1965 - Som Definitivo - Quarteto em Cy e Tamba Trio

Oi pessoal! Neste sábado de sol, de tempo bom e agradável, posto aqui no Blog um disco lançado em 1965 que celebra o talento de dois conjuntos musicais que, juntos, são os responsáveis por essa maravilha de nossa música brasileira. Formado por incentivos de Vinicius de Moraes em meados de 1964, o Quarteto em Cy, composto pelas irmãs Cybele, Cynara, Cylene e Cyva, traz em sua voz feminina a docilidade, a leveza e a beleza da voz feminina em canções consagradas de nossa música brasileira. As irmãs Cynara e Cybele, contudo, conquistaram em 1969 o 1º Lugar nas fases nacional e internacional no III FIC (Festival Internacional da Canção), promovido pela Tv Globo, em 1968, defendendo a música "Sabiá", de Tom Jobim e Chico Buarque. Um dos momentos mais inesquecíveis da história musical brasileira, em que o apresentador Hilton Gomes, com sua voz forte exclama "concorrente número 25, representante do Brasil, 'Sabiá', de Chico Buarque e Tom Jobim (...)". Sensacional! O conjunto Tamba Trio, por sua vez, traz a genialidade do grande pianista Luiz Eça nos arranjos e o talento de Bebeto e Hélcio Milito para completar a participação neste disco antológico. Dentre as 10 faixas do disco, praticamente todas fazem parte do seleto grupo de canções que se imortalizaram nas grandes vozes e em grandes momentos de nossa música brasileira. São elas as músicas "...Das Rosas", um dos maiores sucessos de Dorival Caymmi, "Zambi", de Edu Lobo e Vinicius de Moraes, "Aleluia", também de Edu Lobo, mas em parceria com Ruy Guerra, a antológica bossa-novista "Água de Beber", de Tom e Vinicius", "Apêlo", de Baden Powell e Vinicius e a vencedora do I Festival de Música Popular Brasileira na voz e na interpretação memorável de Elis, "Arrastão". Destaque também para as músicas "Eu Vim da Bahia", de Gilberto Gil, numa época em que Gil ainda era pouco conhecido pelo público em geral e "O Mar É Meu Chão", de Nelson Motta e Dori Caymmi. Um disco para ser ouvido, apreciado e guardado entre os favoritos da sua estante. Um disco que representa o encontro entre dois dos maiores conjuntos musicais brasileiro e que apresenta o melhor da música brasileira da época. Realmente faz jus ao título, som definitivo em nossa história cultural e musical.

1 - Zambi

2 - Imagem

3 - Aleluia

4 - ...Das Rosas

5 - Se Você Pensar

6 - Água de Beber

7 - O Mar É Meu Chão

8 - Arrastão

9 - Apêlo

10 - Eu Vim da Bahia

1957 - Os Cariocas A Ismael Netto

Oi pessoal! Nesta sexta-feira, posto aqui no Blog mais um disco deste grupo que, ao lado de MPB-4, Tamba Trio e Quarteto em Cy, representa os maiores grupos vocais de nossa música brasileira. Me perdoem se me esqueci de algum. Mas estes quatro são os que melhor representam nossa música brasileira em suas diversas fases e estilos, desde a música brasileira pré-bossa nova até o surgimento da MPB, como a consolidação de estilos, de vertentes e de intérpretes brasileiros sob a mesma bandeira musical. Criado em 1942 por Ismael Netto, Os Cariocas representaram e representam muito bem a música brasileira desde o período dos anos que antecederam a bossa nova, bem como as lindas e doces canções da bossa nova, até os dias de hoje. Passando por várias formações, sucessos e discos, Os Cariocas representam num mesmo conjunto o antigo associado ao moderno, em arranjos muito bem elaborados, com músicas maravilhosas que te lembram os velhos carnavais de antigamente, mas sem perder esse toque de atualidade. Este disco, lançado em 1957 em homenagem a Ismael Netto, um dos fundadores do grupo e falecido no ano anterior, é o primeiro Long-Play gravado pelo grupo, que teve como substituta de Ismael Netto após seu falecimento a irmã do compositor, Hortênsia Silva. Apresentando todas as músicas compostas por Ismael Netto, "Os Cariocas A Ismael Netto" traz como destaque as músicas "Afinal", "Se Alguém Disser", "Seu Nome Não É Maria", "Disse O Que Eu Queria", "Marca Na Parede", "Era Bom", "Valsa de Uma Cidade","Madrugada 3 e 5" e a já consagrada "Canção da Volta". Um disco que, apesar de ser o primeiro LP do conjunto e de prestar homenagem a Ismael Netto, traz o talento e a genialidade de Os Cariocas.

