Oi pessoal! Neste domingo, posto aqui no Blog mais um disco da baiana da Santo Amaro da Purificação, Maria Bethânia. Dona de um talento sem igual, uma voz marcante e interpretações que se tornaram marcas da música brasileira, Maria Bethânia surgiu no cenário musical em 1963, atuando na peça "Boca de Ouro", de autoria de Nelson Rodrigues e músicas do irmão, Caetano Veloso. Conheceu nesta época em Salvador nomes como Tom Zé, Gal Costa e Gilberto Gil, com quem se apresentou nas comemorações da Inauguração do Teatro Vila Velha no ano seguinte, nos shows "Nós, Por Exemplo" e "Nova Bossa Velha, Velha Bossa Nova". Ainda em 1964, apresentou seu primeiro show solo, "Mora Na Filosofia", onde conheceu Nara Leão que a convidou, no ano seguinte, para substituí-la na peça "Opinião", encenada no teatro Opinião, no Rio, com direção musical de Danilo Caymmi e direção geral de Augusto Boal. Dividindo o palco com Zé Ketti e João do Vale, Maria Bethânia alcançou o primeiro grande sucesso na interpretação marcante, profunda, linda, de "Carcará", alcançando reconhecimento nacional. Seu primeiro disco, gravado ainda em 1965, foi um compacto com as músicas "Carcará" e "É de Manhã", seguido pelo lançamento de dois compactos duplos, sendo um deles em homenagem a Noel Rosa ("Maria Bethânia Canta Noel Rosa"), e seu primeiro LP, "Maria Bethânia". No ano seguinte, assinou um contrato de seis meses com a Tv Record, dividindo nesse mesmo ano o palco do Teatro Opinião com Vinicius de Moraes e Gilberto Gil, no espetáculo "Pois É", com roteiro de Capinam, Torquato Neto e Caetano Veloso. No I Festival Internacional da Canção, realizado pela Tv Globo em 1966, Maria Bethânia defendeu a canção de Gilberto Gil e Caetano Veloso, "Beira-Mar", não se classificando entre as finalistas. Nos anos que se seguiram, Maria Bethânia se apresentou em diversos shows, lançando alguns discos de grande destaque, como os LP's "Edu & Bethânia" (1967), "Maria Bethânia" e "Maria Bethânia ao Vivo" (1968), "En La Fusa", gravado ao vivo ao lado de Toquinho e Vinicius na Boate La Fusa, Argentina, "A Tua Presença" e "Rosa dos Ventos" (1971). Em 1972, participou do filme "Quando o Carnaval Chegar", ao lado de Chico Buarque e Nara Leão, continuando durante os anos seguintes a realizar shows e gravar discos históricos, como "Chico Buarque e Maria Bethânia" (1975), "Doces Bárbaros", ao vivo, e "Pássaro Proibido" (1976), até chegar no disco tema da postagem de hoje, "Álibi", de 1978. Pra mim, um dos melhores discos de estúdio de Maria Bethânia, com verdadeiras obras-primas de sua interpretação, como "Álibi", de Djavan, "Ronda", de Paulo Vanzolini, "Negue", de Enzo de Almeida Passos e Adelino Moreira, sucesso de Nelson Gonçalves, e "Diamante Verdadeiro", de Caetano Veloso, além de "O Meu Amor", com a participação de Alcione, "Sonho Meu", com Gal Costa, e a interpretação incrível e emocionada de "Cálice", de Chico Buarque. O primeiro disco da carreira da cantora a alcançar 1 milhão de cópias vendidas, mostrando a importância e o reconhecimento do trabalho pelo público, num disco que mostra o talento de Maria Bethânia em sua jóia "Álibi".
1 - Diamante Verdadeiro
2 - Álibi
3 - O Meu Amor - com Alcione
4 - A Voz de Uma Pessoa Vitoriosa
6 - Explode Coração
7 - Negue
8 - Sonho Meu - com Gal Costa
9 - De Todas as Meneiras
10 - Cálice
11 - Interior
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