cantor e compositor carioca Francis Hime. Filho da pintora Dália Antonina, Francis desde cedo se interessou pela música, iniciando seus estudos de piano aos seis anos de idade. Aos 23 anos, começou a participar de reuniões musicais realizadas na casa de Vinicius de Moraes em Petrópolis, onde conheceu Carlos Lyra, Edu Lobo, Dori Caymmi, Baden Powell, Wanda Sá, Marcos Valle, dentre outros grandes nomes da música brasileira do período. Destas reuniões surge a composição de Francis, ao lado de Vinicius de Moraes - "Sem Mais Adeus" -, gravada pela primeira vez por Wanda Sá, em 1963. Ainda nos anos 1960, participou de shows e escreveu arranjos para inúmeros artistas da época, além de gravar o LP instrumental "Os Seis Em Ponto", com o grupo do qual Francis participava como pianista. Outra importante participação de Francis na época foi na chamada "era dos grandes festivais", os quais eram promovidos pelas maiores emissoras de televisão da época. Destacam-se destes festivais as participações de Francis em (i) "Por Um Amor Maior", em parceria com Ruy Guerra e interpretada por Elis Regina no I Festival de Música Popular Brasileira, promovido pela Tv Excelsior em 1965; (ii) "Maria", em parceria com Vinicius de Moraes e interpretada por Wilson Simonal no I Festival Internacional da Canção, promovido pela Tv Rio em 1966; (iii) "Samba de Maria", em parceria com Vinicius de Moraes e interpretada por Jair Rodrigues no III Festival de Música Popular Brasileira, promovido pela Tv Record em 1967; (iv) "Tempo da Flor" e "Eu Te Amo, Amor", ambas em parceria com Vinicius de Moraes e interpretadas pela cantora Cláudia, no II Festival Internacional da Canção, promovido pela Tv Globo, em 1967; (v) "A Grande Ausente", em parceria com Paulo César Pinheiro e defendida por Taiguara no IV Festival de Música Popular Brasileira, promovido pela Tv Excelsior em 1968; e "Anunciação", em parceria com Paulo César Pinheiro e defendida pelo MPB-4 no III Festival Internacional da Canção, promovido pela Tv Globo, em 1968. Em 1969, formou-se em Engenharia e casou-se com a cantora Olívia Hime, mudando-se para os Estados Unidos, onde ficaram por quatro anos. Ao retornar ao Brasil em 1973, Francis lança seu primeiro LP individual, "Francis Hime", pela gravadora Odeon, o qual traz sua primeira parceria com Chico Buarque, "Atrás da Porta". Nos anos seguintes, compôs algumas trilhas sonoras para o cinema e para a televisão, lançando em 1977 o disco "Passaredo" pela Som Livre, o qual marcou a estréia de Olívia Hime como cantora, letrista e produtora, e em 1978 o disco "Se Porém Fosse Portanto" (também pela Som Livre), consagrando as parcerias de Olívia Hime, Chico Buarque, Cacaso, Vinicius de Moraes, Ruy Guerra, entre outros. Finalmente, em 1980 excursionou pelo Brasil ao lado de Toquinho e Maria Creuza, gravando neste mesmo ano o LP "Francis", o qual é o tema da postagem de hoje. Deste disco, merecem destaque as músicas "E Se", "Cabelo Pixaim", "Pássara", "Baião do Jeito", "Parintintin", "Elas Por Elas", "O Rei de Ramos" e "Marina Morena". Além de trazer o talento de um compositor já consagrado na música brasileira, com arranjos belíssimos e trilhas sonoras de sucesso, este disco também nos revela um cantor que encontrou sua forma particular de dar vida às suas canções, assinando a parceira com Cacaso, Chico Buarque, Olívia Hime, Tite Lemos e, surpreendentemente, Dias Gomes, em "O Rei de Ramos". Apesar de não fazer parte da lista dos mais lembrados nomes da MPB, Francis Hime é sem dúvida, na minha opinião, um dos principais pilares da música brasileira de sua geração. E este disco nos mostra exatamente isto: um compositor que se confunde com o excelente cantor, com o belíssimo arranjador e, é claro, com o grande compositor que é, genuinamente brasileiro e essencialmente Francis Hime.<br />
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1 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2014/04/e-se-francis-hime.html">E Se</a> (Francis Hime / Chico Buarque)<br />
2 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2014/04/cabelo-pixaim-francis-hime.html">Cabelo Pixaim</a> (Francis Hime / Cacaso)<br />
3 - Pássara (Francis Hime / Chico Buarque) - com Chico Buarque<br />
4 - Navio Fantasma (Francis Hime / Paulo César Pinheiro)<br />
5 - Baião do Jeito (Francis Hime / Cacaso)<br />
6 - Cinzas (Francis Hime / Olívia Hime)<br />
7 - Parintintin (Francis Hime / Olívia Hime)<br />
8 - Elas Por Elas (Francis Hime / Cacaso)<br />
9 - Meio Demais (Francis Hime / Cacaso)<br />
10 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2014/04/o-rei-de-ramos-francis-hime.html">O Rei de Ramos</a> (Dias Gomes / Francis Hime / Chico Buarque)<br />
11 - Flor do Mal (Francis Hime / Tite Lemos)<br />
12 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2014/04/marina-morena-francis-hime.html">Marina Morena</a> (Francis Hime / Cacaso)<br />
13 - Grão de Milho (Francis Hime / Cacaso)<br />
<br />Blog da Música Brasileirahttp://www.blogger.com/profile/08398402278491733816noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-3821678953838556808.post-89527024237360263282014-02-27T22:25:00.000-03:002014-04-09T20:35:05.579-03:002004 - Em Algum Lugar - Beto Guedes<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhb_68KhnEHSEL7nxIO-dJxQfhwqgqgz9jGhhXxhVwDXz8rK3rLFyvnrPMcF3eGUR1JCiC0yDR-f0fiHovaw4Wb4hloId77T3IKgHd1z7vGh-QomePwMaH0kzefU0T4Ru7LYoRX7Aka_1qf/s1600/2004+-+Em+Algum+Lugar.jpg"><img alt="" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhb_68KhnEHSEL7nxIO-dJxQfhwqgqgz9jGhhXxhVwDXz8rK3rLFyvnrPMcF3eGUR1JCiC0yDR-f0fiHovaw4Wb4hloId77T3IKgHd1z7vGh-QomePwMaH0kzefU0T4Ru7LYoRX7Aka_1qf/s400/2004+-+Em+Algum+Lugar.jpg" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5768495019491237010" style="cursor: hand; cursor: pointer; display: block; height: 400px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 400px;" /></a>Oi pessoal! Nesta quinta-feira, trago mais um cantor ainda inédito por aqui, o mineiro Beto Guedes. Ainda na infância, teve contato com a música, visto que o pai já era músico e compositor. Aos nove anos, mudou-se com a família de Montes Claros (sua cidade natal) para a capital, Belo Horizonte, onde conheceu seu amigo e parceiro musical, Lô Borges. Na adolescência, participou de bandas de rock como "The Beavers" (com Márcio Aquino, Lô e Yé Borges) e "Os Bructos", esta última com os irmãos e o amigo Lô Borges. Em 1969, sua música "Equatorial" (em parceria com Lô e Márcio Borges) ganhou o primeiro lugar no 1º Festival Estudantil da Canção de Belo Horizonte. Um ano mais tarde, aos 18 anos, participou do V Festival Internacional da Canção (FIC), realizado pela Tv Globo, com a música "Feira Moderna", composta em parceria com o também mineiro Fernando Brant. Neste mesmo ano, o grupo Som Imaginário gravou em seu primeiro LP, pela gravadora Odeon, a música "Feira Moderna". Em 1972, participou da gravação do LP Clube da Esquina, juntamente com os músicos mineiros Milton Nascimento (carioca de nascimento mas mineiro de criação e coração) e Lô Borges, e com a cantora Alaíde Costa. Neste disco, Beto Guedes participou tocando viola 12 cordas, guitarra, percussão, fazendo parte do coro e cantando nas músicas "Nada Será Como Antes", de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, "Saídas e Bandeiras Nº 1" e "Saídas e Bandeiras Nº 2", ambas de Milton Nascimento e Fernando Brant. No ano seguinte, gravou, junto com Danilo Caymmi, Novelli e Toninho Horta, o disco "Beto Guedes, Danilo Caymmi, Novelli e Toninho Horta", lançado pela EMI-Odeon e que trazia duas de suas composições ("Caso Você Queira Saber" e "Belo Horror"). Em 1975, participou da gravação do disco "Minas", de Milton Nascimento, na música "Fé Cega, Faca Amolada" (Milton Nascimento / Ronaldo Bastos), alcançando grande popularidade. Dois anos depois, foi convidado pela gravadora EMI-Odeon para a gravação de seu primeiro LP solo, "A Página do Relâmpago Elétrico", alcançando elogios da crítica e boa receptividade do público. Contudo, seu primeiro grande sucesso veio em 1978, com a gravação do LP "Amor de Índio", o qual se tornou um dos maiores sucessos de sua carreira. Outro grande sucesso de sua carreira veio