1 - Marca Na Parede

2 - Afinal

3 - Se Teus Olhos Dissessem

4 - Último Beijo

5 - Se Alguém Disser

6 - Canção da Volta

7 - Valsa de Uma Cidade

8 - Disse O Que Eu Queria

9 - Seu Nome Não É Maria

10 - Madrugada 3 e 5

11 - Era Bom

12 - Me Dá, Me Dá

1975 - 10 Anos Depois - MPB-4

Oi pessoal! Nesta quarta-feira, fria e chuvosa, posto aqui no Blog mais um disco do grupo MPB-4. Considerado por muitos - inclusive por mim - como um dos maiores conjuntos musicais de nossa música popular brasileira, Miltinho, Ruy, Magro e Aquiles são os protagonistas deste quarteto de imenso talento e altíssima capacidade de transformar belas músicas em geniais interpretações. Com sua interpretação singular, a quatro vozes, o conjunto MPB-4 surgiu em meados dos anos 1960 e ganhou destaque no cenário musical nacional nos festivais de música promovidos pelas emissoras de Tv, ganhando diversos prêmios durante os anos em que os festivais alegravam e contagiavam uma legião de jovens que ansiavam por mudanças, por liberdade, por mudanças na sociedade através de suas músicas de protesto. Neste contexto, surge MPB-4, influenciado inicialmente pelas canções de Chico Buarque mas que, com o andar da carruagem incorporaram em seus discos músicas de diversos compositores diferentes, mantendo na maioria das vez algumas composições de Chico ao lado de muitas outras, de Milton Nascimento, Gonzaguinha, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, João Bosco e Aldir Blanc, por exemplo. Neste disco, destacam-se as músicas "Ana Luiza", clássica composição e um dos maiores sucessos de Tom Jobim após a era Bossa Nova, "Manhã de Carnaval", "Galope", de Gonzaguinha, "Vera Cruz", de Milton, e "Pressentimento", música ganhadora do 3º lugar na I Bienal do Samba, organizada pela Tv Record, em 1968, e interpretada neste festival por Marília Medalha. Também merecem uma atenção especial as músicas "De Frente Pro Crime", "Praias Desertas" - gravada por Elizete Cardoso no antológico LP "Canção do Amor Demais", em 1958 -, "Canto Triste", de Edu Lobo e Vinicius de Moraes, "Evangelho", de Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro, e "Amei Tanto", de Baden e Vinicius. Vale lembrar também que o disco ainda apresenta a participação do Quarteto em Cy nas músicas "Ana Luiza", "Pressentimento" e "Amei Tanto". Um disco que faz jus ao título de "Dez Anos" pois, apesar de ter sido lançado há mais de 35 anos, ainda mexe com aqueles que admiram e curtem uma boa música brasileira.

