quinta-feira, 31 de março de 2011

1964 - Dick Farney

Oi pessoal! Sei que estou um pouco ausente do Blog nestes tempos, mas são as provas e a correria do dia-a-dia. E para compensar a ausência, trago aqui no Blog um disco raro e de grande importância para nossa música brasileira. Um disco que celebra o talento (hoje em dia pouco conhecido) do cantor, compositor e grande pianista, Dick Farney, e o talento recém descoberto de Norma Bengell, atriz que se destacou nos anos 1960 pela sua beleza e semelhança com a atriz francesa Brigitte Bardot e que também se aventurou pelos caminhos da música nessa época. Dick Farney era conhecido pela sua voz firme, Um disco de rara beleza, com músicas alusivas à Bossa Nova, como as clássicas "Você" (com Dick Farney e Norma Bengell) e "Inútil Paisagem", "Samba de Duas Notas", "Fotografia", 'Vivo Sonhando", "Historinha" e "Tristeza de Nós Dois", além da música "Vou Por Aí", interpretada aqui por Norma Bengell, mas consagrada como sucesso absoluto por Nara Leão, na mesma época. Embora não seja tão conhecido, este LP traz uma bom conjunto da obra de Dick Farney, tanto pela capa, desenvolvida pela gravadora Elenco em sua série de capas de meados da década de 1960, quanto pelas canções belíssimas que contém. Assim, convido todos a conhecerem um pouco mais de Norma Bengell e Dick Farney.

1 - Você - Norma Bengell & Dick Farney
2 - Vivo Sonhando
3 - Meu Mundo É Você
4 - Pequeno Olhar
5 - Hoje É Dia de Amor
6 - Historinha
7 - Fotografia
8 - Samba de Duas Notas
9 - Vou Por Aí - Norma Bengell
10 - Tristeza de Nós Dois
11 - Inútil Paisagem
12 - One For My Baby

segunda-feira, 28 de março de 2011

1955 - Alma da Canção Brasileira - Carlos Galhardo


Oi pessoal! Nesta segunda-feira, posto aqui no Blog mais um disco de Carlos Galhardo. Para quem não o conhece, este argentino, mas brasileiro de coração, foi um dos mais populares e talentosos cantores na época em que o rádio era o principal veículo de comunicação, ao lado dos grandes Vicente Celestino, Orlando Silva, Francisco Alves, Mário Reis e Silvio Caldas. Um cantor que possuía uma voz belíssima, grave, marcante, que transformava simples canções em maravilhosas músicas, que encantam todos até hoje. Quem nunca ouviu a música "Fascinação", na voz de tantos e tantas cantoras diferentes? Pois foi Carlos Galhardo o primeiro a cantar e fazer desta música belíssima um sucesso absoluto. Lançada em 1955, esta coletânea nos traz alguns dos maiores sucessos de Carlos Galhardo gravados em velhos bolachões de 78 rpm. Dentre as 8 músicas deste LP, destacam-se "Uma Casa Portuguesa" e "Bailinho da Madeira", em homenagem ao povo e à cultura lusitana, além de "Mariana", "Mãezinha Querida", "A Pequenina Cruz do Teu Rosário", "Velho Realejo" e "Bodas de Prata". Um disco que, apesar de ser uma coletânea, traz um conteúdo musical riquíssimo, com a marca inconfundível de Carlos Galhardo. "O rei da valsa", apelido dado pelo apresentador Blota Júnior, pra mim, define-se como um " cantor que dispensa adjetivos", um cantor que tinha o Brasil e sua gente no seu coração e na sua alma.

1 - Bodas de Prata
2 - A Pequenina Cruz do Teu Rosário
3 - Velho Realejo
4 - Mãezinha Querida
5 - Doce Amor
6 - Bailinho da Madeira
7 - Mariana
8 - Uma Casa Portuguesa

domingo, 27 de março de 2011

1973 - Dalva


Oi pessoal! Neste domingo, posto aqui no Blog de uma das maiores cantoras que o Brasil já teve o prazer de conhecer, ver e ouvir. Eleita Rainha do Rádio em 1952, Dalva de Oliveira se consagrou como uma das mais lindas vozes de nossa música ao interpretar emocionada muitos sucessos durante seus mais de 30 anos de carreira. Dona de uma voz forte, marcante e muito característica sua, Dalva deixou saudades, fez o Brasil chorar com sua morte, ocorrida em 30 de agosto de 1972. Após a sua morte, foram feitas diversas homenagens a essa cantora memorável, que todos deveriam pelo menos conhecer, tanto pela sua importância quanto pelo seu imenso talento. E uma das homenagens prestadas a ela na época foi essa coletânea lançada em 1973, com os 20 maiores sucessos de Dalva, considerados pela gravadora na ocasião. Uma bela homenagem a quem alegrou o Brasil durante décadas, e que a cada música, colocava o sentimento e a emoção a cada verso, cada estrofe, cada rima. Embora tenha 20 músicas, não foi lançado como Long-Play duplo, apenas em versão simples. Assim, as músicas tiveram que ser cortadas e apresentam como se fosse um grande Pot-Pourri com seus maiores sucessos. E, analisando deste modo, eles fizeram um excelente trabalho. As primeiras duas músicas, "Ave Maria do Morro" e "Olhos Verdes" são as únicas que foram lançadas em sua versão completa. As demais, foram cortadas de forma a montar esse grande Pot-Pourri, com belas canções que em sua voz se tornaram maravilhosas, como "Estrela do Mar", "Que Será?", "Estão Voltando As Flores", "Yira...Yira", "As Pastorinhas", "A Bahia Te Espera", "Segredo" (com um depoimento de Dalva sobre o amor), "Hino Ao Amor" e seu último grande sucesso, "Bandeira Branca" (também com uma singela despedida de Dalva). Uma homenagem do Blog da Música Brasileira a essa cantora incomparável, intraduzível e inimitável, mãe de Pery Ribeiro e que merecia essa homenagem nossa. Dalva de Oliveira certamente vive em nossos corações, vive em nossa música brasileira, vive em nossos corações.