com o disco "Sol de Primavera", lançado em 1979 pela mesma gravadora, sendo a música que dá título ao disco (com letra de Ronaldo Bastos e arranjo de Wagner Tiso) o principal destaque. Durante a década de 1980, Beto Guedes continuou no âmbito musical, gravando ao todo 6 trabalhos, todos pela EMI-Odeon, porém não alcançando grande expressão. Nos anos 1990, Beto Guedes dedica-se à marcenaria e à mecânica, afastando-se um pouco da música, retomando a carreira com o lançamento do disco de inéditas "Em Algum Lugar", tema da postagem de hoje. Lançado pela Sony Music, o disco tem como destaque as músicas "Em Algum Lugar", "Sonhando o Futuro", "Até Depois", "Amor de Filho", "O Amor Por Nós", "Vem Ver O Sol", "A Via Láctea" e "Um Sonho Para Viver". Um disco interessante, que traz na voz e interpretação do próprio Beto Guedes músicas inéditas de seu repertório, que nos mostra seu estilo "comportado" da música mineira, além do talento deste compositor em transformar em música lindas letras e histórias vividas em nosso cotidiano. Um disco que vale a pena se ouvir, para conhecer um pouco mais do trabalho e do talento deste músico essencialmente brasileiro, mineiro e integrante deste importante movimento musical chamado "Clube da Esquina".<br />
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1 - Até Depois (Luis Guedes / Paulo Flexa / Thomas Roth)<br />
2 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2014/04/sonhando-o-futuro-beto-guedes.html">Sonhando O Futuro</a> (Cláudio Venturini / Lô Borges)<br />
3 - O Amor Por Nós (Jimmy Webb / Vrs. Beto Guedes / Tadeu Franco)<br />
4 - Um Sonho Para Viver (Renato Vasconcelos / Murilo Antunes)<br />
5 - Outro Amanhã (Beto Guedes / Murilo Antunes)<br />
6 - Lamento Árabe (Godofredo Guedes)<br />
7 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2014/04/em-algum-lugar-beto-guedes.html">Em Algum Lugar</a> (Frederick Rousseau / Vrs. Fernando Brant)<br />
8 - Eu Te Dou Meu Coração (Beto Guedes / Léo Lopes / Ronaldo Bastos)<br />
9 - Amor de Filho (Beto Guedes / Milton Nascimento)<br />
10 - A Via Láctea (Lô Borges / Ronaldo Bastos)<br />
11 - Tua Canção (Ronaldo Cotrim / Carolina Futuro)<br />
12 - Vem Ver O Sol (Claudio Faria)<br />
13 - Júlia (Gabriel Guedes)<br />
<br />Blog da Música Brasileirahttp://www.blogger.com/profile/08398402278491733816noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3821678953838556808.post-53784580569140362582014-02-01T14:35:00.004-02:002014-02-02T00:14:27.960-02:002001 - Acústico MTV - Cássia Eller<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1Nn3xaT7-NhTw-GtPj2LV7l5Bt4KNAf60ZpYq0_pTbhyphenhyphenMxymhb2PrXd46BNeQ-WMSC-SEASd35MN73V3ky3x8aVtgsa_uCUsqfetg8EaNbSILzjHQ6w7To83Js_4NzoWHLTtVwhPgFnnD/s1600/2001+-+Ac%C3%BAstico+MTV+-+A.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1Nn3xaT7-NhTw-GtPj2LV7l5Bt4KNAf60ZpYq0_pTbhyphenhyphenMxymhb2PrXd46BNeQ-WMSC-SEASd35MN73V3ky3x8aVtgsa_uCUsqfetg8EaNbSILzjHQ6w7To83Js_4NzoWHLTtVwhPgFnnD/s1600/2001+-+Ac%C3%BAstico+MTV+-+A.jpg" /></a></div>
Oi pessoal! Nesta primeira postagem de 2014, trago uma cantora ainda inédita por aqui, a carioca Cássia Eller. Eleita pela revista Rolling Stones como a décima oitava maior voz brasileira, Cássia Eller nasceu no Rio de Janeiro, filha de um sargento pára-quedista do exército e de uma dona de casa, cujo nome foi sugerido pela avó, devota de Santa Rita de Cássia. O interesse pela música surgiu aos 14 anos, ao ganhar de presente seu primeiro violão, onde tocava principalmente música dos Beatles. Quatro anos mais tarde, mudou-se com a família para Brasília, cantando em corais, fazendo testes para musicais, se apresentando como cantora de um grupo de forró. Durante um ano, fez parte de um conjunto de trio elétrico, denominado Massa Real, além de tocar surdo num grupo de samba. Trabalhou em vários bares da capital federal, despontando no mundo artístico ao participar de um show de Oswaldo Montenegro na cidade. Aos 19 anos, mudou-se sozinha para Belo Horizonte, trabalhando de servente de pedreiro para se sustentar, dormindo num quartinho alugado, porém sem deixar de lado os shows que fazia com frequência. Por causa deles, largou a escola, não tendo tempo para se dedicar aos estudos. Sua carreira somente decolou em 1989, quando gravou, com a ajuda e apoio do tio, uma fita <i>demo </i>com a música "Por Enquanto", de Renato Russo, a qual foi levada pelo tio à gravadora Polygram, rendendo à cantora sua contratação. No ano seguinte, após uma participação no LP "Baobab" de Wagner Tiso, a cantora lança seu primeiro disco, "Cassia Eller", o qual vendeu mais de 60.000 cópias e alcançando grande sucesso com a música "Por Enquanto". Dois anos mais tarde, Cássia lança seu segundo disco, "O Marginal", o qual não obteve grande número de vendas e que é considerado pela crítica como o disco mais "alternativo" de sua carreira. Em 1994, logo após o nascimento do seu filho Chicão, a cantora gravou seu terceiro disco, "Cássia Eller", o qual ultrapassou 100.000 cópias vendidas, além de trazer ao público os sucessos de "Malandragem" (um dos maiores sucessos de sua carreira) e "E.C.T.". Dois anos mais tarde, cada vez mais trilhando os caminhos do sucesso, lançou seu primeiro disco gravado ao vivo, "Cássia Eller ao Vivo", o qual trazia nos arranjos três violões, sendo um deles tocado pela própria cantora. Com o grande sucesso de "Malandragem" e a admiração da cantora pelo cantor e compositor Cazuza lhe rendeu, já em 1997, o disco "Veneno Anti-Monotonia", em homenagem à Cazuza. Além de todas as músicas do disco serem da composição do próprio cantor, este disco é um dos marcos da fase roqueira de Cássia Eller. No ano seguinte, o registro ao vivo da turnê "Veneno Anti-Monotonia" seria lançado em disco, gravado ao vivo, com o título "Veneno Vivo", o qual tinha incluso em seu repertório as músicas "Nós" e "Eu Queria Ser Cássia Eller", que não constava nas músicas da turnê. Em 1999, após um comentário de seu filho Chicão, que a mãe berrava ao invés de cantar, Cássia Eller decidiu enveredar num caminho mais suave da sua carreira, culminando no disco "Com Você...Meu Mundo Ficaria Completo", produzido por Nando Reis, trazendo o sucesso de "O Segundo Sol", além das inéditas "Gatas Extraordinárias", de Caetano Veloso, e "Palavras ao Vento", de Marisa Monte e Moraes Moreira, ambas feitas exclusivamente para Cássia Eller. Em 2000, Cássia lança o disco "Cássia Rock Eller", com músicas já conhecidas de seu repertório e alguns <i>covers</i>. No ano seguinte, foi lançado o último disco da carreira da cantora, "Acústico MTV", o qual é o tema da postagem. Gravado ao vivo na Fazenda São José, teve na direção musical Nando Reis e Luiz Brasil e, na direção artística, o renomado Max Pierre. Das 17 músicas do repertório, destacam-se os sucessos de "Malandragem", "O Segundo Sol", "E.C.T.", "Por Enquanto" e "Relicário", além de "Luz dos Olhos", "Nós", "Non, Je Ne Regrette Rien", "Queremos Saber", "Vá Morar Com O Diabo", "Partido Alto", "1º Julho" e "Quando A Maré Encher". Um disco fantástico, intenso, com os principais sucessos de Cássia Eller gravados ao vivo, no formato especial dos discos da série "Acústicos MTV", os quais nos dá a sensação de que estamos participando ao vivo do show. E que, apesar de ser o último disco lançado pela cantora, traz em um belo resumo o talento, a voz inconfundivelmente grave de uma cantora que nasceu para arrebentar nos palcos, para mostrar ao público uma música moderna, misturando rock e pop numa essência genuinamente brasileira, com a marca registrada de Cássia Eller.<br />
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1 - Non, Je Ne Regrette Rien (Michel Vaucaire / Charles Dumont)<br />
2 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2014/02/malandragem-cassia-eller.html">Malandragem</a> (Cazuza / Frejat)<br />
3 - E.C.T. (Nando Reis / Marisa Monte / Carlinhos Brown)<br />
4 - Vá Morar Com O Diabo (Riachão)<br />
5 - Partido Alto (Chico Buarque)<br />
6 - 1º De Julho (Renato Russo)<br />
7 - Luz Dos Olhos (Nando Reis)<br />
8 - Todo Amor Que Houver Nessa Vida (Cazuza / Frejat)<br />
9 - Queremos Saber (Gilberto Gil)<br />
