domingo, 31 de julho de 2011

1958 - Ritmo Fascinante - Leny Eversong


Oi pessoal! Neste domingo, posto aqui no Blog mais um disco de uma cantora ainda inédita por aqui. Dona de uma voz forte, característica marcante de sua carreira, Leny Eversong se tornou muito conhecida nacional e internacionalmente ao cantar músicas em francês e inglês com perfeição e maestria. Especialista em foxes estrangeiros (músicas ligadas ao jazz norte-americano, muito popular nas décadas de 1930 e 1940), Leny não conseguiu alcançar uma grande popularidade no Brasil, alcançando porém enorme prestígio internacional. Embora não soubesse falar fluentemente o idioma inglês, Leny cantava com uma perfeição ímpar, apenas de ouvido. Quanto a este disco, "Ritmo Fascinante" realmente descreve de maneira abreviada o que senti ao ouvir essa preciosidade, com músicas maravilhosas como "Fascination", "No Sé", "It´s Not For Me To Say" e "Because Of You" entre as estrangeiras e, entre as brasileiras, temos "Franqueza", "Por Causa de Você", de Dolores Duran e Tom Jobim, "Meu Protesto", "Pensando Em Ti", gravada por Wilson Simonal 11 anos depois, e a curiosa "Cabecinha No Ombro", muito conhecida atualmente entre os cantores sertanejos. Um disco antológico, demais, que mostra as diferentes facetas de uma cantora que deveria ser lembrada não só por nós, brasileiros, como também por todos os que apreciam a boa música americana desta época, num estilo "jazzístico" característico da voz emocionante de Leny Eversong.

1 - Fascination
2 - Por Causa de Você
3 - It´s Not For Me To Say
4 - Franqueza
5 - No Sé
6 - Pode Ficar
7 - Fascination
8 - Jangada
9 - Cabecinha No Ombro
10 - Pensando Em Ti
11 - Pode Ser
12 - Meu Protesto
13 - Because of You

sábado, 30 de julho de 2011

1988 - O Grande Encontro de Maria Creuza, Toquinho e Vinicius

Oi pessoal! Neste sabadão, trago aqui no Blog uma coletânea lançada em 1988 com clássicos da parceria de Toquinho e Vinicius com a cantora Maria Creuza, com participações de Marília Medalha e Monsueto. Pra mim, uma das melhores coletâneas da parceira do poeta e o violão, que durou pouco mais de dez anos e gerou diversos long-plays e músicas que não serão esquecidas tão cedo por aqueles que gostam e admiram a boa música brasileira. Maria Creuza, por sua vez, é uma cantora baiana que obteve algum destaque, em meados da década de 1960, ao participar de alguns festivais de música que agitaram o Brasil no período. Em 1970, Maria Creuza foi convidada por Vinicius a excursionar pelo Uruguai e pela Argentina, onde gravou um disco antológico ao lado do poetinha e de Toquinho, marcando definitivamente sua carreira e sua história na música popular brasileira. Neste disco, que sela o encontro destas três personalidades de nossa música, destaque para as músicas "Testamento", "Samba em Prelúdio", "Para Viver Um Grande Amor", "Regra Três", "Que Maravilha", "Tarde Em Itapoã", "Na Tonga da Mironga do Kabuletê", "Você Abusou" e "No Colo da Serra". Um disco que sela a parceria de Vinicius com a voz inebriante de Maria Creuza, numa coletânea que nem parece coletânea. Parece uma verdadeira obra-prima.

1 - Tarde em Itapoã - com Marília Medalha
2 - Eu Sei Que Vou Te Amar
3 - Maria Vai Com as Outras
5 - Para Viver Um Grande Amor
6 - Minha Namorada
7 - Testamento
8 - Morena Flor
9 - Regra Três
10 - A Tonga da Mironga do Kabuletê - com Monsueto
13 - Você Abusou