1 - Ave Maria No Morro
2 - Olhos Verdes
3 - A Bahia Te Espera
4 - A Grande Verdade
5 - Que Será?
6 - Velhos Tempos
7 - Bom Dia
8 - Yira...Yira
9 - Estrela do Mar
10 - Tudo Acabado
11 - Dois Corações
12 - Mentira de Amor
13 - Segredo
14 - Hino Ao Amor
15 - Pastorinhas
16 - Zum Zum
17 - Estão Voltando As Flores
18 - Minueto
19 - Rancho da Praça Onze
20 - Bandeira Branca

sábado, 26 de março de 2011

1965 - Pery

Oi pessoal! Neste sábado, posto o primeiro disco do Blog de um cantor muito importante de nossa música popular brasileira: Pery Ribeiro. Filho de dois gênios de nossa música brasileira, Herivelto Martins e Dalva de Oliveira, Pery Ribeiro iniciou sua carreira de cantor ainda jovem, na década de 1950, com interpretações belíssimas da Bossa Nova que tomava conta do Rio de Janeiro e do Brasil nessa época. O primeiro cantor a gravar comercialmente a canção "Garota de Ipanema", se destacou principalmente no início da década de 1960 ao gravar os sucessos da Bossa Nova e, após, os primeiros sucessos da MPB. Ao lado de Leny Andrade, desenvolveu vários trabalhos mais próximos do jazz norte-americano. Neste disco, lançado originalmente em 1965, "Pery" nos traz alguns dos primeiros sucessos da nova (até então) música popular brasileira, como "Preciso Aprender a Ser Só", "Maria Moita" e "Primavera", além de "João Valentão" e "Dora", do mestre Dorival Caymmi, o sucesso de Maysa, "Demais", a antológica "Carinhoso", de Pixinguinha e João de Barro e a clássica bossa-novista "Samba de Verão". Um disco que mostra um Pery Ribeiro em transição de estilo musical, juntamente com a música brasileira, que veria em Elis e seu "Arrastão" o início de um novo movimento musical, a MPB, ainda em 1965. Assim, temos um disco para todos os gostos, que vão desde o bom e velho Caymmi até os sucessos do início da MPB. Um disco completo, na voz de ninguém menos que Pery Ribeiro.

1 - Deus Brasileiro
2 - João Valentão
3 - Vem
4 - Maria Moita
5 - Primavera
6 - Gabriela
7 - Dora
8 - Assim É A Bahia
9 - Preciso Aprender A Ser Só
10 - Samba de Verão
11 - Demais
12 - Carinhoso

sexta-feira, 25 de março de 2011

1958 - Naturalmente - Elizeth Cardoso


Oi pessoal! Nesta sexta-feira, posto aqui no Blog um disco que gosto muito de nossa querida Elizete (aqui escrito com "Th") Cardoso. Dona de uma voz maravilhosa e um talento sem igual, Elizete se consagrou e é considerada por muitos (por mim, inclusive) como uma das maiores cantoras brasileiras de todos os tempos. Consagrada em seu antológico LP "Canção do Amor Demais", com músicas de Tom e Vinicius, lançado também em 1958, Elizete contribuiu para que a Bossa Nova tomasse proporções não imaginadas por seus protagonistas e participantes. Um sucesso que não durou apenas enquanto a Bossa Nova invadia os lares brasileiros através do rádio e da televisão, nos anos que antecederam o golpe militar de 1964. Até hoje, o disco "Canção do Amor Demais" é muito conhecido entre os amantes de boa música brasileira e considerado um dos maiores discos da história musical brasileira. Símbolo da geração que viu o Brasil construir uma nova capital e ser campeão do mundo no futebol, Elizete vivia seu maior momento de sucesso, consagração e prestígio até então. E, neste contexto, está este LP de hoje. "Naturalmente" foi gravado em fins de 1958, quando Elizete estava em seu auge até então, trazendo uma cantora mais consciente de seu potencial musical, seu talento e sua magnífica voz. Dentre as 12 faixas do disco, destaco o sucesso de "Na Cadência do Samba", música conhecidíssima de muitos, mas que não se associa a Elizeth muitas vezes, além de "É Luxo Só" (gravado por João Gilberto um ano depois, em seu LP "Chega de Saudade"), "Sozinha", "Praça Sete", "Você Voltou" e "Onde Estará Meu Amor". Um disco que mostra a grandeza de Elizete no que ela fazia com perfeição: cantar e emocionar!

1 - É Luxo Só
2 - Suas Mãos
3 - Olha-me, Diga-me
4 - Praça Sete
5 - Onde Estará Meu Amor
6 - Sozinha
7 - Na Cadência do Samba
8 - Jogada Pelo Mundo
9 - Você Voltou
10 - Pedestal
11 - Fui Procurar Distração
12 - E Nada Mais

quinta-feira, 24 de março de 2011

1968 - O Inimitável - Roberto Carlos

Oi pessoal! Nesta quinta-feira, posto aqui no Blog mais um disco do Rei Roberto Carlos. Lançado originalmente em 1968, "O Inimitável" traz grandes sucessos de sua carreira, como "Ciúme de Você", "Se Você Pensa", "Eu Te Amo, Eu Te Amo, Eu Te Amo" e "As Canções Que Você Fez Pra Mim". Este disco marca uma fase de transição na carreira do Rei, onde ele começa a cantar músicas que se aproximam com estilos diferentes do que cantava até então, como rock e soul. Como exemplo, temos a antológica "As Curvas da Estrada de Santos", lançada um ano depois deste disco e que traz um rock um pouco mais "barulhento" do cantado até então, tanto no sentido dos instrumentos utilizados e da própria canção, como também da interpretação mais forte e intensa. Embora seja um disco de transição, mudança de estilo e repertório, este disco traz a marca registrada de Roberto Carlos, com sucessos que marcaram não só o final dos anos 1960, mas que continuam na cabeça de milhares de fãs de Roberto por esse Brasil a fora.

1 - E Não Vou Mais Deixar Você Tão Só
2 - Ninguém Vai tirar Você de Mim
3 - Se Você Pensa
4 - É Meu, É Meu, É Meu
5 - Quase Fui Lhe Procurar
6 - Eu Te Amo, Eu Te amo, Eu Te Amo
7 - As Canções Que Você Fez Pra Mim
8 - Nem Mesmo Você
9 - Ciúmes de Você
10 - Não Há Dinheiro Que Pague
11 - O Tempo Vai Apagar
12 - Madrasta