10 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2014/02/por-enquanto-cassia-eller.html">Por Enquanto</a> (Renato Russo)<br />
11 - Relicário (Nando Reis) - com Nando Reis<br />
12 - O Segundo Sol (Nando Reis)<br />
13 - Nós (Tião Carvalho)<br />
14 - Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (John Lennon / Paul McCartney)<br />
15 - De Esquina (Xis) - com Nação Zumbi<br />
16 - Quando A Maré Encher (Fábio Trummer / Roger Man / Bernardo Chopinho) - com Nação Zumbi<br />
17 - Top Top (Os Mutantes / Arnolpho Lima Filho)<br />
<br />Blog da Música Brasileirahttp://www.blogger.com/profile/08398402278491733816noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3821678953838556808.post-13613974454687314332013-11-10T14:07:00.004-02:002013-11-11T00:02:05.073-02:002013 - Vanessa da Mata Canta Tom Jobim<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNEe1F60Pc65UCuE20WqlBKeEdcyiI7fRmlFKbpMBPyS6l_GazvawbCB3ru7oP9FQY1psuKYPM_DXqcrivoFXWlQud-Rus5txBKziHDu0Hw2QT1S369fpoLIsa0KLqvodXFgppld0oo_8S/s1600/2013+-+Canta+Tom+Jobim.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNEe1F60Pc65UCuE20WqlBKeEdcyiI7fRmlFKbpMBPyS6l_GazvawbCB3ru7oP9FQY1psuKYPM_DXqcrivoFXWlQud-Rus5txBKziHDu0Hw2QT1S369fpoLIsa0KLqvodXFgppld0oo_8S/s1600/2013+-+Canta+Tom+Jobim.jpg" /></a></div>
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Oi pessoal! Neste domingo ensolarado de novembro, trago aqui no Blog da Música Brasileira um dos melhores discos do ano, em que a cantora matogrossense Vanessa da Mata homenageia o eterno maestro Tom Jobim. Gravado em julho pela Sony Music, o disco traz 16 das 23 músicas da turnê "Nívea Viva Tom Jobim", em que a cantora percorreu o Brasil divulgando a obra e a genialidade deste grande compositor, músico e pianista carioca. Quanto à cantora, Vanessa da Mata nasceu em Alto Garças (MT) e, aos 14 anos, deixou sua cidade natal para se dedicar ao vestibular de medicina e à música. Já em Uberlândia, no ano seguinte, Vanessa faz sua estreia em bares da cidade mineira, cantando um repertório variado que ia de Reggae a MPB. Em 1992, Vanessa deixa Minas e se muda para São Paulo, para ser integrante do grupo feminino Shalla-Bal, este dedicado à música Reggae. Três anos mais tarde, Vanessa integra a banda jamaicana Black Uhuru e o grupo de ritmos regionais Mafuá. Em 1997, Vanessa conhece o cantor Chico César, com quem começa a compor. Uma das suas composições ao lado de Chico César, "A Força Que Nunca Seca" se transformou na primeira grande expressão musical do talento de Vanessa, ao ser escolhida por Maria Bethânia a fazer parte do seu disco gravado em 1999, o qual levou como título a música de Vanessa e Chico. No ano seguinte, a também baiana Daniela Mercury lança o disco "Sol da Liberdade", o qual traz a primeira composição solo de Vanessa, "Viagem". Em 2001, Maria Bethânia lança em seu disco "Maricotinha" a segunda música de seu repertório com a composição de Vanessa da Mata, "O Canto de Dona Sinhá", que conta com a participação de Chico Buarque na versão ao vivo. Neste mesmo ano, Vanessa estreia a parceria com a mineira Ana Carolina, com a música "Me Sento Na Rua", incluída no disco "Ana Rita Joana Iracema e Carolina". Em 2002, Vanessa lança seu primeiro disco pela gravadora Sony BMG, "Vanessa da Mata", o qual alcança grande repercussão com as músicas "Nossa Canção" (Luiz Ayrão) e "Onde Ir" (Vanessa da Mata), integrantes das trilhas sonoras das novelas "Celebridade" e "Esperança", respectivamente. Dois anos depois, Vanessa lança seu segundo disco, "Essa Boneca Tem Manual", sendo este muito bem recebido pela crítica e que trouxe os sucessos de "Ainda Bem" e "Ai ai ai", ambas de Liminha e Vanessa da Mata, "História de Uma Gata", de Chico Buarque, Luis Enriquez Bacalov e Sergio Bardotti, e "Não Chore Homem", da própria autora. Em 2006, a cantora recebe o Prêmio Multishow de Melhor Música com "Ai ai ai", onde a música torna-se a música nacional executada nas rádios e o disco "Essa Boneca Tem Manual" rende à cantora seu primeiro disco de platina. No ano seguinte, Vanessa lança seu terceiro disco, "Sim", o qual trouxe mais um grande sucesso de sua carreira, "Boa Sorte", composta e gravada com o músico estadunidense Ben Harper. Em 2008, Vanessa conquista o Grammy Latino, na categoria Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro e o seu segundo Prêmio Multishow de Melhor Música, desta vez com "Boa Sorte". Em 2010, Vanessa lança seu terceiro álbum de estúdio, "Bicicletas, Bolos e Outas Alegrias", que trouxe como destaque as músicas "O Tal Casal", "As Palavras (trilha sonora da novela Morde & Assopra) e "Quando Amanhecer", em parceria com Gilberto Gil. No carnaval de 2012, Vanessa entra na Sapucaí pela Portela homenageando a cantora Clara Nunes, num desfile em homenagem à Bahia. Em fevereiro de 2013, foi confirmada que a segunda edição do projeto Nívea Viva homenagearia o maestro Antonio Carlos Jobim e que a escolhida para cantar as canções de Tom seria Vanessa da Mata. Assim, no primeiro semestre, Vanessa realizou uma turnê por seis capitais brasileiras, com shows gratuitos, divulgando a obra e o talento do mestre Tom Jobim. Em julho, foi lançado o disco com as principais músicas da turnê, o qual é o tema da postagem de hoje. Trata-se de um disco simples, mas genial. Traz uma cantora que mergulhou neste mundo musical criado por Tom Jobim e que conseguiu extrair na essência o que o maestro gostava tanto em sua obra: o Brasil. O Brasil do amor, da natureza, da alegria. E a Vanessa soube muito bem mostrar a todos o seu imenso talento, com a responsabilidade de cantar e encantar a todos com a magia de Tom Jobim. E conseguiu com este disco reunir, sob sua interpretação belíssima, 16 grandes clássicos da música de Tom Jobim. É claro, ficaram de fora inúmeros sucessos do maestro, como "Águas de Março", "Luiza", "Chega de Saudade" (em parceria com Vinicius de Moraes), "Ela É Carioca" (em parceria com Vinicius e Gilbert), entre tantos outros. Mas mesmo assim, o disco é incrível, um registro inesquecível que a matogrossense Vanessa da Mata deixou de sua releitura à obra do eterno maestro Antonio Carlos Jobim. </div>
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1- <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2013/11/caminhos-cruzados-vanessa-da-mata-2013.html">Caminhos Cruzados</a> (Antonio Carlos Jobim / Newton Mendonça)</div>
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2 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2013/11/fotografia-vanessa-da-mata-2013.html">Fotografia</a> (Antonio Carlos Jobim)</div>
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3 - Só Danço Samba (Antonio Carlos Jobim / Vinicius de Moraes)</div>
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4 - Este Seu Olhar (Antonio Carlos Jobim)</div>
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5 - Chovendo Na Roseira (Antonio Carlos Jobim)</div>
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6 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2013/11/por-causa-de-voce-vanessa-da-mata-2013.html">Por Causa de Você</a> (Antonio Carlos Jobim / Dolores Duran)</div>
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7 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2013/11/eu-sei-que-vou-te-amar-vanessa-da-mata.html">Eu Sei Que Vou Te Amar</a> (Antonio Carlos Jobim / Vinicius de Moraes)</div>
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8 - Desafinado (Antonio Carlos Jobim / Newton Mendonça)</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
9 - Sabiá (Antonio Carlos Jobim / Chico Buarque)</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
10 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2013/11/dindi-vanessa-da-mata-2013.html">Dindi</a> (Antonio Carlos Jobim / Aloysio de Oliveira)</div>
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11 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2013/11/wave-vanessa-da-mata-2013.html">Wave</a> (Antonio Carlos Jobim)</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
12 - Só Tinha de Ser Com Você (Antonio Carlos Jobim)</div>
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13 - Falando de Amor (Antonio Carlos Jobim)</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
