Oi pessoal! Neste sábado, posto aqui no Blog mais um disco de um trio que marcou a música brasileira dos anos 1960. Composto por três músicos de altíssimo nível (César Camargo Mariano ao piano, Sabá no contrabaixo e Toninho Pinheiro na bateria), o grupo se formou em 1966, e logo no início da formação do trio, se apresentaram com sucesso pela primeira vez no programa "Spotlight", de Abelardo Figueiredo, na Tv Tupi. Ainda em 1966, foram convidados pela gravadora Som Maior a gravar o primeiro LP do conjunto, intitulado "Som/3". O Som 3 se consolidou na música instrumental e, durante quase toda a carreira do grupo, que soma pouco menos de 6 anos de duração, acompanhou com sucesso o cantor Wilson Simonal, participando dos seus shows, discos, músicas e turnês internacionais. O segundo disco do grupo só veio a ser lançado em 1968, desta vez pela gravadora Odeon (mesma gravadora que Simonal era contratado), com o nome de "Show", contendo pela primeira vez músicas internacionais e sucessos de Simonal, como "Sá Marina", de Antonio Adolfo e Tibério Gaspar, "Balanço Zona Sul", de Tito Madi, e "Falsa Baiana", de Geraldo Pereira. Nesta época, o grupo foi convidado a participar dos antológicos festivais de MPB realizados na Tv Record, acompanhando as apresentações de "Roda Viva", de Chico Buarque, com o autor e o grupo MPB-4, e "Maria, Carnaval e Cinzas", de Luiz Carlos Paraná, com Roberto Carlos, ambas as músicas do III Festival, de 1967, além de "Andança", de Edmundo Souto e Paulinho Tapajós, defendida por Beth Carvalho e os Golden Boys, no V Festival, de 1969. Neste mesmo ano de 1969, o Som Três foi convidado a gravar mais um disco pela Odeon, o qual é o tema da postagem de hoje, e que nos traz em seu repertório como destaque as músicas brasileiras "Moça", também gravada por Simonal em seu disco "Alegria, Alegria - Vol. 3" (1967), "Se Você Pensa", um dos maiores sucessos da dupla Roberto & Erasmo Carlos, lançado no LP "Inimitável" (1968) do Rei Roberto, "Que Pena", de Jorge Ben, gravada no disco do compositor "Jorge Ben" (1969), e "Caruaru", de Belmiro Barrela. Entre as internacionais, destacam-se "For Once In My Life" e "There’s Gonna Be A Showdown". No ano seguinte, o grupo gravou o seu último disco da "Um É Pouco, Dois É Bom, Este Som 3 É Demais", além de viajar com Simonal ao México para a turnê do cantor durante a Copa do Mundo. Na volta ao Brasil, César Camargo Mariano foi convidado a participar da temporada de shows de Elis Regina pelo Rio de Janeiro e, como Sabá e Toninho Pinheiro não quiseram deixar São Paulo, o grupo se desfez. Portanto, apesar da curta carreira do grupo, o Som 3 representa até hoje um conjunto marcante para a música instrumental brasileira que, na época, contava com diversos outros grupos e músicos que também se dedicavam a esse gênero musical. Embora hoje a música instrumental (não confundir com música eletrônica!) não seja tão apreciada como na época em que o Som 3 estava na ativa, é importante resgatar a todos a importância deste gênero musical para a nossa música brasileira, em termos dos músicos, das canções e/ou dos discos gravados, mostrando a todos a beleza e a riqueza da diversidade musical que só a nossa música brasileira contém.
1 – For Once In My Life (R. Miller / Murden)
2 – Moça (Antônio Adolfo / Tibério Gaspar)
3 – Se Você Pensa (Roberto Carlos / Erasmo Carlos)
4 – Blood-Mary (César Camargo Mariano)
5 – California Soul (N. Ashford / V. Simpson)
6 – Homenagem a Mongo (César Camargo Mariano)
7 – Que Pena (Jorge Ben)
8 – Tijuana (Laércio de Freitas)
9 – There’s Gonna Be A Showdown (Gamble / Huff)
10 – Caruaru (Belmiro Barrela)
Obrigado.
ResponderExcluirOlá.
ResponderExcluirMeu nome é Alfredo, sou do Portal de Blogs Teia.
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