quarta-feira, 23 de março de 2011

1994 - Isso É Bossa Nova - Leila Pinheiro

Oi pessoal! Nesta quarta-feira, agradeço aos 15000 visitantes que já passaram por aqui desde o início das atividades deste Blog: o meu sincero muito obrigado! Posto aqui hoje o primeiro disco de Leila Pinheiro do Blog. E, não podia ser outro. Através deste disco foi que eu comecei a conhecer melhor o trabalho desta cantora incrível, que sabe fazer dos clássicos da Bossa Nova a canções já consagradas em nossa música popular brasileira, um misto de melodia, ritmo e leveza. Sim, pra mim, este é o adjetivo que melhor descreve Leila Pinheiro: leveza. Revelada ao público após ganhar o terceiro lugar no "Festival dos Festivais", promovido pela Tv Globo, em 1985 (pela comemoração dos 20 anos da emissora), com a música "Verde". No mesmo festival em que Tetê Espindola roubou a cena com a vencedora "Escrito Nas Estrelas". Conhecida como a "cantora bossa nova", pela sua calma, leveza e musicalidade, Leila Pinheiro revelou-se uma cantora de grande talento, colecionando diversos prêmios e públicos. Neste disco em especial (o último da sua carreira gravado em LP), Leila nos traz grandes sucessos clássicos da Bossa Nova, como "Samba do Avião", "Chega de Saudade", "Este Seu Olhar" e o pot-pourri "Overture", bem elaborado e que faz referência ao disco "Orfeu da Conceição", gravado por Tom e Vinicius, em 1956. Também merecem destaque as músicas "Discussão" e "Caminhos Cruzados", de Newton Mendonça e Tom Jobim, "Folha de Papel", de Sérgio Ricardo, "Rapaz de Bem', do gênio Johnny Alf e "Samba da Pergunta", de M. Vasconcellos e Pigarrilho. Um disco que nos traz uma Bossa Nova atualizada musicalmente, através de uma cantora que nasceu para cantar as músicas deste que é um dos principais movimentos musicais brasileiros. Um estilo que lança suas influências em artistas até hoje. Como em Leila Pinheiro em seu "Isso É Bossa Nova".

1 - Overture: Desafinado / O Pato / Ela É Carioca / Vivo Sonhando / Garota de Ipanema
2 - A Primeira Vez
3 - Discussão
4 - Amor Certinho
5 - Sem Mais Adeus
6 - Caminhos Cruzados
7 - Este Seu Olhar
8 - Folha de Papel
9 - Samba da Pergunta
10 - Por Quem Morreu de Amor
11 - Chega de Saudade
12 - Rapaz de Bem
13 - Sabe Você
14 - Samba do Avião

segunda-feira, 21 de março de 2011

1961 - Quando A Saudade Apertar - Orlando Silva

Oi pessoal! Nesta segunda-feira, posto aqui no Blog mais um disco do saudoso e inesquecível Orlando Silva. Dono de uma voz marcante, forte e imponente, Orlando Silva é um dos cantores mais populares de nossa música brasileira dos anos 1940, 1950 e início de 1960. Lançado por Francisco Alves em seu programa, Orlando Silva arrastava uma multidão de fâs, que o consideravam a mais bela voz do Brasil, ganhando assim a alcunha de "cantor da multidões". Intérprete de inúmeros sucessos de nossa música, como a marchinha "A Jardineira", "Aos Pés da Cruz", "Nada Além" e "Lábios Que Beijei", Orlando Silva nos traz neste disco de 1961, músicas belíssimas, que em sua voz ganharam nova vida, nova melodia. Assim, temos neste disco, além de uma bela vista da cidade do Rio de Janeiro ao fundo (com o Pão de açúcar e o Corcovado mais ao longe), canções que valem a pena serem destacadas, como "Atire A Primeira Pedra", "Eu Sei", "Tenho Amizade A Você", "Quando A Saudade Apertar", "Eu Sinto Vontade de Chorar", "Cancioneiro" e "Espelho do Destino".

1 - Quando A Saudade Apertar
2 - Atire A Primeira Pedra
3 - Que Importa Para Nós Dois a Despedida
4 - Adeus
5 - Cancioneiro
6 - Lágrima de Homem
7 - Espelho do Destino
8 - Quero Voltar Aos Braços Teus
9 - Tenho Amizade A Você
10 - Voz do Dever
11 - Eu Sinto Vontade de Chorar
12 - Eu Sei

domingo, 20 de março de 2011

1975 - Jóia - Caetano Veloso

Oi pessoal! Neste domingão, posto aqui no Blog mais um disco de Caetano. Desta vez, trago o disco "Jóia", de 1975, gravado no Brasil após alguns anos no exílio na europa. Apesar de não se encontrar no exílio, Caetano teve esse disco censurado pela ditadura, acho que vocês devem imaginar o porquê. Na capa, original, censurada pela ditadura, aparecem Caetano, sua mulher e seu filho semi-nus, numa figura desenhada pelo próprio Caetano. Na contra-capa, aparecia uma imagem dos três também semi-nus. Eis o motivo da Para conseguir lançar o disco, Caetano resolveu idealizar uma capa mais simples, apenas com os passarinhos.

Pra mim, este disco é um dos melhores de Caetano, com destaque para as músicas "Escapulário", "Pipoca Moderna", "Guá", "Canto do Povo de Um Lugar", "Na Asa do Vento", "Minha Mulher" e para o sucesso dos Beatles, "Help". Um disco que fala por si mesmo, não só pela importância deste disco para a história da música brasileira, mas também pela qualidade de suas músicas. Vale a pena conhecer.

1 - Minha Mulher
2 - Guá
3 - Pelos Olhos
4 - Asa
5 - Lua, lua, lua, lua
6 - Canto do Povo de Um Lugar
7 - Pipoca Moderna
8 - Jóia
9 - Help
10 - Gravidade
11 - Tudo tudo tudo
12 - Na Asa do Vento
13 - Escapulário

sábado, 19 de março de 2011

1971 - Tim Maia


Oi pessoal! Neste sábado, posto o primeiro disco do Blog de um dos maiores cantores brasileiros, um cantor que marcou com seu estilo único diversos sucessos de nossa MPB. Dono de uma voz forte, um pouco rouca e grave, Tim Maia foi um dos precursores do estilo Soul no Brasil, incorporando-o em sua músicas. Nascido no Rio de Janeiro, Tim Maia começou no meio da música aos 15 anos, onde conheceu Roberto Carlos, Erasmo Carlos e outros nomes da música que começavam a surgir na época. Sua carreira começo a ter maior sucesso após a gravação da música "Não Vou Ficar", em 1968, de sua autoria, por Roberto Carlos, entrando também na trilha sonora do filme "Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa", do mesmo ano. Dois anos mais tarde, grava a música "These Are The Songs", em dueto com Elis para o LP "...Em Pleno Verão" da cantora. Lança também seu primeiro disco, "Tim Maia", no mesmo ano, onde encontra grande sucesso, com as músicas "Primavera", "Azul da Cor do Mar" e "Eu Amo Você". Neste LP, o segundo da carreira de Tim Maia, as músicas "Não Quero Dinheiro (Só Quero Amar)" e "Você" se transformaram em alguns dos maiores sucessos da carreira de Tim. Dentre as outras faixas do álbum, merecem destaque as músicas "Preciso Aprender A Ser Só", de Marcos e Paulo Sergio Valle, "Salve Nossa Senhora", "A Festa de Santo Reis", "É Por você Que Eu Vivo" e "Um Dia Eu Chego Lá". Além destas, temos três músicas em inglês, com sotaque impecável, e com destaque para a música "I Don't Know What To Do With Myself". Um disco que, apesar de ser o segundo da carreira de Tim, mostra seu talento, sua irreverência e personalidade musical sem igual. Um disco à altura do grande Tim Maia. Uma "brasa mora", como diria o Rei.