14 - Samba de Uma Nota Só (Antonio Carlos Jobim / Newton Mendonça)</div>
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15 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2013/11/correnteza-vanessa-da-mata-2013.html">Correnteza</a> (Antonio Carlos Jobim / Luiz Bonfá)</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
16 - Estrada do Sol (Antonio Carlos Jobim / Dolores Duran)</div>
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<br /></div>
Blog da Música Brasileirahttp://www.blogger.com/profile/08398402278491733816noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-3821678953838556808.post-37895803135781008662013-10-27T15:07:00.001-02:002013-10-27T15:07:57.947-02:001969 - Vinicius em Portugal<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjve1WuYlih5XMq61f9bYJo2flNhWiCjAU_p_CFxFLhMO7yoA5VAqIu0CJfooMsxXQPkvcxso4LBJHF1fefXTjjReqNNgVwHna5ToV8F22i0Hm_TdMJbWNOAjuy1edDms5xFOfKelXwETKs/s1600/1969+-+Vinicius+Em+Portugal.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjve1WuYlih5XMq61f9bYJo2flNhWiCjAU_p_CFxFLhMO7yoA5VAqIu0CJfooMsxXQPkvcxso4LBJHF1fefXTjjReqNNgVwHna5ToV8F22i0Hm_TdMJbWNOAjuy1edDms5xFOfKelXwETKs/s1600/1969+-+Vinicius+Em+Portugal.jpg" /></a></div>
Oi pessoal! Neste último domingo de outubro, presto uma homenagem a um dos maiores nomes da música e da poesia brasileira. Afinal, se estivesse vivo, nosso querido "poetinha" teria completado no último dia 19 deste mês, 100 anos de vida, boemia e muitas histórias. Nascido no Rio de Janeiro do início do século XX, Vinicius ainda na escola começou a se interessar pela poesia, compondo seus primeiros versos. Aos 14 anos, junto com os amigos Tapajós (os irmãos Paulo, Haroldo e Oswaldo), Vinicius compõe suas primeiras canções, se apresentando com mais alguns amigos da escola em festinhas. Dois anos mais tarde, torna-se bacharel em Letras, entrando para a faculdade de Direito no ano seguinte. Em 1932, Vinicius publica seu primeiro poema, "A Transfiguração da Montanha", na revista "A Ordem", além de ter suas primeiras canções gravadas em disco ("Loura ou Morena" e "Canção da Noite") pelos Irmãos Tapajós, pela gravadora Columbia. No ano seguinte, por incentivo do amigo Otávio de Faria, lança pela editora Schimidt seu primeiro livro de poemas, "O Caminho para a Distância". Em 1933, lança o livro "Forma e Exegese", pela editora Irmãos Pongetti, o qual é elogiado pela crítica, além de receber o prêmio Filipe d'Oliveira e receber comentários positivos do já consagrado poeta Manuel Bandeira. Cinco anos mais tarde, lança seu quarto livro, "Novos Poemas", desta vez pela editora José Olympio, sendo novamente elogiado pela crítica e consolidado como um dos poetas da chamada "Geração de 30". Em 1939, com o início da II Guerra Mundial, Vinicius volta ao Brasil e, esperando o navio no porto de Estoril, escreve um dos poemas mais conhecidos de sua autoria, "Soneto de Fidelidade". Em 1941, inicia os estudos para ingressar na carreira diplomática, também escrevendo para o jornal "A Manhã" como crítico cinematográfico. Dois anos mais tarde, publica pela Irmãos Pongetti seu quinto livro, "Cinco Elegias", que conta com a colaboração de Manuel Bandeira, Aníbal Machado e Otávio de Faria. Em 1946, Vinicius enfim conquista o posto de vice-cônsul em Los Angeles, transferindo-se com a família para os Estados Unidos. No início da década de 1950, retorna ao Brasil, trabalhando no jornal "A Última Hora" como cronista e crítico de cinema. Em 1954, sua peça "Orfeu da Conceição" é premiada no concurso de teatro do IV Centenário da Cidade de São Paulo, além de lançar no Brasil sua "Antologia Poética", pela editora "A Noite". Dois anos mais tarde, inicia no Brasil as encenações de sua peça "Orfeu da Conceição" e, em 1957, é transferido para a embaixada brasileira de Montevidéu, lançando neste período no Brasil seu "Livro de Sonetos". Nos anos seguintes, sua parceria com Tom Jobim é levada aos quatro cantos do mundo após a explosão da Bossa Nova, movimento este que teria como pilar central a música de Tom e Vinicius. No início da década de 1960, Vinicius se lança na música brasileira, com novos parceiros musicais como Carlos Lyra, Edu Lobo, Baden Powell, Francis Hime, entre outros, lançando seu primeiro disco solo "Vinicius", pela gravadora Elenco. Em 1965, do I Festival Nacional de Música Popular Brasileira, promovido pela Tv Excelsior, Vinicius recebe o primeiro lugar com "Arrastão", composta com Edu Lobo, após a interpretação bombástica de Elis Regina, e o segundo lugar com "Valsa do Amor Que Não Vem", composta com Baden Powell, na interpretação emocionada de Elizeth Cardoso. No ano seguinte, Vinicius lança pelo selo Forma o antológico disco "Os Afro-sambas", com o amigo Baden Powell, misturando a música do poeta, o violão do parceiro e a influência dos ritmos do candomblé. Em 1968, Vinicius perde sua mãe, dona Lydia de Moraes e, após a instauração do AI*5 pelo então presidente Costa e Silva, perde também seu cargo no Itamaraty. No ano seguinte, dedica-se a shows que levaram o poeta a Salvador, Montevidéu e Lisboa. E em Lisboa, em plena livraria Quadrante, Vinicius realiza um recital de poesia, o qual é gravado e lançado no Brasil no final de 1969, pelo selo Festa, disco este que é tema da postagem de hoje. Deste disco recheado de poemas, destaco "A Uma Mulher", "Soneto a Katherine Mansfield", o qual inspirou o poeta Manuel Bandeira a compor uma série de sonetos que há muito não o fazia, "O Desespero da Piedade", "Soneto de Intimidade", "Quarto Soneto de Meditação" e "Ternura". Um recital interessante, que nos traz um pouco do poeta Vinicius em suas várias fases, desde seu primeiro livro, "O Caminho para a Distância", em que o próprio poeta o define como "imaturo, mas bem saudado pela crítica, onde o poeta se encontra nos seus mais verdes anos", até seus últimos trabalhos poéticos. Este recital consiste numa antologia, realizada pelo próprio poeta, e que traz aos que não conheceram a boêmia de Vinicius, o próprio autor declamando suas obras, com sua voz, seu sentimento. Um documento único, que leva à posteridade a preciosidade da obra, selecionada pelo próprio Vinicius, do poeta, diplomata, cineasta e compositor brasileiro, que se estivesse vivo, completaria neste mês um século de alegria, boemia e, é claro, muita poesia.<br />
<br />
1 - A Uma Mulher<br />
2 - A Volta da Mulher Morena<br />
3 - Soneto de Intimidade<br />
4 - Soneto a Katherine Mansfield<br />
5 - Ternura<br />
6 - O Falso Mendigo<br />
7 - O Desespero da Piedade<br />
8 - Quarto Soneto de Meditação<br />
9 - Cântico<br />
10 - Sob o Trópico de Câncer<br />
<br />Blog da Música Brasileirahttp://www.blogger.com/profile/08398402278491733816noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3821678953838556808.post-927204220047306352013-10-06T12:03:00.000-03:002013-10-06T23:46:47.010-03:001964 - Tudo de Mim - Nelson Gonçalves<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_-Vjt0PSpU8PsotQ7Fjp19aAgE_l_3QXFKq2jWguENz_n1apH7lTbWH3BUsqb20giK3IhdrFAiOHrs0t2Y88GeDp56_4ZHdwTYwPejR7XIb4AEPy68KCsG2IEkE1UMIclXMnW55VKaj9c/s1600/1964+-+Tudo+de+Mim.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_-Vjt0PSpU8PsotQ7Fjp19aAgE_l_3QXFKq2jWguENz_n1apH7lTbWH3BUsqb20giK3IhdrFAiOHrs0t2Y88GeDp56_4ZHdwTYwPejR7XIb4AEPy68KCsG2IEkE1UMIclXMnW55VKaj9c/s1600/1964+-+Tudo+de+Mim.jpg" /></a></div>
