sábado, 26 de maio de 2012

1977 - Somos Todos Iguais Nesta Noite - Ivan Lins

Oi pessoal! Neste sábado, de muito sol e céu azul, posto aqui no Blog mais um disco de um dos maiores compositores de nossa música brasileira, Ivan Lins. Carioca, um dos melhores e maiores pianistas brasileiros, iniciou sua carreira em 1968, participando do Festival Universitário da Tv Tupi, com a música, em parceira com Waldemar Correia, "Até O Amanhecer". Em 1970, com o sucesso da música "Madalena", de Ivan Lins e Ronaldo Monteiro de Souza, alcançou um enorme sucesso na interpretação da gaúcha Elis Regina, que transformou "Madalena" num propulsor para a carreira dos compositores. Neste mesmo ano, Ivan Lins classificou "O Amor É O Meu País", também em parceria com Ronaldo Monteiro de Souza, no V Festival Internacional da Canção, promovido pela Tv Globo, gravando em seguida seu primeiro disco "Agora",pelo selo Forma, da Philips. Entre os anos de 1970 e 1971, Ivan Lins apresentou, ao lado de Elis, o programa "Som Livre Exportação", promovido pela Tv Globo, contando com a participação de inúmeros nomes da música brasileira da época, como Maria Bethânia, Caetano Veloso, Toquinho, Vinicius de Moraes, Tim Maia, Gonzaguinha, Os Mutantes, Chico Buarque, Aldir Blanc, César Costa Filho, entre outros. Numa das apresentações, gravada ao vivo do Parque Anhembi, em São Paulo, em março de 1971, um público de mais de 100 mil pessoas compareceu para prestigiar os grandes nomes da música, entre eles Roberto Carlos e Wilson Simonal. Até o lançamento do disco tema do post de hoje, Ivan Lins gravou três discos pela Philips, consolidando nesse meio tempo uma parceria sólida e de grande sucesso com o compositor Vitor Martins, com o qual criou inúmeros sucessos de sua carreira. Em 1977, ao mesmo tempo em que Elis gravava seu LP "Elis", no qual destacava-se o sucesso de "Romaria", além das músicas de Ivan Lins "Qualquer Dia" e "Cartomante", Ivan lançava seu LP "Somos Todos Iguais Nesta Noite", com destaque para as músicas "Somos Todos Iguais Nesta Noite", "Dinorah, Dinorah", "Ituverava", "O Passarinho Cantou / Marinheiro / Meu Amor Não Sabia / Água Rolou Nº 1 / Água Rolou Nº 1", "Qualquer Dia", "Velho Sermão", "Aparecida" e "Um Fado". Um disco fantástico, que mostra a genialidade do compositor, do cantor, do músico Ivan Lins.

1 - O Passarinho Cantou / Marinheiro / Meu Amor Não Sabia / Água Rolou Nº 1 / Água Rolou Nº 1
2 - Um Fado
3 - Dinorah, Dinorah
4 - Aparecida
5 - Velho Sermão
6 - Choro das Águas
8 - Mãos de Afeto
9 - Dona Palmeira
11 - Qualquer Dia

segunda-feira, 21 de maio de 2012

1976 - Alucinação - Belchior

Oi pessoal! Nesta segunda-feira, posto aqui no Blog um disco interessante, muito gostoso de ouvir, além de sua imensa importância, tanto para a carreira de Belchior, ainda não postado por aqui, quanto para a nossa música brasileira. Cearense de nascimento, foi cantador de feira e repentista, sendo influenciado fortemente na infância por Ângela Maria, Nora Ney e Cauby Peixoto. Aos dezesseis anos, mudou-se para Fortaleza, onde estudou Filosofia, Humanidades e Medicina, embora não tenha concluído este último, ligando-se nesta ao "Pessoal do Ceará", novos compositores e músicos que na época procuravam seu espaço na música brasileira, como Fagner, Ednardo, Rodger Rogério, Teti, Cirino, entre outros. De meados dos anos 1960 até o início da década de 1970, Belchior apresentou-se em diversos festivais de música no Nordeste, até que, em 1971, se mudou para o Rio de Janeiro e, no IV Festival Universitário da MPB, ganhou o primeiro lugar com a música "Na Hora do Almoço", defendida por Jorge Melo e Jorge Teles. Neste mesmo ano, gravou seu primeiro disco, um compacto lançado pela gravadora Copacabana, com "Na Hora do Almoço", mudando-se para São Paulo no final de 1971. No ano seguinte, a cantora Elis Regina gravou sua primeira composição de grande sucesso, "Mucuripe", em parceira com Fagner. Dois anos depois, grava pela Chantecler seu primeiro LP "Mote e Glosa", com uma nova versão de "Na Hora do Almoço". Nos anos seguintes, durante a temporada de Elis no show "Falso Brilhante", as músicas "Como Nossos Pais" e "Velha Roupa Colorida", ambas da autoria de Belchior, ganharam destaque e alcançaram grande sucesso e reconhecimento do público, sendo incluídas no LP lançado pela cantora com a trilha do show em 1976. Neste ano, Belchior lança seu segundo disco, desta vez pela Philips / Polygram, contemplando, além destas duas últimas músicas, o sucesso de "Apenas Um Rapaz Latino-Americano", "A Palo Seco", "Alucinação", que dá nome ao disco, "Não Leve Flores" e "Sujeito de Sorte". Um disco antológico, sensacional, que mostra a importância da música de Belchior, repleto de sucessos, de canções inspiradoras: essencialmente, de música brasileira.