1 - De Frente Pro Crime

2 - Manhã de Carnaval

3 - Galope

4 - Canto Triste

5 - Passaredo

6 - Ana Luiza - com Quarteto em Cy

7 - Pressentimento - com Quarteto em Cy

8 - Praias Desertas

9 - Amei Tanto - com Quarteto em Cy

10 - Evangelho

11 - Assim Seja Amém

12 - Vera Cruz

1969 - Ói Nóis Aqui Tra Veis - Demônios da Garoa

Oi pessoal! Nesta segunda-feira, nada melhor que um bom disco dos Demônios da Garoa pra animar a semana. Não sei se vocês concordam, mas eu considero estes demônios como o grupo mais paulista de todos os tempos. Em suas músicas, seus discos, a capital paulista é descrita em detalhes, tanto pela sua gente como pela sua história e sua importância no cenário nacional em sambas alegres, sambas que marcaram a música paulista. Conhecidos pelas interpretações antológicas dos sucessos do grande Adoniran Barbosa, os Demônios da Garoa conseguiram levar o samba paulista a todas as classes sociais, pelo seu linguajar simples, até um pouco errado, mas com uma essência musical fantástica. Músicas como "Trem das Onze", "O Samba do Arnesto" e "Iracema" traduzem o talento de Adoniran Barbosa como compositor e a interpretação única dos Demônios da Garoa, transformando estas músicas em sambas de primeira. Neste disco, os Demônios da Garoa nos trazem alguns dos sucessos de Adoniran, como "Mulher Patrão E Cachaça", "Vila Esperança", "Ói Nóis Aqui Tra Veis" - que dá nome ao disco - e "Não Quero Entrar", que se transformaram em sucessos absolutos. Destacam-se ainda as músicas "Vim Te Ver", "Time Perna de Pau", "Seleção de Sambas" e o sucesso de Clara Nunes, de Ataulfo Alves e Carlos Imperial, "Você Passa Eu Acho Graça". Um disco sensacional dos Demônios da Garoa, pra começar a semana com o pé direito.

1 - Felicidade

2 - Time Perna de Pau

3 - Ói Nóis Aqui Tra Veis

4 - Mulher, Patrão E Cachaça

5 - Vim Te Ver

6 - Maxi Mini-Saia

7 - Vila Esperança

8 - Não Quero Entrar

9 - Você Passa Eu Acho Graça

10 - Timão

11 - Estou Ficando Louco

12 - Seleção de Sambas: Pegando Fogo - Nós, Os Carecas - Serenô - Felicidade - Eu Vi Um Leão - Nega do Cabelo Duro - Helena, Helena - Exaltação À Bahia

1970 - Simona

Oi pessoal! Primeiramente: Feliz Páscoa a todos! Que a luz do Ressuscitado ilumine suas vidas, com muita paz, saúde e sucesso! Quanto ao post de hoje, escolhi postar um dos discos que mais gosto do Simonal que, lançado originalmente em 1970, traz algumas músicas sensacionais deste cantor que, injustiçado, caiu no esquecimento por muito tempo pela maioria das pessoas, até o lançamento recente do filme "Simonal - Ninguém Sabe O Duro Que Dei", que mostrou o lado da "pilantragem" de Simonal, seus sucessos, sua vida pessoal e o motivo pelo qual foi acusado injustamente pelo Regime Militar. Entretanto, não assisti ao filme ainda, por isso não dou mais detalhes. Mas fica aí a dica de uma boa pedida em filmes sobre nossa cultura brasileira. Quanto ao disco, pra mim "Simona" é um daqueles que constam em meus favoritos, que têm espaço reservado na minha biblioteca musical. Lançado logo após a badalada copa de 1970, durante um dos períodos mais intensos e de maior sucesso da carreira de Simonal, "Simona" traz músicas que, pra mim, são sensacionais, como "Aí Você Começa A Chorar", "Moro No Fim Da Rua", "O Mundo Igual de Cada Um", "Destino e Desatino de Severino" e "Sem Essa". Destacam-se ainda as versões de Simonal para "Na Baixa do Sapateiro", clássico de Ary Barroso, e "Deixa O Mundo E O Sol Entrar", de Marcos & Paulo Sérgio Valle, além de "Sistema Nervoso" e "Comigo É Assim". Um disco que, como vocês podem ver, representa uma das mais intensas fases da carreira de Simonal, em que suas interpretações tornam-se mais focadas em temáticas musicais mais sérias, sem deixar de lado a "pilantragem do Simona". Fica aí esta maravilha da nossa música a vocês e meu abraço a todos! Feliz Páscoa!