Oi pessoal! Nesta sexta-feira, trago aqui no Blog mais um disco do gaúcho Nelson Gonçalves. Dono de uma voz única, característica, Nelson Gonçalves se mudou ainda criança para São Paulo, trabalhando na adolescência de engraxate, jornaleiro, mecânico, polidor, tamanqueiro e lutador de boxe, tornando-se aos dezesseis anos campeão paulista, na categoria peso-médio. Mesmo sendo gago (o que lhe originou o apelido "metralha"), Nelson insistiu no sonho de ser cantor, mudando-se para o Rio de Janeiro em 1939 em busca deste sonho. Já no Rio, participou de inúmeros programas de calouros, sendo até aconselhado por Ary Barroso a desistir de seu sonho, diante das reprovações. Em 1941, após quase dois anos de tentativas sem sucesso, conseguiu gravar seu primeiro disco, pela Victor, sendo este 78RPM bem recebido pelo público e pela crítica. Nesta época, foi convidado a ser <i>crooner</i> Casino Copacabana (estabelecido no Hotel Copacabana Palace), assinando um contrato com a Rádio Mayrink Veiga e iniciando uma carreira de sucesso no rádio, inspirando-se nos já consagrados Francisco Alves e Orlando Silva. Durante as décadas de 1940 e 1950 grava inúmeros sucessos, como "A Última Seresta" (Adelino Moreira / Sebastião Santana), "Maria Bethânia" (Capiba), "Caminhemos" (Herivelto Martins), "Meu Vício É Você" (Adelino Moreira) e "A Volta do Boêmio" (Adelino Moreira), esta última considerada o seu maior sucesso e que lhe conferiu a alcunha de "Boêmio". Em 1952, casa-se com Lourdinha Bittencourt, substituta de Dalva de Oliveira no célebre Trio de Ouro, ficando juntos até 1959. Nesta época, o cantor se envolve com as drogas, fato este que quase levou ao final de sua carreira e sua vida, chegando a ser preso em flagrante, em meados de 1965. Com o apoio da família e amigos, deu a volta por cima, retomou sua brilhante carreira de sucesso e reconquistou o público que há tanto o admirava. Este disco, por sua vez, embora tenha sido lançado nesta fase triste da vida de Nelson, traz em seu repertório verdadeiras jóias musicais, com destaque especial para "Risque", imortalizada por Linda Batista, "Cadeira Vazia", uma das mais conhecidas letras de Lupicínio Rodrigues, "Dora", composição do mais baiano dos compositores, Dorival Caymmi, "Folha Morta" e "Ave Maria", grandes sucessos na voz de Dalva de Oliveira, "Da Cor do Pecado", "Tudo de Mim", que dá nome ao disco, "Cabelos Brancos", registrada em disco de Silvio Caldas, com mesmo nome, "Nossa Comédia" e "A Mesma Rosa Amarela". Um disco interessante, pela história e importância que cada uma das faixas representa para a história de nossa música brasileira, interpretadas pelo Rei do Rádio, uma das maiores vozes que o Brasil já teve e tem orgulho de se lembrar, ouvir e se emocionar: o eterno Nelson Gonçalves. <br />
<br />
01 – <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2013/10/risque-nelson-goncalves-1964.html">Risque</a> (Ary Barroso)<br />
02 – Da Cor do Pecado (Bororó)<br />
03 – Tudo de Mim (Evaldo Gouveia / Jair Amorim)<br />
04 – Nossa Comédia (Custódio Mesquita / Evaldo Ruy)<br />
05 – <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2013/10/cadeira-vazia-nelson-goncalves-1964.html">Cadeira Vazia</a> (Lupicínio Rodrigues / Alcides Gonçalves)<br />
06 – <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2013/10/dora-nelson-goncalves-1964.html">Dora</a> (Dorival Caymmi)<br />
07 – <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2013/10/folha-morta-nelson-goncalves-1964.html">Folha Morta</a> (Ary Barroso)<br />
08 – Cabelos Brancos (Herivelto Martins / Marino Pinto)<br />
09 – <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2013/10/ave-maria-nelson-goncalves-1964.html">Ave Maria</a> (Vicente Paiva / Jayme Redondo)<br />
10 – Sinto-me Bem (Ataulfo Alves)<br />
11 – Noite Cheia De Estrelas (Cândido das Neves)<br />
12 – A Mesma Rosa Amarela (Capiba e Carlos Pena Filho)<br />
<br />Blog da Música Brasileirahttp://www.blogger.com/profile/08398402278491733816noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3821678953838556808.post-6205036120128245702013-09-23T22:55:00.002-03:002013-10-03T21:46:24.651-03:001958 - Cabelos Brancos - Silvio Caldas<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPyOpMfPUSqT-Sch8KihYEiJ4r98rrAFEVACum8SKcDzTLMnNKJAGJwpidUu6YRmzC7aOWElnU4xzZ55Vi5XeeSO513tM5sM0XjxPuVOr42f63_yhh0SiKgaQxBdZkOkolyYz141oriLgI/s1600/1958+-+Cabelos+Brancos+-+A.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5664902613792600082" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPyOpMfPUSqT-Sch8KihYEiJ4r98rrAFEVACum8SKcDzTLMnNKJAGJwpidUu6YRmzC7aOWElnU4xzZ55Vi5XeeSO513tM5sM0XjxPuVOr42f63_yhh0SiKgaQxBdZkOkolyYz141oriLgI/s400/1958+-+Cabelos+Brancos+-+A.jpg" style="cursor: hand; cursor: pointer; display: block; height: 400px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 400px;" /></a>Oi pessoal! Nesta segunda-feira, trago aqui no Blog mais uma preciosidade de nossa música brasileira, desta vez um disco do cantor e compositor carioca Silvio Caldas. Desde criança, Silvio Caldas teve contato com a música, mas o início de sua carreira profissional remonta o final da década de 1920, cantando em programas de rádio. Somente no início dos anos 30, com a gravação de "Faceira" (1931), "Maria" (1932) e "Segure Esta Mulher" (1933), todas de autoria do compositor Ary Barroso, é que vieram seus primeiros sucessos e o reconhecimento do público. Em 1934, Silvio Caldas iniciou com Orestes Barbosa uma parceria que lhes renderia inúmeros sucessos, com destaque para "Chão de Estrelas" (1937), o maior sucesso da carreira do cantor, cuja gravação original foi realizada pela Odeon, num velho 78 RPM, em que o lado A apresentava a canção "Arranha-Céu", também de autoria da dupla. No mesmo ano, Silvio lançou outro grande sucesso de sua carreira, a marcha "As Pastorinhas", de Noel Rosa e João de Barro. No início da década de 1940, o cantor gravou "Mulher", de Custódio Mesquita e Sadi Cabral, a qual alcançou algum sucesso, além das regravações de "Aquarela do Brasil" e "Na Baixa do Sapateiro", ambas de Ary Barroso, realizadas dois anos depois. Em 1943, gravou pela Continental a primeira canção da gravadora, "Mágoas de um Trovador", de J. Cascata e Manezinho Araújo. Ainda na década de 1940, participou de filmes de José Carlos Burle, como "Tristezas Não Pagam Dívidas" e "Luz dos Meus Olhos", além de "Não Adianta Chorar", de Watson Macedo. Em 1951, é lançado seu primeiro LP pelo selo Musicolor, "Com a Saudade Pelo Braço", com 14 músicas lançadas em velhos discos 78 RPM em anos anteriores. Durante a década de 1950, Silvio grava mais alguns discos, como "Saudades" (1952), "Música de Ary Barroso - Canta Silvio Caldas" (1953), "Silvio Caldas Canta" (1955), "Canta o Seresteiro" (1956), "Silvio Caldas" (1956), "Serenata" (1957) e "Cabelos Brancos" (1958), que é o tema da postagem de hoje. Deste disco, lançado originalmente pela gravadora Columbia, merecem destaque as músicas "Foi Uma Pedra Que Rolou", "Serra da Boa Esperança" - clássico da música de Francisco Alves" -, "Cabelos Brancos", a qual dá nome ao Long-Play, "Uma Jura Que Fiz", "Quando o Samba Acabou", "Pistom de Gafieira" e "Compromisso Com a Saudade". Um disco muito bom, com músicas de alta qualidade e refino musical, interpretadas por ninguém menos que o "caboclinho querido", o eterno seresteiro Silvio Caldas.<br />
<br />
01 – <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2013/10/cabelos-brancos-silvio-caldas.html">Cabelos Brancos</a> (Marino Pinto / Herivelto Martins)<br />
02 – Foi Uma Pedra Que Rolou (Pedro Caetano)<br />
03 – Saudade de Você (Silvio Caldas / Billy Blanco)<br />
04 – Uma Jura Que Fiz (Ismael Silva / Noel Rosa)<br />
05 – Chuvas de Verão (Fernando Lobo)<br />
06 – <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2013/10/serra-da-boa-esperanca-silvio-caldas.html">Serra da Boa Esperança</a> (Lamartine Babo)<br />
07 – Compromisso Com a Saudade (Billy Blanco)<br />
08 – Talento Não Tem Idade (Ataulfo Alves)<br />
09 – Reverso (Marino Pinto / Gilberto Milfont)<br />
10 – Pistom de Gafieira (Billy Blanco)<br />
11 – Pastora dos Olhos Castanhos (Alberto Ribeiro / Horondino Silva “Dino”)<br />
12 – Quando o Samba Acabou (Noel Rosa)<br />