quinta-feira, 28 de julho de 2011

1966 - Eternamente Samba - Ataulfo Alves

Oi pessoal! Nesta quinta-feira, trago aqui no Blog um disco de primeira, do sambista e compositor carioca, nascido em Minas, Ataulfo Alves. Consagrado compositor de sambas e músicas inesquecíveis de nossa música brasileira, como "Ai, Que Saudades da Amélia", "Atire a Primeira Pedra" (ambas em parceria com Mário Lago), "Mulata Assanhada" e "O Bonde de São Januário", iniciou sua carreira de sucesso na música com a canção "Tempo Perdido", gravado por Carmen Miranda em 1933. Neste disco, lançado originalmente em 1966, temos as participações especiais de Ataulfo Alves Jr., filho caçula do compositor, na música "Lenço Branco / Destino da Madeira" e a de Carmen Costa, cantora e compositora brasileira, na música "Pot-Pourri - Polêmica". Além destas duas, merecem destaque as músicas "Laranja Madura", "Vassalo do Samba", "Madame Fulano de Tal", "Gente Bem" e "Favela". Um disco que mostra ao público as canções de Ataulfo Alves, na visão do próprio compositor, em sambas antológicos.

1- Pot-Pourri - Polêmica / Pois É / A Morena Sou Eu / Sai do Meu Caminho / Conte o Caso Direito / Duro Com Duro / O Vento Que Venta Lá / Na Ginga do Samba - com Carmen Costa
2 - Vassalo do Samba
3 - Gente Bem
4 - Quantos Projetos
5 - Laranja Madura
6 - Madame Fulano de Tal
7 - Lenço Branco / Destino da Madeira - com Ataulfo Alves Jr.
8 - Caco Velho
9 - Favela

quarta-feira, 27 de julho de 2011

1960 - A Bonequinha Que Canta - Celly Campello

Oi pessoal! Nesta quarta-feira, posto aqui no Blog mais um disco de Celly Campello. Dona de uma voz meiga mas com estilo próprio, Celly Campello foi uma das precursoras do Rock no Brasil, sendo considerada a "Rainha do Rock Brasileiro". Iniciou sua carreira aos quinze anos de idade, cantando em programas de Rádio até que em 1958, aos 16 anos, grava seu primeiro disco na capital paulista. Em 1959, Celly lança a versão brasileira de "Stupid Cupid" - "Estúpido Cupido" no programa do velho guerreiro, tornando-se um dos maiores sucessos do ano e o primeiro de sua carreira. Neste mesmo ano, participou do filme de Mazzaropi, Jeca Tatu. Três anos mais tarde, em 1962, Celly encerraria sua carreira após seu casamento, deixando a apresentação do programa Jovem Guarda, do qual seria a apresentadora, para a cantora Wanderléa, a qual conseguiu representar a cantora à altura. Em 1976, a Rede Globo lança a novela "Estúpido Cupido", que trouxe de volta à mente do público aquela simpática cantora do "Oh cupido, vê se me deixa em paz (...)", a qual, numa tentativa de retomar a carreira, lança um compacto duplo com os maiores sucessos da carreira, "Anos 60" (já postado aqui anteriormente). Neste disco, lançado originalmente em 1960, Celly nos traz um dos maiores sucessos de sua carreira, "Broto Legal", além das não menos importantes "Broto Já Sabe Esquecer", "Só Para Elisa", "Minha Jóia", "Unchained Melody", "Mal-Me-Quer", "Jingle Bell Rock" e "Eternamente". Um disco que mesmo não sendo o de maior sucesso da carreira de Celly traz algumas músicas muito legais, que perfazem um repertório bem ao estilo da bonequinha que canta, da nossa eterna Celly Campello.

1- Mal-Me-Quer
2 - Eternamente
3 - Minha Jóia
5 - Broto Já Sabe Esquecer
6 - Esta Noite
7 - O Meu Amor Vai Passar
8 - Sempre
9 - Só Para Elisa
10 - Eu, Você e o Luar
11 - Unchained Melody
12 - Jingle Bell Rock

domingo, 24 de julho de 2011

1960 - 78 RPM - Lealdade - Ninguém É de Ninguém - Cauby Peixoto

Oi pessoal! Neste domingo, posto aqui no Blog uma raridade da música de Cauby Peixoto. Lançado pela RCA Victor em 1960, este velho 78 RPM traz duas grandes canções da extensa lista de sucessos de Cauby, com "Lealdade" (Santos Silva / Cauby Peixoto) no lado A e "Ninguém É de Ninguém" (Umberto Silva / Daltor Gomes / Luis Mergulhão) no lado B. Embora seja um disco concentrado em apenas duas músicas, este velho bolachão nos traz estas duas músicas que considero duas obras-primas da música de Cauby, duas interpretações que devem ser lembradas e guardadas para a posteridade. Um raro disco que merecia ter um destaque especial não só na discografia de Cauby, mas também na própria história de nossa música brasileira.