1 - Sem Essa

2 - Destino e Desatino de Severino

3 - Comigo É Assim

4 - O Mundo Igual de Cada Um

5 - Sistema Nervoso

6 - Na Baixa do Sapateiro

7 - Moro No Fim da Rua

8 - Deixa O Mundo E O Sol Entrar

9 - Aí Você Começa A Chorar

10 - Não Tem Solução

1969 - Angela Em Tempo Jovem

Oi pessoal! Neste sábado de aleluia, que antecede a Páscoa - o domingo em que celebramos a ressureição de Jesus - trago aqui no Blog mais um disco de Angela Maria. Devido ao grande número de visitas às postagens anteriores de Angela, resolvi acrescentar mais este aos outros dois discos já postados. E escolhi justamente este disco que traz uma Angela Maria na capa em uma moto, com um estilo diferente do que habitualmente conhecemos. "Angela Maria em Tempo Jovem" traz canções bem ao estilo de Angela, que com sua voz doce transforma simples músicas em verdadeiras maravilhas musicais. Destacam-se neste disco as músicas "Camarim", "Ali Na Rua Mesmo Tive Que Chorar", "Destinos Iguais", "Só Por Você", "Somos Apaixonados", "Você Não Me Ama" e "Se". Um disco com a marca de Angela Maria, a eterna rainha do rádio, definida pelo então presidente Getúlio Vargas como "menina, você tem a voz doce e a cor do sapoti". Afinal, "quando a rainha canta...o mundo silencia", como dizia uma vinheta do rádio na época em que Angela Maria foi eleita para o posto de Rainha, em 1954.

1 - Somos Apaixonados

2 - Ali Na Rua Mesmo Tive Que Chorar

3 - Se

4 - Volte

5 - Só Por Você

6 - Camarim

7 - Você Não Me Ama

8 - Faça O Que Quiser de Mim

9 - O Brinquedo

10 - Agora Logo Agora

11 - Destinos Iguais

12 - Você Sabia Amor

1965 - A Pescaria - Erasmo Carlos

Oi pessoal! Nesta quarta-feira, depois de uma postagem em homenagem aos 70 anos do rei Roberto Carlos, nada mais justo que postar um disco do parceiro de Roberto em grandes sucessos da música de ambos: Erasmo Carlos. Primeiro disco do Blog e da carreira de Erasmo Carlos, "A Pescaria" traz um Erasmo ainda procurando seu estilo musical próprio, mostrando neste disco suas maiores influências musicais, como o rock contagiante da banda inglesa The Beatles, que nesta época estava no auge do sucesso e da fama. Embora seja o disco de estréia, Erasmo traz em "A Pescaria" um dos seus maiores sucessos da época, como "Festa de Arromba", além das canções "Minha Fama de Mau", "Beatlemania", "Terror dos Namorados" e "Jacaré", estas duas, representando bem os primeiros rocks genuinamente brasileiros dos idos de 1965. Um disco bem pensado, bem gravado, que apesar de ser a estréia de Erasmo nos dá a idéia de quanto seu talento e sua "fama de mau" contribuíram para a história da música brasileira.

1 - A Pescaria

2 - Beatlemania

3 - Festa de Arromba

4 - Alguém Que Eu Procuro

5 - Sem O Teu Carinho

6 - Minha Fama de Mau

7 - Tom e Jerry

8 - No Tempo da Vovó

9 - Tra-la-lá

10 - Terror dos Namorados

11 - Dia de Escola

12 - Gamadinho Por Você

13 - Jacaré

14 - Amor Doente

1963 - Roberto Carlos

Oi pessoal! Nesta terça-feira, homenageio aqui no Blog ninguém menos que o rei Roberto Carlos, o aniversariante do dia. Muito embora não seja o clima de comemorações em face da morte de sua filha, ocorrida há alguns dias, Roberto merece todas as homenagens de todos aqueles que o admiram, não só como cantor, músico e compositor, mas também como a figura pública que ele se transformou. Roberto Carlos é, sem dúvida, o símbolo de uma geração comedida pelos anos de chumbo da ditadura, mas que encontrou na sua música e na Jovem Guarda a voz, a expressão musical de sua época. Neste dia 19 de abril, Roberto completa 70 anos de vida, mais de 50 anos de carreira, com inúmeros sucessos e mais de 4 milhões de cópias vendidas. Neste disco, o segundo LP de sua carreira, Roberto Carlos nos traz alguns dos principais sucessos do início de sua carreira, com uma sensível mudança de estilo, aproximando-se mais do rock and roll. Os principais sucessos do disco foram "Parei Na Contramão" - uma das primeiras canções da dupla Erasmo e Roberto Carlos -, "Splish, Splash" e "Oração de Um Triste". Destacam-se também as canções "Professor de Amor", "Só Por Amor", "Relembrando Malena", "Quero Me Casar Contigo" e "Nunca Mais Te Deixarei". Uma singela homenagem a esse rei que fez de sua majestade uma carreira de sucessos. Parabéns. Roberto!