<br />Blog da Música Brasileirahttp://www.blogger.com/profile/08398402278491733816noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3821678953838556808.post-67753695700718891082013-08-06T22:57:00.001-03:002015-12-27T11:20:45.432-02:001969 - Aracy de Almeida<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjJPVoiXyFrkvhl9aRwpP2t2jza_RmTe0NJvW71-492LJ-iLbkZTiu7uctcdMvA6dZHj-OibOLVbRJylVOD_U3meaBOUobXmrmNvrlvYSyWWTT_Wb9b9NR4S7tiX90cOcObgxyON51eueM/s1600/1969+-+Aracy+de+Almeida.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5685008329301926018" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjJPVoiXyFrkvhl9aRwpP2t2jza_RmTe0NJvW71-492LJ-iLbkZTiu7uctcdMvA6dZHj-OibOLVbRJylVOD_U3meaBOUobXmrmNvrlvYSyWWTT_Wb9b9NR4S7tiX90cOcObgxyON51eueM/s400/1969+-+Aracy+de+Almeida.jpg" style="cursor: hand; cursor: pointer; display: block; height: 400px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 400px;" /></a>Oi pessoal! Nesta terça-feira, posto aqui no Blog um disco em homenagem à cantora carioca Aracy de Almeida. Considerada a maior intérprete de Noel Rosa pelo próprio compositor e pela crítica, Aracy iniciou sua carreira aos 19 anos, cantando profissionalmente sambas na Rádio Educadora do Rio de Janeiro. Em 1934, gravou seu primeiro disco pela Columbia, com a marchinha "Em Plena Folia", de Julieta de Oliveira, além de gravar pela primeira vez Noel, com a canção "Riso de Criança". Um ano mais tarde, assinou contrato com a Rádio Cruzeiro do Sul, passando a fazer parte do coro do elenco da gravadora. Neste ano, dentre as músicas que gravou pela RCA Victor, destacam-se os sambas "Triste Cuíca", de Noel Rosa e Hervê Cordovil e "Pedindo a São João", de Herivelto Martins e Darci de Oliveira. Em 1936, o samba "Palpite Infeliz", de Noel Rosa, tornou-se o primeiro sucesso da cantora, que se tornaria uma das maiores cantoras da história da música brasileira e, consequentemente, da era de ouro do rádio nacional. No ano seguinte, Aracy gravou com Castro Barbosa os sambas "Eu e Você" e "Helena", ambas de Raul Marques e Ernâni Silva; de Noel Rosa, os sambas "Eu Sei Sofrer" e "O Maior Castigo Que Eu Te Dou"; e o sucesso "Tenha Pena de Mim", de Ciro de Souza e Babaú, uma das músicas mais importantes na sua carreira. Nesta época, transferiu-se para a Rádio Nacional. Em 1938, Aracy gravou com Lamartine Babo as marchas "Vaca Amarela", de Lamartine e Carlos Neto, e "Esquina da Sorte", de Lamartine e Hervê Cordovil, além dos sambas "Último Desejo", "Século do Progresso" e "Rapaz Folgado", todas de autoria de Noel. Já em 1939, Aracy grava outro grande sucesso de sua carreira, "Camisa Amarela", desta vez de autoria de Ary Barroso. No início da década de 1940, Aracy passou por vários programas musicais de rádio, como no Programa Casé, da Rádio Philips, onde cantava em dupla com Silvio Caldas, além de gravar mais um sucesso de sua carreira, "Fez Bobagem", de Assis Valente. Durante a década de 1940, sua popularidade e seus sambas ganharam grande destaque na música, sendo considerada uma das maiores cantoras do rádio na época. E justamente desta fase é que se trata este disco, tema da postagem de hoje. Lançado em 1969 pelo selo Imperial, este disco traz uma coletânea dos principais sucessos de Aracy desta época marcante de sua carreira, com sambas que até hoje são lembrados pelo grande público. Dentre estes, destacam-se "Saia do Caminho", "Nasci Para Bailar", "Quando Esse Nego Chega", "Parabéns Para Você", "Carta Esquecida", "Ele Não Sabe Dançar" e "Desde Ontem". Apesar de ser lembrada apenas como a júri polêmica do Programa Silvio Santos pelo grande público, Aracy de Almeida é uma das melhores e maiores cantoras de sambas de nossa música, com sambas inesquecíveis e músicas que marcaram o início de nossa história musical brasileira, devendo sempre ser lembrada e referenciada por aqueles que, como eu, gostam de ouvir uma boa música genuinamente brasileira.<br />
<br />
1 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com/2013/10/saia-do-caminho-aracy-de-almeida-1969.html">Saia do Caminho</a> (Custódio Mesquita / Evaldo Ruy) - 1946<br />
2 - Nasci Para Bailar (Joel de Almeida / Tasiro / Vrs. Fernando Lobo) - 1948<br />
3 - Desde Ontem (Fernando Lobo) - 1949<br />
4 - João Ninguém (Noel Rosa) - 1949<br />
5 - Carta Esquecida (Mario Amorim) - 1946<br />
6 - Parabéns para Você (Roberto Martins / Wilson Batista) - 1945<br />
7 - Franqueza (Newton Teixeira / Valdemar Gomes) - 1946<br />
8 - Diagnóstico (Wilson Batista / Germano Augusto) - 1943<br />
9 - Memórias de Torcedor (Geraldo Gomes / Wilson Batista) - 1946<br />
10 - Distância (Fernando Lobo) - 1948<br />
11 - Quando Esse Nego Chega (Haroldo Barbosa) - 1948<br />
12 - Ele Não Sabe Dançar (Alcebíades Nogueira / Cristóvão Alencar) - 1945<br />
<br />
Este disco pode ser buscado em <a href="https://parallelrealitiesstudio.wordpress.com/2011/03/28/ara%D1%81%D1%83-d%D0%B5-alm%D0%B5id%D0%B0-78-rpm/" target="_blank">https://parallelrealitiesstudio.wordpress.com/2011/03/28/ara%D1%81%D1%83-d%D0%B5-alm%D0%B5id%D0%B0-78-rpm/</a>Blog da Música Brasileirahttp://www.blogger.com/profile/08398402278491733816noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3821678953838556808.post-64192364072442562002013-07-25T21:20:00.000-03:002013-10-03T22:31:19.315-03:001970 - Miltinho e a Seresta<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj44tfCd1KKuJTVoGjncrguaZNYX5SPDFQRmY48J3WgOm-CfE86Q7-3ZPC38IcDJ1kd0wIzOVRQJewZ9TDRVFg0CnB35hWzP4zAueb9zkCqV43cs6IIRZMtTvNj1e4dXrD-OxKDVIk1Z_1b/s1600/1970+-+Miltinho+E+A+Seresta+-+A.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj44tfCd1KKuJTVoGjncrguaZNYX5SPDFQRmY48J3WgOm-CfE86Q7-3ZPC38IcDJ1kd0wIzOVRQJewZ9TDRVFg0CnB35hWzP4zAueb9zkCqV43cs6IIRZMtTvNj1e4dXrD-OxKDVIk1Z_1b/s1600/1970+-+Miltinho+E+A+Seresta+-+A.JPG" /></a></div>
Oi pessoal! Depois de mais de dois meses de ausência, retomo as postagens no Blog da Música Brasileira, trazendo ao público curiosidades, histórias, grandes sucessos e nomes que marcaram a história de nossa música. E, como primeira postagem deste mês de julho, o blog homenageia o cantor carioca Miltinho, um dos grandes nomes da música brasileira, embora hoje esteja esquecido pelo público e pela mídia em geral. Dono de uma voz belíssima e um talento sem igual, Miltinho iniciou sua carreira ainda na década de 1940, participando de diversos grupos musicais, como Cancioneiros do Luar, Anjos do Inferno, Namorados da Lua e Quatro Ases e Um Curinga. Durante a década de 1950, Miltinho foi <i>crooner</i> da Orquestra Tabajara, de Severino Araújo, e do grupo Milionários do Ritmo, de Djalma Ferreira, até que em 1960, decidiu seguir carreira solo, lançando o disco "Um Novo Astro", pelo selo Sideral, alcançando grande sucesso, especialmente com o lançamento de "Mulher de Trinta", de Luiz Antônio, uma das principais músicas de seu extenso repertório. Ainda neste ano, lançou o disco "O Diploma do Astro", que trazia o sucesso de "Não Emplaca 61", de Ari Monteiro e Monsueto. Em 1961, Miltinho se transfere para a RGE, onde grava no ano seguinte a música "Palhaçada", de Luiz Reis e Haroldo Barbosa, tornando-se outra música marcante em sua carreira. De 1961 a 1965, período em que gravou pela RGE, Miltinho lançou mais de 12 discos (dentre eles, seu primeiro disco gravado ao vivo), e inúmeros sucessos, como "Estou Só", "Canção do Nosso Amor" e "Lembranças", ambas de Benil Santos e Raul Sampaio, "Mulata Assanhada", de Ataulfo Alves, "Zé da Conceição", de João Roberto Kelly, "Poema do Olhar", de Evaldo Gouveia e Jair Amorim, dentre outros. Em 1966, transferiu-se para a Odeon, gravando nos anos seguintes três discos de enorme sucesso com a cantora Elza Soares, da série "Elza, Miltinho & Samba". Durante o período em que esteve na gravadora Odeon, Miltinho lançou o disco "Miltinho e a Seresta", tema da postagem de hoje, onde merecem destaque as músicas "No Rancho Fundo", "Malandrinha" (um dos grandes sucessos de Francisco Alves), "Três Apitos" (um dos grandes sucessos de Aracy de Almeida), "Deusa da Minha Rua" (um dos grandes sucessos de Silvio Caldas), "Foi Ela", "Queixumes", "Arranha-Céu" e "Modinha". Um disco fantástico, que mostra o talento de Miltinho na interpretação de serestas inesquecíveis de nossa música brasileira.<br />
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1 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com/2013/10/no-rancho-fundo-miltinho-1970.html">No Rancho Fundo</a> (Ary Barroso / Lamartine Babo)<br />
2 - Malandrinha (Freire Júnior)<br />
3 - Queixumes (Henrique Brito / Noel Rosa)<br />
4 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2013/10/tres-apitos-miltinho-1970.html">Três Apitos</a> (Noel Rosa)<br />
5 - Deusa da Minha Rua (Jorge Faraj / Newton Mendonça)<br />
6 - Se Tu Soubesses (George Moran / Cristóvão de Alencar)<br />
7 - Última Inspiração (Peterpan)<br />
8 - Foi Ela (Ary Barroso)<br />
9 - Modinha (Sergio Bittencourt)<br />
10 - Arranha-Céu (Silvio Caldas / Orestes Barbosa)<br />
11 - Boneca (Aldo Cabral / Benedito Lacerda)<br />
