quinta-feira, 23 de agosto de 2012

1975 - Pixinguinha, de Novo - Altamiro Carrilho e Carlos Poyares

Oi pessoal! Nesta quinta-feira, posto mais uma homenagem a um dos maiores instrumentistas brasileiros, talvez do mundo, falecido no último dia 15 de agosto: Altamiro Carrilho. Flautista incomparável, Altamiro Carrilho nasceu em Santo Antônio de Pádua (RJ) e se especializou no instrumento que o levaria ao rol dos melhores músicos que o Brasil já viu e ouviu em sua história musical. Sua carreira iniciou-se em participações em programas de calouros no Rádio, conquistando o primeiro prêmio no programa Calouros em Desfile, comandado pelo compositor Ary Barroso na Rádio Cruzeiro do Sul. Se destacou como improvisador, participando de inúmeros trabalhos, discos e grupos musicais, gravando em 1949 seu primeiro choro, "Flauteando na Chacrinha", pela gravadora Star e montando no ano seguinte seu próprio conjunto na Rádio Guanabara. Em 1951, substituiu Benedito Lacerda no conjunto regional de Garoto, contratado pela Rádio Mayrink Veiga, onde pôde acompanhar nomes da música da época, como Vicente Celestino, Francisco Alves e Orlando Silva. Em 1955, formou a "Bandinha de Altamiro Carrilho", que durante os anos 1956 a 1958 ganhou grande prestígio e popularidade em seu programa "Em Tempo de Música", na Tv Tupi, lançando sucessos como "Rio Antigo", cujo disco vendeu mais de 960.000 cópias em apenas 6 meses. Na década de 1960, excursionou fora do Brasil e, nos anos 1970, tornou-se um dos flautistas mais solicitados como solista e acompanhante. Nos anos 1980, continuou gravando discos, especialmente dedicados ao choro, alcançando em 1997 o troféu Villa-Lobos com "Clássicos em Choro" (1979), como o melhor disco instrumental, ganhando o disco de ouro em "Clássicos em Choro Vol. 2" (1980). Sem dúvida, a morte de Altamiro Carrilho, um dos únicos em seu gênero, representa para a música brasileira uma perda imensa, que nunca será resposta, apenas lembrada por aqueles que têm na música de Altamiro Carrilho uma referência em termos de qualidade musical e talento. Carlos Poyares, por sua vez, também foi um dos grandes flautistas brasileiros, apresentando-se com grandes nomes da música brasileira, como Tom Jobim, Dolores Duran, Silvio Caldas, Nelson Gonçalves, Vicente Celestino, entre outros. Durante sua carreira, foi solista de diversos conjuntos, entre eles o do Regional de Canhoto pela Rádio Mayrink Veiga, entre os anos de 1957 e 1964. Um dos maiores historiadores e incentivadores do choro na música brasileira, Poyares ganhou inúmeros prêmios em sua carreira, além de excursionar e levar este gênero da música brasileira a diversos países do mundo ao longo de sua carreira. E, neste disco , em homenagem ao compositor e um dos criadores do choro brasileiro, o carioca Pixinguinha, estes dois grandes flautistas homenageiam o mestre com este disco composto por 12 composições de Pixinguinha, esbanjando talento, uma sinergia e musicalidade que poucos flautistas apresentaram na música brasileira. Um disco antológico, histórico, que registra o encontro destes dois ícones da flauta e do chorinho brasileiros, tendo como principal pano de fundo a preciosidade das composições do próprio Pixinguinha.

1 - Diplomata
2 - Recordações
3 - Te Encontrei
4 - A Vida É Um Buraco
5 - Sonhos
6 - Desencanto
7 - Não Me Digas
8 - Surravulho
9 - Um Chorinho Para Elizeth
10 - Inspiração
11 - Caixa Alta
12 - Salto do Grilo

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