1 - Lealdade

sábado, 23 de julho de 2011

1973 - Paulo Sérgio - Volume 7

Oi pessoal! Neste sábado, posto aqui no Blog um disco de um cantor ainda inédito por aqui. Um dos cantores e compositores que mais venderam discos, mesmo em sua curta carreira de pouco mais de 12 anos (devido à sua morte repentina e prematura), Paulo Sérgio se destacou no estilo romântico, com músicas que têm uma certa identificação com o estilo de Roberto Carlos. Tanto que em 1968, quando do lançamento do primeiro disco do cantor (Paulo Sérgio - Volume 1), a comparação da voz dos dois capixabas foi inevitável, sendo acusado por imitar o rei em seu estilo e timbre vocal. Neste mesmo ano, Roberto Carlos lança seu disco "O Inimitável", coroando a comparação e a polêmica surgida. A carreira de Paulo Sérgio foi marcada por inúmeros sucessos, uma senhora vendagem de discos e grande popularidade. Este disco, lançado em 1973, traz um Paulo Sérgio mais maduro em sua carreira, suas composições e canções, considerado um dos melhores de sua carreira. Contempla sucessos que se tornaram marcas registradas de sua voz e interpretação, como "Índia" e "Rosana", além de "A Fera de Olhos Mansos", "Aquele Tempo Bom", "Máquinas Humanas", "Nem Mesmo Cristo", "Mesmo Que Seja o Último Adeus", "Falta Alguém em Nossa Vida" e "O Retratinho". Destaque especial para "C'è Sempre Una Speranza (Ainda Resta Uma Esperança)", música muito bonita, cantada em italiano, um dos pontos altos deste disco. Enfim, este é um disco muito importante para a carreira de Paulo Sérgio e para a música brasileira. Um disco, um artista que vale a pena conhecer, não só pelas suas composições, mas por suas interpretações inesquecíveis de grandes sucessos da música brasileira.

1 - Nem Mesmo Cristo
2 - Fala Alguém Em Nossa Vida
3 - A Fera de Olhos Mansos
4 - Aquele Tempo Bom
5 - Mesmo Que Seja o Último Adeus
6 - Índia
7 - Máquinas Humanas
8 - O Retratinho
9 - De Coração a Coração
10 - Rosana
11 - Lágrimas Rolaram
12 - C'è Sempre Una Speranza (Ainda Resta Uma Esperança)

quinta-feira, 21 de julho de 2011

1969 - Casaco Marrom - Guttemberg Guarabyra

Oi pessoal! Nesta quinta-feira, posto o primeiro disco do primeiro ano do Blog. E, não poderia deixar de postar um disco de um cantor ainda inédito por aqui. Trago hoje o talento, a música e o trabalho de Guttemberg Guarabyra. Compositor e cantor baiano, Guarabyra se mudou para o Rio de Janeiro em 1966 e, 1 ano mais tarde, participou do II Festival Internacional da Canção, promovido pela Tv Globo com a música "Margarida", alcançando o 1º lugar fase nacional do festival. Com suas músicas leves, calmas, muito bonitas e com um ritmo contagiante, Guarabyra se destacou na música num estilo parecido ao de Taiguara, também cantor surgido em meados de 1960 nos festivais de música da época. Este disco, embora pela capa possa não parecer, é um disco fantástico, com um repertório sensacional, com músicas interessantes, músicas que consagraram Guarabyra como um dos maiores e melhores compositores do período. Merecem destaque as canções "O Bloco da Vida", "Pronto Pra Consumo", "Radinho de Pilha", "Certas Coisas", "O Olhar Deserto", "Casaco Marrom", "É Preciso Amar Muito Mais" e "Casa Antiga". Um disco muito interessante, muito importante para a música brasileira por mostrar o talento de Guarabyra a todos aqueles que gostam de música brasileira de qualidade, música de primeira qualidade. Sensacional.

1 - Certas Coisas
2 - O Bloco da Vida
3 - É Preciso Amar Muito Mais
4 - Pronto Pra Consumo
5 - O Olhar Deserto
6 - Veleiro do Vento Norte
7 - Radinho de Pilha
8 - Senhora, Senhorinha
9 - O Primeiro Bem
10 - Casa Antiga
11 - Casaco Marrom
12 - Funeral

terça-feira, 19 de julho de 2011

Feliz Aniversário, Blog da Música Brasileira!