12 - Quem Há de Dizer (Alcides Gonçalves / Lupicínio Rodrigues)<br />
<br />Blog da Música Brasileirahttp://www.blogger.com/profile/08398402278491733816noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3821678953838556808.post-12570169541009149012013-05-04T14:44:00.002-03:002015-12-27T11:55:39.603-02:001970 - Falou e Disse - Elizeth Cardoso<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaO3OkSYIAOh-CRV8RWGebob33b09Fm5twyMOmXbvFJp2MN9M9ECzzhJ-dzjVN-J97My53XFLTETWhKBu9u0eQDTO-THfw35AM7uvNiUReN3MRc5wmtqv7RzUTkKzlsCX-LTfAf4QEaveM/s1600/1970+-+Falou+E+Disse+-+A.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaO3OkSYIAOh-CRV8RWGebob33b09Fm5twyMOmXbvFJp2MN9M9ECzzhJ-dzjVN-J97My53XFLTETWhKBu9u0eQDTO-THfw35AM7uvNiUReN3MRc5wmtqv7RzUTkKzlsCX-LTfAf4QEaveM/s1600/1970+-+Falou+E+Disse+-+A.jpg" /></a></div>
Oi pessoal! Neste sábado, trago aqui no Blog mais um disco da cantora carioca Elizeth Cardoso. Dona de um talento sem igual, ficou eternizada como a "Divina" intérprete de choros, sambas-canção e bossa nova. Sua carreira teve início ainda na infância, cantando para as crianças da vizinhança os sucessos de Vicente Celestino até que, em 1936, a um convite de Jacob do Bandolim, se apresentou pela primeira vez na Rádio Guanabara, cantando ao lado de cantores consagrados na época, como o próprio Vicente Celestino, Noel Rosa, Marília Batista, Aracy de Almeida, entre outros. Contratada pela rádio uma semana depois de sua primeira apresentação, Elizeth continuou sua carreira cantando em boates nas noites cariocas, chegando a <i>crooner </i>de orquestras no início de da década 1940. Em 1945, Elizeth se mudou para São Paulo para cantar no Salão Verde do Edifício Martinelli e se apresentar na Rádio Cruzeiro do Sul, no programa "Pescando Humoristas". De volta ao Rio de Janeiro em 1948, Elizeth foi contratada pela Rádio Mauá para atuar no programa "Alvorada da Alegria", sendo recontratada em seguida pela Rádio Guanabara. No ano seguinte, por intermédio de Ataulfo Alves, grava seu primeiro disco pela Star, contendo as músicas "Braços Vazios", de Acir Alves e Edgar G. Alves, e "Mensageiro da Saudade", de Ataulfo Alves e José Batista. Seu primeiro sucesso veio em 1950 com "Canção de Amor", de Chocolate e Elano de Paula, no segundo disco da carreira de Elizeth, desta vez gravado pela Todamérica, e que continha também a música "Complexo", de Wilson Batista. Com o sucesso de "Canção de Amor", recebeu o convite para ir para a Rádio Tupi, chegando a se apresentar na recém-criada Tv Tupi em 1951, além de participar do seu primeiro filme, "Coração Materno", dirigido por Gilda Abreu, cantando "Canção de Amor". Durante a primeira metade da década de 1950, continuou a gravar inúmeras músicas e grandes sucessos, lançando em 1955 seu primeiro long-play - "Canções à Meia-Luz" - pela Continental - e, em 1956, participando do filme "Carnaval em Lá Maior", de Adhemar Gonzaga. Nos anos seguintes, lançou os LP's "Fim de Noite" (1956), "Música e Poesia de Fernando Lobo" (1957), "Noturno" (1957), "Naturalmente" (1958) e "Retrato da Noite" (1958), todos pela gravadora Copacabana, a qual acompanharia a cantora por mais de 20 anos de carreira e sucessos. Em 1958, Elizeth grava pelo selo Festa um dos discos mais emblemáticos e antológicos da música brasileira, "Canção do Amor Demais", com músicas de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, transformando-se um dos marcos iniciais do movimento Bossa Nova, que revolucionou a música da época. Nos anos seguintes, gravou os discos "Magnífica" (1959) e "A Meiga Elizeth" (1960), além de gravar para o filme "Orfeu do Carnaval", de Marcel Camus, as músicas "Manhã de Carnaval" e "Samba de Orfeu". Em 1960, estreou na Tv Continental o programa "Nossa Elizeth", ao lado do compositor e violonista Baden Powell e, em 1965, estreou seu programa "Bossaudade", na Tv Record, que esteve no ar durante dois anos. Durante a primeira metade da década de 1960, gravou inúmeros sucessos, registrando-os em discos memoráveis de sua carreira, com destaque para "A Meiga Elizeth Nº 2" (1961), "Elizeth Interpreta Vinicius" (1963) e "Elizeth Sobe O Morro" (1965). Em 1965, defendeu no I Festival de MPB, promovido pela Tv Excelsior, a música "Valsa do Amor Que Não Veam", de Baden Powell e Vinicius de Moraes, obtendo o segundo lugar. Nos anos seguintes, sua carreira se volta aos sambas e aos discos gravados ao vivo, até que em 1970, Elizeth grava mais um disco de estúdio pela Copacabana, "Falou E Disse", tema da postagem de hoje. Embora não apresente nenhum grande sucesso da carreira de Elizeth, este disco traz como destaque as músicas "É de Lei", "Aviso aos Navegantes", "A Flor de Laranjeira", "Foi Um Rio Que Passou Em Minha Vida", "Refém da Solidão", "Carta de Poeta" e "Tudo OK", além de "Corrente de Aço" e "Você Foi Um Atraso Em Meu Caminho". Um disco excelente que, embora não esteja entre os principais e mais conhecidos da carreira da cantora, traz a interpretação marcante da "divina", doze músicas selecionadas de seu extenso repertório de mais de 40 LP's gravados no Brasil. <br />
<br />
1 - É de Lei (Baden Powell / Paulo César Pinheiro)<br />
2 - Corrente de Aço (João Nogueira)<br />
3 - Você Foi Um Atraso Em Meu Caminho (Picolino / Jair Costa)<br />
4 - Lua Aberta (Paulo Frederico / João de Aquino)<br />
5 - Tudo OK (Maurício Tapajós / Hermínio Bello de Carvalho)<br />
6 - Refém da Solidão (Baden Powell / Paulo César Pinheiro)<br />
7 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2013/11/foi-um-rio-que-passou-em-minha-vida.html">Foi Um Rio Que Passou Em Minha Vida</a> (Paulinho da Viola)<br />
8 - Degraus da Vida (Nelson Cavaquinho / César Brasil / Antônio Braga)<br />
9 - <a href="http://letrasdemusicasbrasileiras.blogspot.com.br/2013/11/aviso-aos-navegantes-elizeth-cardoso.html">Aviso aos Navegantes</a> (Baden Powell / Paulo César Pinheiro)<br />
10 - Camisa Branca (Elton Medeiros / Otávio de Moraes)<br />
11 - Carta de Poeta (Baden Powell / Paulo César Pinheiro)<br />
12 - A Flor de Laranjeira (Humberto de Carvalho / Zé Pretinho da Bahia / Bernardino Silva)<br />
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Este disco pode ser buscado em <a href="https://parallelrealitiesstudio.wordpress.com/2012/10/19/elizeth-cardoso-falou-e-disse-1970/" target="_blank">https://parallelrealitiesstudio.wordpress.com/2012/10/19/elizeth-cardoso-falou-e-disse-1970/</a>Blog da Música Brasileirahttp://www.blogger.com/profile/08398402278491733816noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3821678953838556808.post-58753781037903121372013-04-27T11:21:00.000-03:002013-04-28T11:33:16.666-03:001981 - De Baden para Vinicius<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqEe3meb3VuNuibxm8-IS9EFEAIAXu458-1bidPxU5hHoWqiwtqYvKVGn1bvltPU3psVHNQLLTrAin0vdvJ-mxunemLJYIZGLlL2EmrMzV7cAsbeG1WVhKSB3XfrKwjCxttxXvWZ3Oa0gW/s1600/1981+-+De+Baden+Para+Vinicius+-+A.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqEe3meb3VuNuibxm8-IS9EFEAIAXu458-1bidPxU5hHoWqiwtqYvKVGn1bvltPU3psVHNQLLTrAin0vdvJ-mxunemLJYIZGLlL2EmrMzV7cAsbeG1WVhKSB3XfrKwjCxttxXvWZ3Oa0gW/s1600/1981+-+De+Baden+Para+Vinicius+-+A.jpg" /></a></div>