1 - Parei Na Contramão

2 - Quero Me Casar Contigo

3 - Splish, Splash

4 - Só Por Amor

5 - Na Lua Não Há

6 - É Preciso Ser Assim

7 - Onde Anda O Meu Amor

8 - Nunca Mais Te Deixarei

9 - Professor de Amor

10 - Bay Meu Bem

11 - Oração de Um Triste

12 - Relembrando Malena

1960 - Lúcio Alves Interpreta Dolores Duran

Oi pessoal! Neste domingo de sol quente e agradável, domingo de ramos, de alegria, posto aqui no Blog mais um disco de Lúcio Alves, este em homenagem a uma das maiores compositoras que esse Brasil já teve, Dolores Duran. Uma homenagem à compositora falecia no ano anterior, que deixou saudades e um legado maravilhoso de canções de sua autoria. Lúcio Alves, com sua voz calma, doce e altiva traz os maiores sucessos de Dolores Duran de forma brilhante, como nas clássicas "A Noite do Meu Bem", "Fim de Caso" e "Estrada do Sol", esta composta em parceria com Tom Jobim. Destaque neste disco também para "Por Causa de Você" (também em parceria com Tom), "Castigo" e "Idéias Erradas".

1 - Idéias Erradas

2 - A Noite do Meu Bem

3 - Estrada do Sol

4 - Castigo

5 - Noites de Paz

6 - Vou Chorar

7 - Por Causa de Você

8 - Fim de Caso

9 - Pela Rua

10 - Quem Sou Eu

11 - Solidão

12 - Canção da Tristeza

1965 - Caymmi

Oi pessoal! Sei que estou ausente de novidades no Blog, postagens em atraso e tudo o mais. Mas é a correria desta semana. Mas creio que logo farei novos posts, com curiosidades e preciosidades de nossa música brasileira. Hoje, escolhi para postar um disco do nosso bom e velho Caymmi, o poeta das baianas, o poeta da Bahia. Caymmi. Esse nome já diz muita coisa sobre esse baiano que transformava em música a cultura, os costumes e a particularidade toda especial do povo baiano. Caymmi pode não ser lembrado por muitos hoje em dia, mas ele sem dúvida exerceu com sua música e seu talento um papel fundamental em nossa cultura nacional. Para aqueles que não sabem, Caymmi foi um dos responsáveis pelo estrondoso sucesso de Carmen Miranda no Brasil e no mundo com a eterna "O Que É Que A Baiana Tem?". Dono de uma voz forte, característica, bem baiana, Caymmi cantou ao longo de sua carreira seus sucessos de forma espetacularmente bela. Eu, particularmente, a cada dia admiro mais a obra de Caymmi. Neste disco em particular, lançado originalmente em 1965 (mas que acabei conhecendo o relançamento de 1967) pela Odeon, Caymmi nos traz mais algumas pérolas de sua música, como "O Samba da Minha Terra", imortalizada também na voz de João Gilberto, durante a bossa nova, "...Das Rosas", um dos maiores sucessos de Caymmi, "Saudade da Bahia" (gravada no ano anterior com Tom, no lendário LP "Caymmi Visita Tom"), "Maracangalha" (uma das minhas músicas preferidas de Caymmi), a clássica "Sábado em Copacabana" e "Praia de Amaralina". Destaque também para "Temporal", "O Vento" e "Marcha dos Pescadores", que retratam bem a realidade dos pescadores, daqueles que sobrevivem da pesca e também daqueles que esperam os pescadores voltarem do mar. Um disco, uma temática, simplesmente genial, de um monstro sagrado de nossa música brasileira, que se resume em Caymmi.

