Oi pessoal! Neste domingo chuvoso e melancólico, presto uma singela homenagem a um dos maiores e eternos humoristas brasileiros, falecido na última terça-feira, 11 de outubro: José Vasconcellos. Um dos pioneiros no gênero humorístico da televisão, Vasconcellos iniciou sua carreira ao imitar grandes nomes de artistas e radialistas, nacionais e internacionais, no programa "Papel Carbono", apresentado por Renato Murce, em 1941. Seis anos depois, estreou no cinema com o filme "Este Mundo É Um Pandeiro", ao lado de grandes nomes do cinema da época, como Oscarito e Grande Otelo, e cantores consagrados, como Emilinha Borba, Joel & Gaúcho, Nelson Gonçalves, Lúcio Alves, Luiz Gonzaga, Cyro Monteiro, dentre outros. Em 1952, Vasconcellos participou do primeiro programa humorístico da televisão brasileira, apresentado na Tv Tupi de São Paulo, com o nome de "A Toca do Zé". Tornou-se célebre pelas suas imitações de radialistas e papéis de gago, além de ser o pioneiro no mundo no gênero "stand-up comedy", que nada mais é do que apresentar um show sozinho no palco, contando piadas e divertindo o público com "tiradas" engraças e ironias, indiretas cômicas. Em 1960, José Vasconcellos lançou pela Odeon o disco tema da postagem de hoje, "Eu Sou o Espetáculo", baseado no show de mesmo nome que apresentou por muitos e muitos anos em teatros por todo o Brasil. E esse disco, um dos mais bem sucedidos da história dos discos de humor, abriu caminho para que outras gravadoras começassem a investir nesse novo gênero. Neste disco, com duração de 55 minutos, um dos mais longos da história fonográfica brasileira, José Vasconcellos conta suas piadas, seus "causos", de forma interativa, alegre, extrovertida e, é claro, com muito bom humor. E, aqui, fica a homenagem do Blog a um rio-branquense que teve uma importância fundamental na história brasileira, com seu humor, suas participações memoráveis em programas como "Escolinha do Professor Raimundo", com a personagem do gago Rui Barbosa Sa-Silva, levando a todos pelo país a graça de um humor simples, ingênuo, mas carregado de muito profissionalismo e talento. Uma perda inestimável para história do humor mundial.
01 - 1ª Parte
02 - 2ª Parte / Aquarela do Brasil
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