Oi pessoal! Neste domingo de sol, calor, típico de verão (em pleno inverno, diga-se de passagem), depois da
postagem de ontem, nada melhor que postar mais um disco do também mineiro Milton Nascimento. Dono de um talento em compor, cantar e transformar realidades da
simplicidade mineira em verdadeiras obras-primas, em músicas que se transformaram e se estabeleceram na cabeça das pessoas, como "Canção da América", "Maria, Maria", "Caçador de Mim", "Coração de Estudante", "Cais", "Travessia", "Nos Bailes da Vida", entre tantas outras. Com mais de 40 anos de estrada, Milton se transformou num dos grandes ícones da música brasileira, desde a época dos grandes festivais dos anos 60, passando pelos anos de afirmação e confirmação de sua música durante a década de 70, marcados por discos como "Clube da Esquina", "Minas", "
Geraes" e "Milagre dos Peixes", discos estes que pra mim são verdadeiras jóias da música de Milton, até chegar a "Sentinela" (1980) e "Caçador de Mim" (1981), trabalhos que admiro e que colocam Milton entre os preferidos da minha estante. Na década de 1980, Milton lança outros tantos trabalhos de sua extensa discografia, como os discos "Anima" e "Missa dos
Quilombos", ambos de 1982. Em 1983 realizou um no
Anhembi, que contou com a participação especial de Gal Costa e que gerou o disco "Milton Nascimento Ao Vivo", além de participar na "Noite Brasileira" do Festival de
Montreux, na
Suiça, gerando o disco "
Brazil Night - ao vivo de
Montreux". Nos anos de 1985 e 1986, gravou, respectivamente, os discos "Encontros e Despedidas" e "A Barca dos Amantes", outras duas pérolas de sua carreira, discos estes que trazem grandes sucessos de sua música. Nos anos seguintes, continua gravando e lançando novos trabalhos, como os discos "
Yauaretê" (1987), "
Miltons" (1988) e "
Txai" (1990), embora não tenham alcançado grande sucesso de público e crítica como os discos anteriores. Em 1991, lançou o disco "O Planeta
Blue na Estrada do Sol", gravado ao vivo no Teatro Cultura Artística, e que é tema da
postagem de hoje. Embora seja um disco não muito conhecido de Milton, traz as canções "Canção do Sal", em homenagem à
Elis Regina, que foi a primeira grande cantora a gravar uma música de Milton, em 1966, no disco "
Elis", lançado naquele ano, "Luar do Sertão", de
Catullo da
Piaxão Cearense, "Estrada do Sol", de Dolores
Duran e Tom
Jobim e "
Hello,
Goodbye", sucesso dos "
The Beatles", de
Lennon e
McCartney, além de "Um Índio", de Caetano Veloso, "Brejo da Cruz", de Chico Buarque, e "Planeta
Blue", de Milton e Fernando Brandt. Um disco muito bom, interessante,
diversificado, com a marca e o talento inconfundível do mineiro Milton Nascimento.
1 - Vevecos, Panelas e Canelas
2 - Um Índio
3 - Planeta Blue
4 - Canção do Sal
5 - Ponto de Encontro
6 - Luar do Sertão
7 - Brejo da Cruz
8 - Quem É Você
9 - Beatriz
10 - Estrada do Sol
11 - Hello, Goodbye