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Oi pessoal! Neste sábado, posto aqui no Blog mais um disco do famoso "Badeco", um dos maiores violonistas e compositores brasileiros de todos os tempos. De fama internacional e detentor de grande prestígio na música brasileira, Baden Powell começou a tocar violão ainda aos sete anos de idade, até que aos 15 anos (com autorização do Juizado de Menores) começou a tocar profissionalmente em boates nas noites cariocas. Aos 18 anos, integrou o trio do pianista Ed Lincoln, tocando jazz na boate Plaza, em Copacabana. Um ano mais tarde, já no ano de 1956, compôs seu primeiro grande sucesso, "Samba Triste", em parceria com o compositor Billy Blanco, sendo que a canção só seria gravada três anos depois, pelo cantor Lúcio Alves. Em 1959, Baden grava seu primeiro disco - "Apresentando Baden Powell e seu Violão" - pela Philips, conhecendo nesta época o também compositor Vinicius de Moraes, com quem estabeleceria uma amizade de longos anos, da qual lhes rendeu inúmeros sucessos. No ano seguinte, foi convidado para trabalhar no arranjo do disco "Jóia Moderna", que estava sendo gravado por Alaíde Costa pela RCA Victor, onde a composição "Samba de Nós Dois" (em parceria com Billy Blanco) foi incluída entre as 12 faixas do disco. Em 1961, Baden Powell lançou o seu segundo long-play pela Philips, "Um Violão Na Madrugada", e, no ano seguinte, compôs com o poetinha Vinicius inúmeras canções, dentre as quais se destacam "Samba Em Prelúdio" e "Deixa". Durante a década de 1960, participou dos grandes festivais de música, conquistando o 2º lugar no I Festival de Música Popular Brasileira, promovido pela Excelsior em 1965, com a música "A Valsa do Amor Que Não Vem" (em parceria com Vinicius), interpretada por Elizeth Cardoso, além de um 4º lugar no II Festival de MPB, promovido pela Tv Record no ano seguinte, com "Cidade Vazia" (em parceria com Lula Freire), no qual revelou ao público Milton Nascimento, e um 1º lugar na I Bienal do Samba, também promovida pela Tv Record em 1968, com a música "Lapinha" (em parceria com Paulo César Pinheiro), defendida por Elis Regina. Durante as décadas de 1960 e 1970, Baden excursionou pelo mundo, internacionalizando sua carreira e levando ao mundo o melhor que a música brasileira podia oferecer através de suas canções e seu violão. No início da década 1980, com a morte do grande poetinha Vinicius de Moraes, Baden grava em sua homenagem um disco pela WEA internacional (nesta época vivia na Alemanha) em homenagem ao grande amigo, sendo este disco o tema da postagem de hoje. Lançado no início de 1981, o disco (gravado ao vivo) traz grandes sucessos da dupla Baden & Vinicius, como "Deixa", "Formosa", "Samba Em Prelúdio", "Apêlo" e "Tempo Feliz", além de "Feitinha Pro Poeta" (esta de Baden em parceria com Lula Freire), todas na voz do próprio Baden (embora a arte de cantar não seja o seu ponto forte), e a versão instrumental da antológica "Se Todos Fossem Iguais A Você", tocada ao estilo próprio do violonista. Um disco interessante, histórico, que guarda esta homenagem póstuma ao poetinha, trazendo na rara interpretação vocal do amigo e parceiro Baden Powell as músicas que a dupla consagrou em nossa história musical brasileira.</div>
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1 - Velho Amigo (Baden Powell / Vinicius de Moraes) / Bom Dia, Amigo (Baden Powell / Vinicius de Moraes) / Samba Em Prelúdio (Baden Powell / Vinicius de Moraes)</div>
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2 - Feitinha Pro Poeta (Baden Powell / Lula Freire)</div>
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3 - Se Todos Fossem Iguais A Você (Tom Jobim / Vinicius de Moraes)</div>
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4 - Tempo Feliz (Baden Powell / Vinicius de Moraes)</div>
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5 - O Poeta e a Lua (Vinicius de Moraes) / Serenata do Adeus (Vinicius de Moraes)</div>
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6 - Apêlo (Baden Powell / Vinicius de Moraes)</div>
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7 - Além do Amor (Baden Powell / Vinicius de Moraes) / Deixa (Baden Powell / Vinicius de Moraes)</div>
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8 - Formosa (Baden Powell / Vinicius de Moraes)</div>
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9 - Samba da Bênção (Baden Powell / Vinicius de Moraes)</div>
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Blog da Música Brasileirahttp://www.blogger.com/profile/08398402278491733816noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3821678953838556808.post-9360354890942616652013-04-18T21:31:00.001-03:002013-04-18T21:31:58.104-03:001971 - Um Violão em Primeiro Plano - Rosinha de Valença<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmEwPrpMnBKQJAZtDFkTrXqj-IliKnDimdOzHGcHnVO6qKg3fmYNkhwHWs6JrJXXShGf0CYoXcnVQm12O3rklw04LLuL_sktLqlntoAtdRtA89AcF1G0vMDCrcAQci0miVaAuTd-HCV6O3/s1600/1971+-+Um+Viol%C3%A3o+Em+Primeiro+Plano.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmEwPrpMnBKQJAZtDFkTrXqj-IliKnDimdOzHGcHnVO6qKg3fmYNkhwHWs6JrJXXShGf0CYoXcnVQm12O3rklw04LLuL_sktLqlntoAtdRtA89AcF1G0vMDCrcAQci0miVaAuTd-HCV6O3/s1600/1971+-+Um+Viol%C3%A3o+Em+Primeiro+Plano.JPG" /></a></div>
Oi pessoal! Nesta quinta-feira, trago aqui no Blog uma artista ainda inédita por aqui. Embora hoje em dia não seja lembrada pela maioria do público, Rosinha de Valença (Maria Rosa Canelas) foi uma grande compositora, violonista e arranjadora brasileira, que se tornou referência no gênero à sua época. Sua carreira teve início em 1963, quando se mudou para o Rio de Janeiro e conheceu o escritor Sérgio Porto, o qual apresentou à recém-chegada à cidade maravilhosa o compositor e violonista Baden Powell, além do compositor e produtor Aloysio de Oliveira, sendo este último o responsável pela gravação do primeiro disco da carreira de Rosinha de Valença, pela Elenco, ainda no mesmo ano. Desde esta época, Sérgio Porto já definia a compositora como a "instrumentista que tocava por uma cidade inteira", ou seja, pela cidade natal da artista, Valença, no estado do Rio de Janeiro. Ainda nesta época, Rosinha de Valença se apresentou em uma temporada na boate carioca Bottle's, no badalado Beco das Garrafas, além de trabalhar nas noites cariocas ao lado de artistas como Eliana Pittman, Nara Leão, Quarteto em Cy, entre outros. Em 1965, foi convidada a participar do programa comandado por Elis Regina e Jair Rodrigues, "O Fino da Bossa", no Teatro Paramount, em São Paulo, onde se apresentou ao lado de Baden Powell num encontro histórico, tocando juntos a música "Tristeza Em Mim" (Baden Powell), a qual foi gravada ao vivo e lançada em disco quase 30 anos depois no disco "No Fino da Bossa - Vol. 2". Ainda neste ano, Rosinha de Valença viajou para os Estados Unidos com Jorge Ben, Wanda Sá e o Sérgio Mendes Trio, composto pelo próprio Sérgio Mendes, Tião Neto e Chico Batera. O grupo se apresentou em inúmeros shows pelo país, chegando a gravar dois discos (mas sem a presença de Jorge Ben) e ser considerada como uma das maiores violonistas da época. No final deste ano de 1965, após o sucesso alcançado nos Estados Unidos, Canadá e México, a instrumentista excursionou por 24 países europeus e pelo Japão, recebendo uma bolsa da embaixada francesa para estudos no país. Em 1967, acompanhou a cantora Maria Bethânia no show "Comigo Me Desavim", considerado um dos melhores shows do ano. No ano seguinte, Rosinha de Valença viaja para mais algumas turnês internacionais, passando por países como Portugal, Israel, Suíça, Itália, Rússia e alguns países africanos, trabalhando com nomes internacionais da música como Stan Getz, Sarah Vaughan e Henry Mancini. Voltou para o Brasil em 1971, onde gravou o disco tema da postagem de hoje,"Um Violão em Primeiro Plano", lançado pela RCA Victor. Neste trabalho, merecem destaque as músicas "London, London", "Zanzibar", "Asa Branca", "Concierto de Aranjuez", "Tema Espanhol" e "Summertime", todas essencialmente instrumentais, mostrando o talento de Rosinha ao violão, além de "Mudei de Idéia", "Boi Ta-Tá", "De Conversa Em Conversa" (um dos maiores sucessos da carreira de Isaurinha Garcia), "O Samba da Minha Terra" e "Marinheiro". Um disco excelente, de música brasileira de alta qualidade, contagiante, que traz o melhor de Rosinha de Valença, que com seu violão nos brinda com mais esta preciosidade, pura e essencialmente brasileira. <br />
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1 - Asa Branca (Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira)<br />
2 - London, London (Caetano Veloso)<br />
3 - Mudei de Idéia (Antonio Carlos / Jocafi)<br />
4 - Zanzibar (Edu Lobo)<br />
5 - Boi Ta-Tá (Messias dos Santos / Eugênio Malta)<br />
6 - Marinheiro (Caetano Veloso)<br />
7 - Summertime (Heyward / George Gershwin)<br />
8 - De Conversa Em Conversa (Lúcio Alves / Haroldo Barbosa)<br />
9 - One O'Clock Last Morning, 20th April 1970 (Gilberto Gil)<br />
10 - O Samba da Minha Terra (Dorival Caymmi)<br />
11 - Concierto de Aranjuez (Joaquim Rodrigo Vidre)<br />
12 - Tema Espanhol (Rosinha de Valença)<br />
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