1 - Apenas Um Rapaz latino-Americano
2 - Velha Roupa Colorida
3 - Como Nossos Pais
4 - Sujeito de Sorte
5 - Como o Diabo Gosta
6 - Alucinação
7 - Não Leve Flores
9 - Fotografia 3x4
10 - Antes do Fim

segunda-feira, 14 de maio de 2012

1980 - O Samba Continua - Demônios da Garoa

Oi pessoal! Nesta segunda-feira, fria e com a garoa típica de São Paulo, nada melhor que um disco de sambas dos "demônios" que fazem da garoa seu nome registrado. Como registrado na contra-capa do disco, temos uma breve história deste grupo com quase 70 anos de história, inúmeros sucessos e a cara da música paulista, a qual é transcrita abaixo.

" O Conjunto DEMÔNIOS DA GARÔA nasceu no ano de 1943, no velho bairro da Moóca, em São Paulo, e, depois de uma fase de serestas boêmias, se apresentou ao público pela primeira vez num programa de calouros da Rádio Bandeirantes, com o nome de "Grupo do Luar". Vencedores do programa, por sugestão do apresentador Vicente Leporace, mudaram o nome para DEMÔNIOS DA GARÔA, segundo aquele radialista um nome mais de acordo com as tradições e o clima de São Paulo. A partir daí, a história se conta apenas com sucessos. São 37 anos marcados por sambas que são a própria voz do povo. (...) Em suas viagens pelo Brasil, a maior reclamação ouvida pelo grupo é quanto à condição técnica de seus grandes sucessos. Por isso, a CONTINENTAL resolveu atender a esse apelo dos admiradores e principalmente dos radialistas, reavaliando e reapresentando esses sucessos, dentro das mais modernas condições técnicas, sem, porém, tirar-lhes o sabor original. Este disco não se trata de uma remontagem. É uma regravação, que dá, inclusive, aos DEMÔNIOS DA GARÔA a oportunidade de mostrar ao público que o tempo só desatualizou seus sucessos no aspecto técnico, mas não no artístico. Eles continuam tão saborosos e autênticos como sempre, agora acrescidos de dois sambas inéditos, que por certo seguirão a trilha dos anteriores: "Copo D'áuga", de Arnaldo Rosa, e "Vai no Bexiga pra Ver", do excepcional Geraldo Filme".

Bom, como já foi dito no trecho transcrito acima, este disco nos traz as regravações dos maiores sucessos do grupo, como "Trem das Onze", "Saudosa Maloca", "Samba do Arnesto", "As Mariposas", "No Morro da Casa Verde", "Iracema" e "Pogréssio", todas do inesquecível Adoniran Barbosa, além de "Lenço Na Molera", de Elzo Augusto, "Ói Nóis Aqui Tra Veis", de Geraldo Blota e Joseval Peixoto, e a inédita "Vai no Bexiga Pra Ver", de Geraldo Filme e que, como não conhecia, foi uma grata surpresa descobri-la. Um disco animado, completo dos sambas, os quais mostram muito bem a cara da capital paulista, bem ao estilo dos Demônios da Garoa.

1 - Copo D'Áuga
2 - Saudosa Maloca
3 - Samba do Arnesto
4 - Lenço na Molera
5 - Iracema
6 - Pogréssio
7 - Vai no Bexiga Pra Ver
8 - Trem das Onze
9 - As Mariposas
10 - No Morro da Casa Verde
11 - Samba Italiano
12 - Ói Nóis Aqui Tra Veis