1 - ...Das Rosas

2 - Sábado em Copacabana

3 - Berimbau

4 - Saudade da Bahia

5 - Saudade de Itapuã

6 - Maracangalha

7 - Marcha dos Pescadores

8 - Morrer de Amor

9 - Temporal

10 - Praia de Amaralina

11 - O Vento

12 - O Samba da Minha Terra

1970 - Os Grandes Sucessos de Chico Buarque - Vol. 2

Oi pessoal! Neste domingo, que não sabe se chove ou faz sol, posto aqui a 201ª postagem do Blog. E não poderia deixar de postar este disco, de Chico Buarque, uma das maiores e melhores coletâneas lançadas acerca da obra de Chico. Esta coletânea é muito apreciada, não só pelo conteúdo maravilhoso de seus discos, como também pelo conjunto capa, disco e músicas, escolhido com perfeição. Lançado em 1970, "Os Grandes Sucessos de Chico Buarque - Vol. 2" traz, das 12 faixas do álbum, as músicas "Funeral de Um Lavrador", "Realejo", "Madalena Foi Pro Mar" e "Fica", além de "Retrato Em Branco E Preto", em parceria com o grande Maestro Antonio Carlos Jobim, "Januária", "Sonho de Um Carnaval", "Tem Mais Samba" e "Sabiá", em parceria com Tom Jobim, que conquistou o Brasil e o mundo no III Festival Internacional da Canção da Tv Globo, de 1968, conquistando o 1º lugar, tanto na fase nacional quanto na internacional, na voz de Cynara & Cybele. Um dos momentos mais marcantes da música brasileira de todos os tempos, marcado pelos anos de chumbo da ditadura, no ano do AI-5. Finalmente, temos o tema para a peça "Morte e Vida Severina", baseada no poema de mesmo nome de João Cabral de Mello Neto, realizada por Chico em 1965. Um disco que apresenta toda a genialidade, seja como compositor ou como cantor, de Chico Buarque, num dos períodos mais ativos e vividos de nossa música brasileira, em que a qualidade musical era prezada acima de tudo, apesar do regime militar censurar muitas letras e canções de diversos cantores brasileiros, sendo que o campeão foi o próprio Chico.

1 - Madalena Foi Pro Mar
2 - Sem Fantasia - Cristina e Chico Buarque
3 - Tem Mais Samba
4 - Realejo
5 - Fica
6 - Funeral de Um Lavrador
7 - Sonho de Um Carnaval
8 - Retrato Em Branco E Preto
9 - Januária
10 - Até Pensei
11 - Sabiá
12 - Tema Para Morte e Vida Severina - Orquestra e Coro RGE

1960 - O Diploma do Astro - Miltinho

Oi pessoal! Nesta sexta-feira, posto aqui no Blog mais um disco de um cantor que, até o momento, estava ausente das postagens. Trago hoje o sambista Miltinho, com seu LP "O Diploma do Astro", lançado originalmente em 1960. Para aqueles que não conhecem Miltinho, ele é um sambista carioca autor de grandes sambas, principalmente durante a década de 1960, quando alcançou enorme sucesso com a canção "Mulher de 30". Miltinho fez muito sucesso na época, mas acabou caindo em (quase) completo esquecimento nos dias de hoje, chegando a gravar discos com Elza Soares e Chico Buarque. Também foi integrante de diversos grupos musicais, como Anjos do Inferno e Quatro Ases e Um Curinga, que futuramente terão postagens em tributo. Apesar de hoje ser lembrado por poucos, seu legado permanece, pela importância e pela qualidade de suas músicas à nossa memória musical e cultural brasileiras. Neste disco, Miltinho traz grandes sambas de sua extensa coleção, como "Saudade da Pobreza", "Bambolê", "Não Emplaca 61", "Temporal", "Jogaste Fora" e "Já Era". Miltinho é genial no samba. Do samba, tradicional.

1 - Não Emplaca 61
2 - Saudade da Pobreza
3 - Jogaste Fora
4 - Só Dinheiro
5 - Do Além
6 - Temporal
7 - Tradições da Bahia
8 - Produtos e Costumes
9 - Bambolê
10 - Telefonei
11 - Lei Áurea
12 - Já Era

Este disco pode ser buscado em https://parallelrealitiesstudio.wordpress.com/2010/12/25/miltinho-o-diploma-do-astro-1960/