1 - A Festa de Santo Reis
2 - Não Quero Dinheiro (Só Quero Amar)
3 - Salve Nossa Senhora
4 - Um Dia Eu Chego Lá
5 - Não Vou Ficar
6 - Broken Heart
7 - Você
8 - Preciso Aprender A Ser Só
9 - I Don't Know What To Do With Myself
10 - É Por Você Que Vivo
11 - Meu País
12 - Don't Care

sexta-feira, 18 de março de 2011

1975 - Caça À Raposa - João Bosco

Oi pessoal! Nesta sexta-feira, posto aqui no Blog um post inspirado no post de ontem. Ontem dei uma olhada no Blog para ver quais novidades poderia mostrar a vocês e vi que não tinha postado nenhum disco do compositor e cantor João Bosco. Daí, na hora escolhi este disco de João, por diferentes motivos. Primeiro, porque a capa já diz muito sobre o disco: sensacional. Pra mim, um trabalho belíssimo, que chama atenção (sem apelação) para o disco e o conteúdo musical que ele contém. Consagrado compositor e cantor brasileiro, João Bosco teve seu trabalho amplamente divulgado e reconhecido por Elis, cujos maiores sucessos de João (ao lado do não menos importante Aldir Blanc) da década de 1970 foram cantados por ela de forma única e maravilhosa. Neste contexto, foi gravado este disco, com canções que se tornaram verdadeiras obras-primas na voz de Elis e que, aqui, apresentam o registro do próprio compositor para com suas criações musicais. Músicas como "Bodas de Prata" (gravado por Elis em 1972 para o disco "Elis", até então duplo, mas descartado na formação de um disco único e gravado apenas em 1972, numa coletânea da Philips, com os fonogramas que ficaram de fora dos discos de Elis, o LP "Elis Especial", de 1979), "Caça À Raposa", "Dois Pra Lá, Dois Pra Cá" e "O Mestre-Sala dos Mares" (gravado por Elis no fantástico LP "Elis", de 1974) trazem uma versão diferente, mais compassada, menos marcante, mas não menos importante do que as gravadas por Elis. Além destas, Elis gravou também "Jardins de Infância" (no Lp "Falso Brilhante", de 1976, com a trilha sonora do show homônimo, o maior da carreira de Elis, um dos maiores da história da música brasileira) e "Violeta de Belford Roxo", também sobra de um LP (neste caso, o "Elis", de 1977) e lançada no Lp "Elis Especial", de 1979. No entanto, também merecem destaque as músicas "Casa de Marimbondo", "De Frente Pro Crime"e "Escadas da Penha", músicas que conheci na voz de João Bosco e mostram ao público que, apesar de ser um excelente compositor, também se revelou um cantor de sucesso e com um potencial enorme para ser explorado. Assim como a música brasileira ainda possui um grande potencial para ser explorado, canções gravadas em discos que saíram do mercado há muitos anos e que foram esquecidas, músicos que não são lembrados, cantores e cantoras atuais que merecem ter seu trabalho reconhecido e conhecido. Afinal, a música brasileira é nossa cultura, nossa história, nosso presente e nosso futuro, a única que transmite a realidade, o dia-a-dia do brasileiro como ele realmente é.

1 - O Mestre-Sala dos Mares
2 - De Frente Pro Crime
3 - Dois Pra Lá, Dois Pra Cá
4 - Jardins de Infância
5 - Jandira da Gandaia
6 - Escada da Penha
7 - Casa de Marimbondo
8 - Nessa Data
9 - Bodas de Prata
10 - Caça À Raposa
11 - Kid Cavaquinho
12 - Violeta de Belford Roxo

quinta-feira, 17 de março de 2011

1995 - Elis Ao Vivo


Oi pessoal! Nesta quinta-feira, 17 de março, posto mais um disco de Elis Regina, mas com um motivo especial: se estivesse viva, Elis completaria hoje 66 anos de idade. Parabéns, Elis! O que fica, é a saudade desta cantora maravilhosa que encantou e encanta até hoje legiões de fãs e amantes de boa música brasileira, músicas que traduziam em versos uma época em que o Brasil, marcado pelo regime militar e pela ditadura, buscava a liberdade, a democracia, os direitos de ir e vir. O Brasil se inebriava com a voz firme, doce e linda de Elis, desde a jovem garota de "Arrastão", até a cantora consagrada de "Trem Azul", "Aprendendo a Jogar" e "Alô, Alô, Marciano". E o Brasil chorou sua morte. Até hoje, Elis é lembrada por aqueles que a conheceram, por aqueles que a ouviram cantar e por aqueles que admiram seu trabalho, mesmo sem tê-la conhecido, como é o meu caso. Neste disco, Elis, grávida de 7 meses, apresenta para um público de 3500 pessoas seu mais novo trabalho, o LP "Elis", de 1977, com as músicas "Morro Velho", "Transversal do Tempo", "Caxangá", "Romaria" e "Colagem". Músicas até então desconhecidas do público, mas que se transformaram em grandes sucessos de sua carreira. Gravado ao vivo no Anhembi, em 25 de julho de 1977, "Elis Ao Vivo" trazia além de Elis, César Camargo Mariano e grupo, Ivan Lins, João Bosco, Renato Teixeira e Cláudio Lucci. Um show belíssimo. Dentre as canções do show, destaque para "Cartomante", no final do show, "Madalena", "Romaria", "Triste", "Colagem", "Transversal do Tempo" e "A Dama do Apocalipse". Um show que não merecia ser apenas lembrado por quem o assistiu e, por isso, foi lançado em 1995, nas comemorações dos 50 anos de nascimento de Elis. Fica aqui registrada uma singela homenagem a essa artista extraordinária que é Elis Regina.

