Oi pessoal! Nesta segunda-feira, quente e ensolarada de
outubro, trago aqui no Blog mais um disco "quente" de nossa música popular brasileira. E, além de Chico Buarque representar toda uma geração de artistas que cantavam em nome de um ideal, em nome da liberdade, Chico também nos lembra a época tão saudosa e lembrada dos grandes festivais de
MPB da década de 1960. E, num desses festivais, Chico pela primeira vez se tornou conhecido do público e da crítica, com seu jeito tímido, acanhado, com seu violão à tira-colo, a cantora
Nara Leão a seu lado e uma
platéia cantando, ovacionando, vibrando com os versos de "A Banda", vencedora deste festival (II Festival de
MPB, promovido pela
Tv Record, em 1966), ao lado da também vencedora "Disparada", com a interpretação
inesquecível de
Jair Rodrigues. Neste mesmo ano, o até então compositor lança seu primeiro disco, com composições próprias, novas, que se tornaram grandes sucessos de sua canção. Como um dos maiores vencedores de festivais, Chico ainda se classificaria em 3º lugar no III Festival de Música Popular Brasileira, promovido pela
Tv Record, em 1967, ao lado do grupo
MPB-4 ao defender a música "Roda Viva", num dos festivais mais disputados e importantes da história da música brasileira. Neste mesmo ano, "Carolina", de sua autoria receberia também o
prêmio de 3º lugar no II Festival
Internacional da Canção, promovido pela
Tv Globo, na interpretação de
Cynara e
Cybele. No ano seguinte, mais vitórias e conquistas. No IV Festival de
MPB da
Tv Record, Chico alcança o 1º lugar pelo júri popular do festival com a música "
Benvinda" e na I Bienal do Samba, também organizado pela
Tv Record, alcançou o 2º lugar com a música "Bom Tempo", perdendo apenas para "
Lapinha", defendida por
Elis Regina numa interpretação antológica. Bons tempos. Tempos em que a música brasileira era o tema de conversas, tinham um porquê, cantavam um Brasil que há muito deixamos pra trás em nossas memórias. Contudo, Chico Buarque não parou por aí. Sua música se atualizou, se aperfeiçoou, mas nunca deixou de lado sua marca registrada em termos de belíssimas letras, músicas que em sua essência transmitem o que temos de melhor em termos de música brasileira, em cada período de sua carreira. E com este disco, tema da postagem de hoje, não é diferente. Neste disco, lançado originalmente em 1974, Chico nos traz alguns grandes sucessos, como "Sinal Fechado", ganhadora do V Festival de MPB, de 1969, com o próprio compositor, Paulinho Viola e que dá nome ao disco, "Você Não Sabe Amar" e "Lígia", de Chico e Tom Jobim, regravada diversas vezes por muitos outros cantores. Além destas duas, destacam-se as músicas "Festa Imodesta", "O Filho Que Eu Quero Ter", de Toquinho e Vinicius, "Cuidado Com a Outra", "Copo Vazio", "Lágrima", "Sem Compromisso", "Filosofia" e "Acorda Amor". Um disco maravilhoso, um dos melhores da discografia de Chico Buarque. Como diz a música "Festa Imodesta", faço destas as minhas palavras: (...) Viva àquele que se presta a esta ocupação, salve o compositor popular!
1 - Festa Imodesta
2 - Copo Vazio
3 - Filosofia
4 - O Filho Que Eu Quero Ter
5 - Cuidado Com a Outra
6 - Lágrima
7 - Acorda Amor
8 - Lígia
9 - Sem Compromisso
10 - Você Não Sabe Amar
11 - Me Deixe Mudo
12 - Sinal Fechado
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