Oi pessoal! Nesta terça-feira, 19 de julho de 2011, o Blog da Música Brasileira completa 1 ano de vida! E nesta data especial, quero agradecer a todos que conheceram, prestigiaram, criticaram e me ajudou a fazer do Blog um canal de informações a respeito do que se tem de melhor em nossa música brasileira, respeitando-se os diferentes estilos, preferências e gostos pessoais. Peço aqui a licença para utilizar a capa do disco de Sérgio Ricardo, de 1967 ("A Grande Música de Sérgio Ricardo") somente para a homenagem ao aniversário do Blog. O foco principal deste Blog sempre foi divulgar e trazer ao público (vocês, caros leitores) discos e fatos curiosos de nossa música que fazem parte de nossa história cultural e musical brasileira, que marcaram épocas, gerações, ou influenciaram outros tantos nomes de nossa música brasileira. Sei que o Blog tem tendências a enfatizar nossa MPB. Isto se deve ao autor gostar mais deste estilo musical, mas nada tenho contra outros diferentes estilos musicais que circulam nas veias (ou melhor, nas vozes) das pessoas nos quatro cantos do país, como o rock, o sertanejo, a música clássica, etc. A partir deste primeiro ano de existência, tentarei trazer ao Blog algumas novidades destes diferentes estilos, aumentando a diversidade e a gama de intérpretes, compositores e músicos que fazem da música sua obra, seu trabalho, e proporcionando aos meros ouvintes, momentos inesquecíveis de deleite, alegria e saudade. Enfim, fica aqui registrado meu profundo agradecimento a todos você que fazem deste Blog um reduto de música e cultura brasileiras! Muito obrigado! Espero comemorar esta data por muitas vezes com vocês, trazendo sempre novidades e contando com a opinião e os comentários de vocês! Viva a música brasileira!

domingo, 17 de julho de 2011

1963 - Se Esta Rua Fosse Minha - Carlos Galhardo

Oi pessoal! Neste domingo, posto aqui no Blog mais um disco do eterno e inesquecível Carlos Galhardo. Um dos principais cantores da Era do Rádio, Carlos Galhardo foi o protagonista de inúmeros sucessos da nossa música, ao lado de outros grandes cantores de sua época, como Mário Reis, Francisco Alves, Silvio Caldas, Orlando Silva e Vicente Celestino. Cantor de marchinhas de carnaval, destacou-se com a música "Alá-lá-ô", um dos maiores sucessos de sua carreira, além de clássicos como "Aos Pés da Cruz", "Gira, Gira, Gira", e "Fascinação', transformando esta última numa das mais lindas interpretações desta que, na minha opinião, é uma das músicas mais lindas de nossa música brasileira. Embora seja um dos maiores cantores brasileiros de nossa história, Carlos Galhardo era argentino de nascimento, mas de coração e alma brasileira. Dono de uma das vozes mais marcantes da Era do Rádio, Carlos Galhardo nos traz em "Se Esta Rua Fosse Minha" dez músicas, as quais merecem destaque "Casinha Pequenina", "Acorda, Adalgiza", "Teus Olhos Castanhos", "A Casa Branca da Serra", "À Beira Mar", "Ontem Ao Luar", "Beijo Fatal" e "Luar de Paquetá". Um disco que merece ser resgatado, conhecido, lembrado. Um disco que mostra muito bem o talento, a voz e a música de Carlos Galhardo, em toda sua pujança e beleza.

1 - Ontem Ao Luar
2 - Acorda, Adalgiza
3 - Mimosa
4 - Mucama
5 - Casinha Pequena
6 - A Casa Branca da Serra
7 - Teus Olhos Castanhos
8 - Beijo Fatal
9 - À Beira Mar
10 - Luar de Paquetá

