Oi pessoal! Neste sábado, posto aqui no Blog mais um disco do famoso "Badeco", um dos maiores violonistas e compositores brasileiros de todos os tempos. De fama internacional e detentor de grande prestígio na música brasileira, Baden Powell começou a tocar violão ainda aos sete anos de idade, até que aos 15 anos (com autorização do Juizado de Menores) começou a tocar profissionalmente em boates nas noites cariocas. Aos 18 anos, integrou o trio do pianista Ed Lincoln, tocando jazz na boate Plaza, em Copacabana. Um ano mais tarde, já no ano de 1956, compôs seu primeiro grande sucesso, "Samba Triste", em parceria com o compositor Billy Blanco, sendo que a canção só seria gravada três anos depois, pelo cantor Lúcio Alves. Em 1959, Baden grava seu primeiro disco - "Apresentando Baden Powell e seu Violão" - pela Philips, conhecendo nesta época o também compositor Vinicius de Moraes, com quem estabeleceria uma amizade de longos anos, da qual lhes rendeu inúmeros sucessos. No ano seguinte, foi convidado para trabalhar no arranjo do disco "Jóia Moderna", que estava sendo gravado por Alaíde Costa pela RCA Victor, onde a composição "Samba de Nós Dois" (em parceria com Billy Blanco) foi incluída entre as 12 faixas do disco. Em 1961, Baden Powell lançou o seu segundo long-play pela Philips, "Um Violão Na Madrugada", e, no ano seguinte, compôs com o poetinha Vinicius inúmeras canções, dentre as quais se destacam "Samba Em Prelúdio" e "Deixa". Durante a década de 1960, participou dos grandes festivais de música, conquistando o 2º lugar no I Festival de Música Popular Brasileira, promovido pela Excelsior em 1965, com a música "A Valsa do Amor Que Não Vem" (em parceria com Vinicius), interpretada por Elizeth Cardoso, além de um 4º lugar no II Festival de MPB, promovido pela Tv Record no ano seguinte, com "Cidade Vazia" (em parceria com Lula Freire), no qual revelou ao público Milton Nascimento, e um 1º lugar na I Bienal do Samba, também promovida pela Tv Record em 1968, com a música "Lapinha" (em parceria com Paulo César Pinheiro), defendida por Elis Regina. Durante as décadas de 1960 e 1970, Baden excursionou pelo mundo, internacionalizando sua carreira e levando ao mundo o melhor que a música brasileira podia oferecer através de suas canções e seu violão. No início da década 1980, com a morte do grande poetinha Vinicius de Moraes, Baden grava em sua homenagem um disco pela WEA internacional (nesta época vivia na Alemanha) em homenagem ao grande amigo, sendo este disco o tema da postagem de hoje. Lançado no início de 1981, o disco (gravado ao vivo) traz grandes sucessos da dupla Baden & Vinicius, como "Deixa", "Formosa", "Samba Em Prelúdio", "Apêlo" e "Tempo Feliz", além de "Feitinha Pro Poeta" (esta de Baden em parceria com Lula Freire), todas na voz do próprio Baden (embora a arte de cantar não seja o seu ponto forte), e a versão instrumental da antológica "Se Todos Fossem Iguais A Você", tocada ao estilo próprio do violonista. Um disco interessante, histórico, que guarda esta homenagem póstuma ao poetinha, trazendo na rara interpretação vocal do amigo e parceiro Baden Powell as músicas que a dupla consagrou em nossa história musical brasileira.
1 - Velho Amigo (Baden Powell / Vinicius de Moraes) / Bom Dia, Amigo (Baden Powell / Vinicius de Moraes) / Samba Em Prelúdio (Baden Powell / Vinicius de Moraes)
2 - Feitinha Pro Poeta (Baden Powell / Lula Freire)
3 - Se Todos Fossem Iguais A Você (Tom Jobim / Vinicius de Moraes)
4 - Tempo Feliz (Baden Powell / Vinicius de Moraes)
5 - O Poeta e a Lua (Vinicius de Moraes) / Serenata do Adeus (Vinicius de Moraes)
6 - Apêlo (Baden Powell / Vinicius de Moraes)
7 - Além do Amor (Baden Powell / Vinicius de Moraes) / Deixa (Baden Powell / Vinicius de Moraes)
8 - Formosa (Baden Powell / Vinicius de Moraes)
9 - Samba da Bênção (Baden Powell / Vinicius de Moraes)