1 - Como Nossos Pais
2 - Travessia
3 - Morro Velho
4 - Romaria
5 - A Dama do Apocalipse
6 - Colagem
7 - Madalena
8 - Qualquer Dia
9 - Cadeira Vazia
10 - Vida de Bailarina
11 - Triste
12 - Dois Pra Lá, Dois Pra Cá
13 - O Mestre-Sala dos Mares
14 - Transversal do Tempo
15 - Cartomante

terça-feira, 15 de março de 2011

1980 - Sentinela - Milton Nascimento

Oi pessoal! Nesta terça-feira, posto aqui no Blog mais um disco do grande "monstro" (no melhor dos sentidos) Milton Nascimento. Nascido na capital fluminense, mas criado desde a infância em Três Pontas, Minas Gerais, Milton Nascimento saiu da simples e calma vida mineira para mudar a história da música brasileira, com suas músicas belíssimas, de letras ricas em poesia, em vida, em sentimento. Músicas que nos fazem pensar em nós mesmos, em nossa história, como "Cais", músicas que nos fazem pensar na vida e o que dela mais nos importa. Músicas que trazem em si uma reflexão de si mesmo. Pelo menos, é o que sinto quando ouço músicas como "Canção da América", "Morro Velho", "Nada Será Como Antes", "O Cio da Terra", dentre tantas outras. Trago aqui hoje um dos melhores trabalhos de Milton (na minha humilde opinião); lançado originalmente em 1980, "Sentinela" tem em seu repertório canções marcantes não só da carreira de Milton, com também nesse aspecto de nos fazer repensar muitas coisas. Músicas como "Canção da América", "Peixinhos do Mar", "Sueño Con Serpientes", "Cantiga" e "Roupa Nova". Destaco especialmente a música "Sentinela", que dá nome ao disco, por possuir uma belíssima introdução de música sacra e, após, inicia-se a música, deforma diferente e cheia de efeitos. Pra mim, uma das melhores de Milton e a melhor do disco. Não sei se concordarão comigo sobre esta música. Contudo, a genialidade e a importância deste disco para música brasileira são incontestáveis. Um disco sensacional, digno de Milton Nascimento.

1 - O Velho
2 - Peixinhos do Mar
3 - Tudo
4 - Canção da América
5 - Sueño Con Serpientes
6 - Roupa Nova
7 - Povo de Raça Brasil
8 - Sentinela
9 - Cantiga (Caicó)
10 - Bicho Homem
11 - Itamarandiba
12 - Um Cafundé, Na Cabeça Malandro
13 - Peixinhos do Mar (Chorus)

domingo, 13 de março de 2011

1964 - O Samba É Mais Samba - Jair Rodrigues

Oi pessoal! Neste domingo, escolhi para postar um disco sensacional do sambista Jair Rodrigues. Especialmente dedicado ao amigo Chris, pelas suas contribuições ao Blog e por proporcionar a mim a oportunidade de ouvir este disco fantástico com qualidade primorosa. Muito obrigado, Chris! Também aproveito aqui para comentar sobre a mudança no visual o Blog. Não sei o que acharam (aliás, podem comentar a respeito), mas estava com muita vontade de dar uma renovada, deixá-lo com uma aparência mais alegre e jovial. Ainda durante esta semana farei alguns ajustes, pra deixá-lo "nos trinques". Voltando ao disco, "O Samba É Mais Samba" traz uma das fases mais maravilhosas da música (pelo menos, na minha opinião) de Jair, onde os sambões contagiavam a todos que acompanhavam Jair em suas apresentações e seus discos. Este disco nos apresenta alguns dos sucessos que o consagraria, ao lado de Elis Regina, no início da dupla que conquistou o Brasil nos primeiros anos após o golpe militar. Com Elis comandando o programa "O Fino da Bossa", exibido pela Tv Record, entre 1965 e 1967, e Jair como convidado fixo, não demorou muito para que a dupla se tornasse referência em seus pot-pourris de sambas, divertindo a todos que assistiam a esse programa, que trazia como convidados especiais desde Caetano Veloso e Gilberto Gil até Dorival Caymmi e Adoniran Barbosa. O "Pot-Pourri - Falsa Bahiana - É Luxo Só - Tem Que Balançar - O Samba da Minha Terra - Eu Quero Um Samba" mostra a diversidade musical que Jair transformava em sucesso, destacando-se como uma das melhores faixas do disco, onde apresentava sucessos que iriam agitar "O Fino da Bossa" anos mais tarde (como "Falsa Bahiana e "Tem Que Balançar") e músicas consagradas na voz de João Gilberto, como "O Samba da Minha Terra" e "É Luxo Só". Além desta preciosidade, o disco traz ainda as músicas "Barravento" (sucesso na voz de Sérgio Ricardo), "Tá Engrossando" e "Ué" (que fariam parte, em 1965, dos shows realizados no Teatro Paramount, ao lado de Elis, e que gerariam o antológico disco "Dois Na Bossa", que marcaria o início desta dupla fantástica (que duraria apenas 3 anos), além de "Pica-Pau"' (numa alusão, mesmo que sem intenção, ao produtor musical "Walter Silva", que produziria a dupla Elis e Jair, mas que também era o dublador do personagem do desenho), "Samba do Carioca" (o clássico de Tom Jobim), "Encanto do Mar", "Terra Carioca" e "Eu Vou Pra Lá". Um disco que, apesar de não ser muito conhecido, vale a pena ser resgatado, conhecido e apreciado por todos os que gostam de boa música e do sambista Jair Rodrigues.

1 - Tá Engrossando
2 - Pot-Pourri - Falsa Bahiana - É Luxo Só - Tem Que Balançar - O Samba da Minha Terra - Eu Quero Um Samba
3 - Ué
4 - Pica-Pau
5 - Encanto do Mar
6 - Eu Vou Pra Lá
7 - Eu E A Roseira
8 - Zé do Trem
9 - Samba do Carioca
10 - Garoto de Morro
11 - Barravento
12 - Terra Carioca

sábado, 12 de março de 2011

1969 - Vanusa

Oi pessoal! Neste sábado, após a postagem de ontem, me deu muita vontade de postar mais um disco de um cantor da Jovem Guarda. Desta vez, trago mais um disco de Vanusa, lançado originalmente em 1969. Apesar de muito comentada nos últimos tempos após algumas gafes em público (principalmente quando foi convidada pela Assembléia Legislativa de São Paulo para cantar o Hino Nacional e acabou errando a letra), Vanusa continua sendo uma cantora de um talento ímpar, com uma voz marcante e cheia de personalidade. Neste disco em especial, Vanusa traz algumas músicas bem interessantes, embora não tenham se tornado sucessos absolutos de sua carreira. As músicas que merecem destaque são "Hey Joe", "Que Você Está Fazendo Neste Lugar Tão Frio", "Espere", "Meu Depoimento" e "Atômico, Platônico", pra mim, a melhor do disco. Embora não tenham muitos sucessos e músicas consagradas, é um disco gostoso de se ouvir e mostra uma Vanusa em crescente sucesso no cenário musical da época, visto que este é apenas o segundo LP de sua carreira. Vale a pena conhecer e prestigiar o talento desta cantora fora de série.