quinta-feira, 14 de julho de 2011

1976 - Zimbo

Oi pessoal! Neste sábado, posto aqui no Blog mais um disco instrumental. Sei que essa semana fiquei um pouco ausente, espero que compreendam. Estou com meu tempo muito restrito nos últimos tempos. Mas o tempo que tenho livre dedico às postagens e novidades que virão futuramente. Voltando à postagem de hoje, trago mais um disco do renomado Zimbo Trio, um dos conjuntos mais talentosos de nossa música brasileira, pelo menos na minha opinião. Formado originalmente por Luiz Chaves (contrabaixo), Amilton Godoy (piano) e Rubinho na bateria em meados da década de 1960, o trio se tornou conhecido do público nacional a partir das constantes apresentações como convidados fixos do programa "O Fino da Bossa", comandado por Elis e Jair na Tv Record, de 1965 e 1967. Da década de 1960 até os dias de hoje o Zimbo Trio permanece na ativa, produzindo grandes marcos da música instrumental brasileira, passando por clássicos e sucessos de nossa música. Este disco, em especial, lançado em 1976, traz um zimbo mais maduro artisticamente, com 7 músicas de puro refino musical, com destaque para "Vai de Aracaju", "Tudo Bem", "Laurecy, Até Já" e a clássica "Fé Cega, Faca Amolada", de Milton Nascimento. Um disco que mostra não só a genialidade deste trio, como também a importância de sua música para a cultura e a música nacional.

1 - Fé Cega, Faca Amolada
2 - Tudo Bem
3 - Brincando
4 - Vai de Aracaju
5 - Viola Violar
6 - Poliedro
7 - Laurecy, Até Já

quarta-feira, 13 de julho de 2011

1955 - Luiz Bonfá

Oi pessoal! Nesta quarta-feira, continuando a série de discos instrumentais, a menos de uma semana do aniversário do Blog, trago um disco raro, uma jóia da música brasileira. Para aqueles que não conhecem o autor deste disco, Luiz Bonfá é um dos maiores violonistas de nossa música, também consagrado como compositor e cantor. Integrante da primeira turma da Bossa Nova, Luiz Bonfá teve suas músicas primeiramente gravadas por Dick Farney em 1953, as quais fizeram sucesso e trouxeram ao jovem compositor, prestígio e reconhecimento. Em 1956, gravou com seu violão o antológico disco da peça "Orfeu da Conceição", de Vinicius de Moraes e, três anos mais tarde, três composições suas fizeram parte do filme "Orfeu do Carnaval", inspirado na peça. Participou ainda do Festival de Bossa Nova do Carnegie Hall, em 1962. Embora este disco, tema da postagem de hoje, seja uma gravação de mais de 50 anos atrás, nos mostra uma música que transcende o limiar do tempo, com os acordes suaves do violão de Luiz Bonfá, com destaque para as músicas "O Barbinha Branca", "Canção de Outono", "Perfídia", "Choro Chorão", "Violão No Samba" e "Minha Saudade". Um trabalho musical maravilhoso, que vale a pena ser resgatado e levado ao conhecimento do público.

1 - Uma Prece
2 - O Barbinha Branca
3 - Canção de Outono
4 - Minha Saudade
5 - Choro Chorão
6 - Perfídia
7 - Dúvida
8 - Violão No Samba

domingo, 10 de julho de 2011

1964 - Bossa Nova York - Sérgio Mendes Trio

Oi pessoal! Neste domingo, ensolarado, típico de inverno (com um friozinho caprichado), inicio a semana de discos instrumentais do Blog. Há muito venho selecionando os melhores discos instrumentais para postá-los aqui em uma semana exclusiva dedicada a eles. E, como faltam apenas 9 dias para o aniversário de 1 ano do Blog, iniciam-se hoje as comemorações desta data tão importante para o Blog da Música Brasileira, que vem desde seu começo resgatar inúmeras preciosidades de nossa música, para não deixá-las cair no esquecimento e mostrar a todos que a música brasileira também é de qualidade, de alto nível musical. Voltando ao disco tema da postagem de hoje, temos um clássico da música brasileira, lançado em 1964, com músicas que se tornaram símbolos do movimento Bossa Nova e outras que, posteriormente, marcariam o início da MPB. Os músicos que tornaram esta obra-prima realidade musical consistem no trio formado pelo músico Sérgio Mendes, um dos músicos brasileiros que mais fazem sucesso no exterior, levando a música essencialmente brasileira, mesclando com ritmos do jazz e do blues em suas interpretações, além de Tião Neto no contrabaixo e Edison Machado na bateria. Este disco é um dos meus preferidos quanto ao repertório, a musicalidade, o talento e a forma como foi pensado. Lançado pela gravadora Elenco, o disco nos traz as clássicas de Tom Jobim "Garota de Ipanema", "O Morro Não Tem Vez" e "Só Danço o Samba", em parceira com o nosso querido "poetinha" Vinicius de Moraes, além de "Só Tinha de Ser Com Você" e "Inútil Paisagem", de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira, e as minhas preferidas: "Maria Moita" e "Primavera", de Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, e "Vivo Sonhando", do próprio Tom. Destaque também para as músicas "Pau Brasil", "Batida Diferente" e "Consolação", de Baden Powell e Vinicius de Moraes. Um disco completo, único, daqueles que vale muito a pena conhecer, ouvir e se identificar.