segunda-feira, 7 de maio de 2012

1958 - Tonico e Tinoco com Suas Modas Sertanejas

Oi pessoal! Nesta segunda-feira, após a triste notícia do falecimento do cantor e compositor Tinoco na sexta-feira, posto aqui no Blog uma singela homenagem à dupla sertaneja que representa o que há de melhor no estilo, na temática do sertão e da música caipira. Tonico e Tinoco, a "Dupla Coração do Brasil", deixou um imenso vazio e uma dor que jamais será esquecida, principalmente para aqueles que admiram o trabalho que esses dois irmãos, por mais de 50 anos, realizou pelos quatro cantos do país. A dupla, surgida ainda na década de 1940, começou se apresentando em programas de rádio até que, em 1942, foi contratada pela Rádio Tupi por uma soma de 1 conto e duzentos mil-réis por dois anos. Dois anos mais tarde, foram convidados pela gravadora Continental para a gravação de seu primeiro disco, um velho 78 rpm com a música "Invéis de me agradecê", do Capitão Furtado, Jayme Martins e Aimoré. Nos anos seguintes, gravam diversos discos, escreveram peças teatrais e circenses, além de se apresentar frequentemente em circos, teatros e ginásios. Neste meio tempo, renovaram contrato com a gravadora Continental, além terem programas nas Rádios Nacional e Bandeirantes. Em 1950, participaram da inauguração da Tv Tupi, canal 3, cantando o sucesso de "Pé de Ipê". Ainda nos anos 1950, criaram o programa "Beira da Tuia" na Rádio Nacional, até que em 1958, a dupla grava seu primeiro long-play pela Continental (com músicas já consagradas nos velhos 78 rpm já gravados), tema da postagem de hoje do Blog. Deste primeiro disco, destacam-se os sucessos de "Chico Mineiro", de Tonico e Francisco Ribeiro, "Tristeza do Jeca", de Angelino de Oliveira, "Cana Verde", de Tonico e Tinoco, "Rio Grande", de B. Santos, "Aparecida do Norte", de Tonico e Anacleto Rosas Jr., "Saudades de Matão", de Raul Torres e Jorge Gallati, "Pé de Ipê", de Tonico, e "Adeus Morena, Adeus", de Piraci. Um disco maravilhoso, para aqueles que admiram, tanto quanto eu, a obra e a carreira de Tonico e Tinoco, a eterna "Dupla Coração do Brasil".

1 - Cana Verde
2 - Saudades de Matão
3 - Rio Grande
4 - Adeus Morena, Adeus
5 - Princesa
6 - Aparecida do Norte
7 - Chico Mineiro
8 - Saudades de Ouro Preto
9 - Eu e a Lua
10 - Pé de Ipê
11 - Cabocla

terça-feira, 1 de maio de 2012

1960 - Morgana

Oi pessoal! Neste feriado de primeiro de maio, trago aqui no Blog mais uma novidade, um disco incrível de uma cantora que, infelizmente, não é muito conhecida nos dias de hoje. Trata-se de Morgana, pseudônimo de Isolda Correa Dias, cantora que fez grande sucesso do final da década de 1950 até meados da década de 1960, gravando ao longo de sua curta carreira mais de 20 discos e inúmeros sucessos. Iniciou sua carreira no início dos anos 50 como cantora lírica até que, em 1958, adotou o nome artístico de Morgana Cintra e passou a dedicar-se à música popular brasileira. Ainda no mesmo ano, contratada pela gravadora Copacabana, gravou seu primeiro disco, com seu primeiro sucesso "Serenata do Adeus", de Vinicius de Moraes, com acompanhamento da orquestra de Severino Filho. Ganhou ainda em 1958 o Troféu Imprensa de melhor cantora do ano, gravando o LP "Esta É Morgana", o primeiro de sua carreira. Em 1959, com seu nome artístico abreviado para Morgana apenas, participou do filme "Moral e Concordata" interpretando a música "Mais Brilho nas Estrelas", de Aloysio e Nelson Figueiredo, além de gravar mais um dos grandes sucessos de sua carreira, a canção "Hymne a l'amour", de Edith Piaf e Monnot, em versão de Odair Marzano e participar da gravação do disco "A Música de Dolores", em homenagem à cantora e compositora falecida neste mesmo ano, com a música "Canção da Tristeza". No ano seguinte, em 1960, Morgana grava seu terceiro LP, tema da postagem de hoje do Blog. Trata-se de um disco que mostra claramente o talento desta cantora que há apenas três anos trilhava nos rumos da música popular, com músicas belíssimas e contagiantes, como "Só Falta Aqui Você", de Edison Borges e Sandra Alves e "Tome Continha de Você", de Edison Borges e Dolores Duran, além de "Menina Moça", de Luiz Antonio, "Encontrei o Amor", de Fernando Cesar e Roberto Mario, "Leva-me Contigo", de Dolores Duran, "Falar Por Falar", de Fernando Cesar, e "A Rosa", de Edison Borges. Um disco memorável, o qual não se pode deixar esquecido na memória daqueles que tiveram o privilégio de conhecer o talento da "Fada Loura" Morgana. Uma cantora extraordinária que merece ser lembrada, referenciada e servir de inspiração aos novos nomes da música popular brasileira. E, pra resumir, 12 músicas que são um prato cheio para aqueles que, como eu, adoram ouvir uma boa dose música brasileira de qualidade.

1 - Tome Continha de Você
2 - Encontrei o Amor
3 - A Rosa
4 - Carinho e Amor
5 - Leva-me Contigo
6 - Sonata Sem Luar
7 - Menina Moça
8 - Falar Por Falar
9 - Segredo Para Dois
10 - Só Falta Aqui Você
11 - A Flor
12 - Elegia ao Violão