1 - Meu Depoimento
2 - Que Você Está Fazendo Neste Lugar Tão Frio
3 - O Que É Meu É Teu
4 - Teu Regresso
5 - Espere
6 - Hei Sol
7 - Atômico, Platônico
8 - Sunny
9 - Eu Sei Viver Sozinha
10 - Hey Joe
11 - E Você Não Diz Nada
12 - Caminhemos

sexta-feira, 11 de março de 2011

1967 - Ronnie Von

Oi pessoal! Nesta sexta-feira, posto o primeiro disco do Blog do cantor (e atualmente, excelente apresentador) Ronnie Von. Dono de uma voz doce e serena, Ronnie Von ganhou enorme sucesso com sua música "A Praça", lançada pela primeira vez neste LP em maio de 1967. Conhecido como "O Príncipe", apelido originado do programa "O Pequeno Mundo de Ronnie Von" apresentado por ele em 1966, na Tv Record, Ronnie Von teve sua origem musical cantando grandes sucessos dos Beatles. Na época em que este disco foi lançado, Ronnie Von passava por uma transição em sua carreira, entre sua fase inicial quando cantava sucessos dos Beatles e o sucesso de "A Praça", procurando ainda definir um estilo próprio e marcante. Também participante da Jovem Guarda, movimento surgido em meados da década de 1960 originado do programa exibido pela Tv Record, "Jovem Guarda", comandado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa. Considerado o movimento jovem e "descolado" da época, as músicas tinham um pouco do rock e do estilo romântico das músicas deste estilo dos anos 1950 e 1960. Também exerceu grande influência neste movimento a cantora Celly Campello, a precursora do rock no Brasil. Neste LP, Ronnie Von traz músicas que transformaram o início de sua carreira em sucesso, já começando com a antológica "A Praça", sucesso absoluto. Também merecem destaque as músicas "Canção de Ninar Meu Bem", "Catedral", "Escuta Meu Amor", "Menina Flor", "Igual a Peter Pan", "Se Alguém Chorou" e "O Mundo Que Eu Pensei", música que transmite um pouco da realidade meio romântica em que a Jovem Guarda se inspirava em seu começo. Este é um disco que faz parte de um dos períodos mais ricos de nossa música brasileira, o período em que os Festivais revelavam talentos e movimentos musicais. Uma época em que a juventude tinha em seus ídolos, a motivação para serem vetores de mudanças, de estilos, de modernidade.

2 - Escuta Meu Amor
3 - Vamos Protestar
4 - Canção de Ninar Meu Bem
5 - Igual a Peter Pan
6 - Vamos Cantar
7 - Se Alguém Chorou
8 - A Catedral
9 - O Carpinteiro
10 - Menina Flor
11 - Minha História
12 - O Mundo Que Eu Pensei

quinta-feira, 10 de março de 2011

1978 - João Gilberto Interpreta Tom Jobim

Oi pessoal! Nesta quinta-feira, depois de postar ontem sobre Carlinhos Lyra, me deu uma vontade de postar um disco de Bossa Nova. E, pra passar essa vontade, resolvi postar um disco do maior nome da Bossa Nova, João Gilberto. Um dos maiores nomes da música brasileira, João Gilberto se tornou um dos maiores intérpretes da Bossa Nova, com sua voz calma, serena, mansa. Com seu estilo inconfundível de cantar, os clássicos de Tom, Vinicius e compania se tornam verdadeiras jóias de nossa música. Embora esse disco seja uma coletânea lançada originalmente em Long-Play, em 1978, ele traz a essência da música de João Gilberto nas canções do grande maestro Antonio Carlos Jobim. Clássicos como "Desafinado", "Corcovado", "O Amor em Paz", "Chega de Saudade", "Meditação", "Samba de Uma Nota Só", "Insensatez" e "A Felicidade" estão presentes neste disco, em interpretações belíssimas de uma das épocas mais bonitas de nossa música brasileira. Também merecem destaque as músicas "Discussão", "Só Em Teus Braços" e "Este Seu Olhar". Sei que se trata de uma coletânea. Mas não é sempre que vemos uma coletânea tão bem feita e tão bonita de se ouvir.

1 - A Felicidade
2 - Desafinado
3 - Insensatez
4 - Este Seu Olhar
5 - Chega de Saudade
6 - Meditação
7 - Samba de Uma Nota Só
8 - O Nosso Amor
9 - O Amor Em Paz
10 - Só Em Teus Braços
11 - Corcovado
12 - Discussão

quarta-feira, 9 de março de 2011

1963 - Depois do Carnaval - Carlos Lyra

Oi pessoal! Nesta quarta-feira de cinzas, "acabou nosso carnaval, ninguém ouve cantar canções, ninguém passa brincando feliz e nos corações, saudades e cinzas foi o que restou (...)". Pelo menos para todos aqueles que adoram o Carnaval, a festa, o clima festivo, esse é o sentimento comum neste dia de hoje. Vinicius de Moraes e Carlinhos Lyra conseguiram em "Marcha da Quarta-Feira de Cinzas" transmitir a melancolia e o desânimo de "tudo se acabar na quarta-feira" (trecho de "A Felicidade", de Tom e Vinicius). Simplesmente, uma música genial! E, a partir dessa música sensacional, trago o primeiro disco do Blog do compositor e também cantor Carlos Lyra, parceiro de grandes nomes de nossa música brasileira, como o próprio Vinicius de Moraes (já citado anteriormente), Geraldo Vandré, Aldir Blanc, Ronaldo Bôscoli, dentre outros. Este disco, gravado em 1963, período em que a Bossa Nova estava atingindo seu auge, traz grandes canções deste compositor maravilhoso, como a própria "Marcha da Quarta-Feira de Cinzas" e "Depois do Carnaval", também com a mesma temática da primeira e que dá nome ao disco, além de "Gostar Ou Não Gostar", "Aruanda", uma das músicas de que mais gosto deste período, "Influência do Jazz" (curiosamente, esta música apresenta a versão brasileira, muito comum na época, da palavra oriunda do inglês, "Jazz", sendo aqui lida e sonorizada como a palavra é escrita mesmo), "Quem Quiser Encontrar O Amor", um dos primeiros sucessos do então compositor Geraldo Vandré, "Maria do Maranhão", também gravada por Elis, em seu primeiro LP gravado pela Philips, "Samba, Eu Canto Assim!", a clássica "Se É Tarde, Me Perdoa", um dos maiores sucessos do movimento Bossa Nova, e a romântica "Promessas de Você". Enfim, como vocês devem ter percebido, é um disco antológico, eclético (com sucessos da Bossa Nova e também do começo da MPB), um disco importantíssimo não só por se tratar do trabalho de Carlos Lyra como cantor (de voz forte, belíssima por sinal) mas também pelas músicas e as histórias que elas trazem consigo. Uma verdadeira obra-prima!