1 - Maria Moita
2 - Só Tinha de Ser Com Você
3 - Batida Diferente
4 - Só Danço Samba
5 - Pau Brasil
6 - Garota de Ipanema
7 - Inútil Paisagem
8 - Vivo Sonhando
9 - Primavera
10 - Consolação
11 - O Morro Não Tem Vez

sábado, 9 de julho de 2011

1973 - Clara Nunes

Oi pessoal! Neste sábado, feriado ensolarado, trago aqui no Blog mais um disco da cantora Clara Nunes. Dona de uma voz doce e muito afinada, Clara Nunes se destacou como uma das maiores intérpretes de nossa música brasileira, principalmente quanto aos sambas e músicas de referência à religiosidade africana. Este álbum, lançado originalmente em 1973, traz algumas canções que expressam muito bem o talento e a interpretação de Clara para músicas como "Arlequim", "Fala Viola", "Quando Vim de Minas", "Homenagem a Olinda, Recife, e Pai Edu" e "Meu Cariri". Destaque especial para "É Doce Morrer No Mar", clássica do velho Caymmi, "O Mais Que Perfeito", do "poetinha", "Tristeza Pé No Chão" e "Amei Tanto", sendo as duas últimas consideradas as melhores do disco (pelo menos, na minha opinião). Embora seja uma cantora que ainda seja alvo de muitos pré-conceitos sobre seu estilo e a temática de suas canções, Clara Nunes é considerada como uma das maiores cantoras brasileiras não pela beleza musical de sua voz, mas sobretudo por cantar e levar aos quatro cantos a religiosidade africana, também presente no Brasil, enraizada como cultura nacional e os sambas, principalmente os sambas de carnaval da escola do coração de Clara, a Portela. Portanto, em face deste último comentário, temos aqui um dos discos mais interessantes da carreira de Clara, misturando estas duas facetas de sua música, desde a capa até o repertório escolhido, mesclando sambas, velhos clássicos e muito bom gosto e talento.

1 - Tristeza Pé No Chão
2 - Fala Viola
3 - Minha Festa
4 - Umas e Outras
5 - Arlequim de Bronze
6 - O Mais Que Perfeito
7 - Quando Vim de Minas
8 - Meu Cariri
9 - Homenagem a Olinda, Recife e Pai Edu
10 - É Doce Morrer No Mar
11 - Amei Tanto
12 - Valeu Pelo Amor

quinta-feira, 7 de julho de 2011

1970 - Talento E Bossa de Jair Rodrigues

Oi pessoal! Nesta quinta-feira, posto aqui no Blog mais um disco do sambista Jair Rodrigues. Um dos sambistas mais queridos e de maior sucesso do Brasil, Jair Rodrigues se transformou num verdadeiro ícone da nossa música brasileira, autor de sucessos antológicos de nossa música, como a música "Deixa Isso Pra Lá", de Edson Menezes e Alberto Paz, um dos primeiros grandes sucessos de sua carreira e "Disparada", ganhadora do II Festival de Música Popular Brasileira, organizado pela Tv Record, em 1966. Ainda na década de 1960, Jair viveu um dos maiores momentos de sua carreira ao apresentar, ao lado da "pimentinha" Elis Regina o programa "O Fino da Bossa" (1965-1967). Neste disco, lançado em 1970, Jair traz todo o seu talento ao público tão acostumado a ouvir seus sucessos e suas músicas contagiantes, como em "O Garimpeiro", "Leão de Coleira", "Versos pra Tereza", "Mundo Velho", "Pra Lá e Pra Cá / Último Pau de Arara", "O Morro Acordou" e "Perdoe Meu Amor". Destaque também para a música "Irmãos Coragem", trilha sonora da novela homônima da Rede Globo, também de 1970. Enfim, um disco que tem muito a ver com a figura e pessoa de Jair Rodrigues, em sua voz e interpretação única, alegre, divertia. Bem Jair Rodrigues, bem brasileira.

1 - Leão de Coleira
2 - Alô Madrugada
3 - Mundo Velho
4 - O Morro Acordou
5 - Perdoe Meu Amor
6 - O Garimpeiro
7 - Pra Lá e Pra Cá / Último Pau de Arara
8 - Irmãos Coragem
9 - Versos Pra Tereza
10 - Berejetê
11 - Isabel
12 - Tá Chegando Fevereiro
13 - Minha Roupa

domingo, 3 de julho de 2011

1966 - A Mais Bela Voz do Brasil - Agnaldo Rayol

Oi pessoal! Nesta terça-feira, trago aqui no Blog um disco de um cantor ainda inédito por aqui. Dono de uma das vozes mais masculinas mais bonitas do Brasil, Agnaldo Rayol é conhecido pela voz afinadíssima e repertório romântico, destacando-se também em interpretações de canções em italiano. Inspirado em cantores como Vicente Celestino e Francisco Alves, que com suas vozes potentes marcaram a música brasileira das décadas de 1940 e 1950, Agnaldo Rayol tem como principal sucesso a música "Ave Maria", um dos marcos da música brasileira. Durante a década de 1960, chegou a apresentar programas próprios na Tv Record, ao lado do humorista Renato Corte Real, como os programas Corte Rayol Show e Agnaldo Rayol Show. Em 1969, Agnaldo Rayol alcançou o 2º lugar no V Festival de Música Popular Brasileira, organizado pela Tv Record, em 1969, com a música "Clarisse". Também atuou em algumas telenovelas na década de 1960, como em "As Pupilas do Senhor Reitor" (1970). Quanto ao disco tema da postagem de hoje, Agnaldo Rayol nos traz músicas belíssimas, dignas de sua voz e interpretação, com destaque para "Resto de Quem Parte", "Você É Amor", "A Tua Voz", "Devo Esperar", "Eu Chorarei Por Ti", "Poema do Amor Divino" e "Receio". Um belo disco, para aqueles que gostam do estilo e talento de Agnaldo Rayol.

1 - Devo Esperar
2 - Resto de Quem Parte
3 - Eu Chorarei Por Ti
4 - Sem Um Fim
5 - Você É Amor
6 - Poema do Amor Divino
7 - A Tua Voz
8 - Nosso Cantinho do Mundo
9 - O Telefone
10 - Receio
11 - Em Vez de Adeus
12 - Paz do Teu Sorriso


sábado, 2 de julho de 2011

1967 - Compacto - Pequeno Concerto Que Virou Canção - Depois É Só Chorar - Geraldo Vandré

Oi pessoal! Neste sábado, um pouco mais quente que a semana que passou, posto aqui no Blog para encerrar esta semana dedicada a compactos um disco lançado em 1967, pela gravadora Som Maior, com duas músicas do cantor e compositor Geraldo Vandré. Símbolo da juventude e da geração de músicos que marcaram a era dos grandes festivais da década de 1960, Geraldo Vandré é considerado até hoje como um dos maiores (e melhores) compositores brasileiros, autor de músicas que se tornaram inesquecíveis em nossa memória, nossa cultura brasileira, como "Para Não Dizer Que Não Falei das Flores" e "Disparada". Este compacto simples traz duas músicas do LP lançado no ano anterior, "5 Anos de Canção", tendo "Pequeno Concerto Que Virou Canção" no lado A e "Depois do Amor", no lado B. Duas músicas que mesmo não sendo consideradas os maiores sucessos de Vandré, mostram a genialidade deste compositor em canções belíssimas, marcadas pela letra e interpretações carregadas de emoção. Uma preciosidade não só da música de Vandré, como também da nossa própria música brasileira.

1 - Pequeno Concerto Que Virou Canção
2 - Depois É Só Chorar

sexta-feira, 1 de julho de 2011

1964 - Compacto - Esta Noite, Não - Samba Novo - Angela Maria

Oi pessoal! Nesta sexta-feira, 1º de julho, posto aqui no Blog mais um compacto, desta vez da eterna rainha Angela Maria. Lançado pela RCA Victor em 1964, este compacto simples traz duas músicas bem interessantes de Angela, com "Esta Noite, Não" no lado A, de Fanciulli e G. M. Longo, versão de Hélio Justo, com uma temática um pouco mais dramática, mais carregada de emoção, digna da interpretação belíssima de Angela, e "Samba Novo", no lado B, de Durval Ferreira e Newton Chaves.

1- Esta Noite, Não
2 - Samba Novo