1 - Depois do Carnaval
3 - É Tão Triste Dizer Adeus
4 - Gostar Ou Não Gostar
5 - Mundo À Parte
6 - Aruanda
7 - Canção Que Morre No Ar
8 - Quem Quiser Encontrar O Amor
9 - O Melhor, Mais Bonito, É Morrer
10 - Sem Saída
11 - Marcha da Quarta-Feira de Cinzas
12 - Promessas de Você
13 - Se É Tarde, Me Perdoa
14 - Maria do Maranhão

terça-feira, 8 de março de 2011

1959 - É Pra Todo Mundo Cantar - Blackout

Oi pessoal! Primeiramente, neste dia 8 de março, presto minha homenagem à todas as mulheres pelo Dia Internacional da Mulher! Parabéns, mulheres! Sem dúvida, esse é um marco da igualdade entre homens e mulheres, onde elas cada vez mais vêm encontrando seu espaço e conquistando seu lugar em diversos setores da sociedade, beneficiando, assim, não só as mulheres por conquistarem esses espaços, mas também a sociedade. Hoje também é terça-feira de Carnaval, marcada por muita festa, muita alegria, em diversos cantos deste imenso e maravilhoso país; aqui em São Paulo, contudo, saiu o resultado dos votos dos jurados do carnaval paulistano e, para alegria geral do Bairro Bela Vista (ou Bixiga, mais conhecido), foi agraciada com o título de campeão do carnaval 2011 a escola Vai-Vai. Parabéns, Vai-Vai! Sem dúvida, uma vitória belíssima, ao homenagear em seu samba-enredo o maestro João Carlos Martins, mostrando suas dificuldades e superação. Muito merecido, ao maestro e à escola. Finalmente, iremos à postagem deste dia tão repleto de acontecimentos. Antes, porém, devo agradecer ao comentários e novos seguidores que têm feito deste Blog mais um veículo de resgate de nossa memória musical e contribuído imensamente com novas idéias e sugestões. Fica aqui resgistrado meu muitíssimo obrigado! E nesse clima festivo, de alegria contagiante do carnaval, escolhi para postar um disco de marchinhas (afinal, quem não gosta das marchinhas?) do saudoso Blackout (apelido de Otávio Henrique de Oliveira), um consagrado cantor de marchinhas e enredos carnavalescos, como "General da Banda", o maior sucesso de sua carreira. Muito conhecido nas décadas de 1940, 1950 e 1960, Blackout (ou Blecaute, como veio a se chamar depois) caiu no esquecimento de muitas pessoas que não chegaram a se animar nos carnavais em que ele esbanjava seu talento em proporcionar alegria por onde passava. Aqui fica a homenagem do Blog da Música Brasileira a este extraordinário nome de nossa música brasileira. E, como não podia ser diferente, trago um disco de marchinhas de carnaval, músicas conhecidíssimas de todos, que animaram (e animam até hoje) diversos carnavais pelo Brasil e, porque não, pelo mundo. Este disco é tão maravilhoso, que não farei nenhum destaque referente a uma música específica. Todas são sensacionais! O disco é um achado, simplesmente sensacional! Vale muito a pena conhecer, ouvir e se deliciar!

1 - Quem Sabe, Sabe / Saca-Rolha / Touradas em Madrid
2 - Madalena / Enlouqueci / Império do Samba
3 - Chiquita Bacana / Pierrot Apaixonado / Allah-Lá-Ô
4 - É Bom Parar / O Orvalho Vem Caindo / General da Banda
5 - A Jardineira / Grau Dez / Aurora
6 - A Voz do Morro / Atire A Primeira Pedra / É Com Esse Que Eu Vou

segunda-feira, 7 de março de 2011

1958 - O Samba Em Pessoa - Aracy de Almeida

Oi pessoal! Nesta segunda-feira de Carnaval, nada melhor que um disquinho de nossa boa e velha Aracy de Almeida. Um disco de sambões, bem ao estilo de Aracy. Lançado em 1958, "O Samba em Pessoa" traz grandes sucessos de compositores do samba como Noel Rosa, Lamartine Babo, Ismael Silva e Almirante. Dentre as doze canções do disco, destacam-se "Adeus" (Ismael Silva / Noel rosa / Francisco Alves), "Teleco Teco" (Murilo Caldas / Marino Pinto), "Eu Vou Pra Vila" (Noel Rosa), "Batente" (Almirante), "Minha Cabrocha" (Lamartine Babo) e "É Batucada" (J.L. Moraes "Caninha" / Visconde de Bicohyba). Um disco que dispensa comentários, pra mim, um dos melhores de Aracy. Nota 10!

1 - Batucada
2 - Adeus
3 - Minha Cabrocha
4 - Caco Velho
5 - Teleco Teco
6 - Passarinho... Passarinho
7 - Eu Vou Pra Vila
8 - Arrependido
9 - Vitória
10 - Para Me Livrar do Mal
12 - É Batucada

domingo, 6 de março de 2011

1976 - Cartola

Oi pessoal! Neste domingo, atendendo ao pedido do William, posto hoje o primeiro disco do Blog do saudoso Cartola. Deixei para postar neste domingo com a seguinte razão: nesta madrugada, a Estação Primeira de Mangueira desfilará pelo grupo especial do Rio de Janeiro, escola que Angenor de Oliveira, nosso Cartola, ajudou a fundar, tornar conhecida e ser considerada como uma das maiores (se não, a maior) escolas de samba da cidade maravilhosa. Este sambista que por décadas se empenhou em composição de sambas inesquecíveis de nossa música, como "As Rosas Não Falam" e "Basta de Clamares Inocência" sem dúvida merecem toda homenagem e sua música deve ser sempre lembrada e levada àqueles que, como eu, não tiveram a oportunidade de conhecê-la enquanto Cartola ainda era vivo. Mesmo após 30 anos de sua morte, Cartola continua representando uma figura importantíssima no samba e no carnaval cariocas. Neste disco em particular, o segundo de sua carreira (pois gravou seu primeiro disco aos 65 anos de idade, em 1974), lançado em 1976, Cartola nos traz alguns de seus sucessos como "As Rosas Não Falam", "Cordas de Aço", "Aconteceu"e "O Mundo É Um Moinho". Merecem também destaque as músicas "Ensaboa", "Minha" e "Sei Chorar". Um disco que, embora seja tímido, mostra todo o talento de um gênio do samba, um compositor do morro. Uma figura ilustre do nosso carnaval carioca.

1 - O Mundo É Um Moinho
2 - Minha
3 - Sala de Recepção
4 - Não Posso Viver Sem Ela
5 - Preciso Me Encontrar
6 - Peito Vazio
7 - Aconteceu
8 - As Rosas Não Falam
9 - Sei Chorar
10 - Ensaboa
11 - Senhora Tentação
12 - Cordas de Aço

sábado, 5 de março de 2011

1972 - Compacto - Sandália de Prata - Tema Carnaval - Eu E A Brisa - Não Deixe A Zorra Morrer - Johnny Alf

Oi pessoal! Neste sábado de Carnaval, posto aqui no Blog o último compacto desta semana, já no clima do samba. Em homenagem a esse grande cantor e compositor de nossa música brasileira, falecido em 4 de março do ano passado, o Blog da Música Brasileira traz um compacto duplo lançado em 1972, com 4 músicas bem ao estilo de Johhny Alf. A primeira música, "Sandália de Prata", já transmite todo talento que o povo brasileiro tem em fazer do mais simples em puro samba, de qualidade. "Tema Carnaval", já diz no nome o que ela retrata: o Carnaval. Genial! No outro lado do compacto, a música "Eu E A Brisa" dá os ares de sua graça, na voz do próprio compositor, numa interpretação belíssima e única, do criador e sua criação. Um dos maiores sucessos de sua carreira como compositor, gravado por diversos cantores e cantoras. Finalmente, temos "Não Deixe A Zorra Morrer", com a mensagem de que, mesmo com o final da festa, o samba e a música continuam, como esse disco belíssimo continuará para sempre registrado nos arquivos de nossa memória musical brasileira. Enfim, um compacto que fecha com chave de ouro esta semana repleta de raridades e achados.

1 - Sandália de Prata
2 - Tema Carnaval
3 - Eu E A Brisa
4 - Não Deixe A Zorra Morrer

sexta-feira, 4 de março de 2011

1965 - Compacto - Eu Só Queria Ser - Barquinho Diferente - Claudette Soares

Oi pessoal! Nesta sexta-feira de carnaval, posto aqui no Blog o penúltimo compacto desta semana. Desta vez, trago a voz e o encanto de Claudette Soares, em um compacto simples que contém dois sucessos de sua carreira, de meados da década de 1960. A primeira, "Eu Só Queria Ser", foi defendida por Claudete Soares no 1º Festival de Música Popular Brasileira, promovido pela Tv Excelsior, em 1965. Neste festival, onde Elis Regina se consagrou com a interpretação antológica de "Arrastão", Claudete Soares acabou em terceiro lugar com esta canção, que se tornaria um dos primeiros grandes sucessos de sua carreira. No outro lado do compacto, temos a música "Barquinho Diferente", que relembra os tempos de Bossa Nova e traz a interpretação singular de Claudette para esse clássico de nossa MPB. Embora as canções aqui tenham sido gravadas também no LP "Claudete Soares", do mesmo ano, vale aqui o registro deste raro compacto. Simplesmente, maravilhoso o disquinho!

1 - Eu Só Queria Ser
2 - Barquinho Diferente

quarta-feira, 2 de março de 2011

1964 - Compacto - Nanã - Lobo Bobo - Wilson Simonal

Oi pessoal! Nesta quarta-feira, fria e um pouco chuvosa pra compensar o calorão destes últimos dias, posto aqui da faculdade (pela primeira vez), mais um compacto do nosso eterno Wilson Simonal. Desta vez, trago um compacto simples com um grande sucesso do início de sua carreira, "Nanã", gravada no LP "A Nova Dimensão do Samba". E no outro lado do compacto, não poderia deixar de vir uma surpresa: a música "Lobo Bobo", de Carlos Imperial e Ronaldo Bôscoli, que se transformou em um dos maiores sucessos da Bossa Nova (excetuando-se os clássicos de Tom e Vinicius), também gravada no LP "A Nova Dimensão do Samba", de 1964. Enfim, um compacto que, embora tenha o nome de simples, pode ser considerado genial!

1 - Nanã
2 - Lobo Bobo

terça-feira, 1 de março de 2011

1976 - Compacto Anos 60 - Celly Campello

Oi pessoal! Nesta terça-feira, posto aqui no Blog mais um compacto, dessa vez um compacto sensacional. Desde pequeno, sempre fui fascinado por este compacto que minha tinha (e ainda tem, diga-e de passagem). Pra mim, era um disco em miniatura. Depois fui entender a história dos compactos, pra que eram geralmente usados e sua raridade. Lançado pela EMI-Odeon em 1976, este compacto traz os 4 maiores sucessos de Celly Campello, que mexeram com a juventude dos anos 1960. "Broto Legal", "Banho de Lua" e "Estúpido Cúpido", o maior sucesso da carreira de Celly Campello, falam por si mesmos. Tenho certeza que você, caro leitor, já tenha ouvido ou conheça pelo menos um trecho desses rockinhos sensacionais. Afinal, quem nunca se pegou cantando "Tomo um banho de lua (...)" ou "Oh, cupido, vê se deixa em paz, meu coração que já não pode amar (...) Oh cupido, vá longe de mim" ? A surpresa deste compacto (pelo menos pra mim) é a música "Lacinhos Cor de Rosa", que conheci e ouvi pela primeira vez neste compacto, e que acho bem engraçadinha. Sem sombra de dúvida (embora eu seja meio suspeito pra dizer), este compacto deveria ser conhecido de todos, devido a esses sucessos que marcaram uma geração e influenciaram tantos jovens com esses rockinhos animados. Enfim, aí está o compacto de hoje. Espero que gostem dele tanto quanto eu.

1 - Estúpido Cupido"
2 - Lacinhos Cor de Rosa
3 - Banho de Lua
4 - Broto Legal