1967 - Sidney Miller

Oi pessoal! Nesta terça-feira, posto aqui no Blog o primeiro disco da carreira do cantor e compositor Sidney Miller. Comparado a Chico Buarque no início de ambas as carrerias, Sidney Miller participou de alguns festivais de música, com as canções "Queixa" - através de Cyro Monteiro, no I Festival de Música Popular Brasileira promovido pela Tv Excelsior, em 1965 -, "Sem Assunto" - na voz de Cynara e Cybele, no I Festival de Juiz de Fora, de 1968, alcançando o 1º lugar -, "Quem Dera" - com interpretação do quarteto MPB-4, na I Bienal do Samba, promovida pela Tv Record, em 1968 - e um dos seus maiores sucessos de sua carreira, "A Estrada e o Violeiro" - prêmio de melhor letra no III Festival de Música Popular Brasileira, promovido pela Tv Record, em 1967, ao lado de Nara Leão. Aliás, Nara Leão foi uma das responsáveis por tornar conhecido do público o talento de Sidney Miller, gravando muitas músicas de sua autoria em seus discos. Neste disco, gravado em 1967 pela gravadora Elenco, Sidney Miller nos traz algumas de suas canções já conhecidas pelo público, como "A Estrada e o Violeiro", com Nara Leão, "O Circo", "Passa, Passa, Gavião" e "Maria Joana", todas gravadas por Nara na época, e também "Marre de Cy", "Menina da Agulha", "Botequim Nº 1" e "Pede Passagem", também gravada por Dalva de Oliveira, em 1968. Mesmo não sendo muito conhecido atualmente, sua obra permanece como um registro de sua própria história, sua época e seu estilo único de compor. Um artista magnífico que, tenho certeza, vocês vão gostar de conhecer.

1 - A Estrada e o Violeiro - com Nara Leão
2 - Maria Joana
3 - Marre de Cy
4 - Argumento
5 - Minha Nega
6 - Botequim Nº 1
7 - O Circo
8 - Meu Violão
9 - Passa, Passa, Gavião
10 - Chorinho do Retrato
11 - Menina da Agulha
12 - Pede Passagem

1989 - Teu Sonho Não Acabou - Taiguara

Oi pessoal! Neste domingo, posto aqui no Blog pela primeira vez Taiguara, um cantor fantástico, que foi muito importante para nossa música brasileira, principalmente durante as décadas de 1960 e 1970. Um dos símbolos da resistência contra a ditadura militar, Taiguara chegou a participar do V Festival Internacional da Canção (FIC), promovido pela Tv Globo, em 1970, alcançando o terceiro lugar com a música "Universo do Teu Corpo", um dos maiores sucessos de sua carreira. Aliás, este terceiro lugar foi alcançado por Taiguara debaixo de vaias do público contra os jurados pois, para o público, Taiguara merecia muito mais. Em 1968, Taiguara ganhou o primeiro lugar no I Festival Universitário de Música Popular, da Tv Tupi, com a música "Helena, Helena, Helena" e também foi o campeão do III Festival Nacional da Música Popular Brasileira, promovido pela Tv Excelsior, com a música "Modinha", de Sérgio Bittencourt. Dá para se ver que ele não estava para brincadeira nessa história de festivais, nem para a música que cantava. Este disco, uma coletânea lançada com os maiores sucessos de Taiguara em 1989, traz algumas pérolas de nossa música brasileira como as já citadas "Helena, Helena, Helena", "Universo do Teu Corpo" e "Modinha", além de "Berço de Marcela" (que me lembrou muito a sobrinha de uma grande amiga minha), "Gente Humilde" (grande sucesso de Chico Buarque), "Teu Sonho Não Acabou" - que dá nome à coletânea -, "Viagem", "Que As Crianças Cantem Livres", "Carne E Osso" e "Piano e Viola". Um disco maravilhoso, uma descoberta sensacional. Espero que gostem tanto como eu gostei. Demais!

1 - Universo No Teu Corpo
2 - Berço de Marcela
3 - Teu Sonho Não Acabou
4 - Gente Humilde
5 - Modinha
6 - Helena, Helena, Helena
7 - Carne E Osso
8 - Momento de Amor
9 - Viagem
10 - Mudou
11 - Piano e Viola
12 - Nada Sei de Eterno
13 - Hoje
14 - Que As Crianças Cantem Livres

1963 - Os Grandes Sucessos de Francisco Alves

Oi pessoal! Neste sábado, chuvoso mas abafado, posto aqui no Blog um disco de um cantor fora de série, que marcou profundamente a música brasileira e que há muito merecia uma postagem neste Blog. E aqui fica registrado nossa homenagem ao grande Rei da Voz, Francisco (Chico) Alves. Também conhecido por Chico Viola, Francisco Alves era um dos mais populares cantores das décadas de 1930, 1940 e 1950, tendo sua carreira e sua vida brevemente abreviadas por um trágico acidente de automóvel, na Via Dutra, em 1952. Intérprete de vários sucessos de nossa música brasileira, Francisco Alves não chegou a gravar nenhum LP em sua carreira, visto que os primeiros LP's começaram a ser produzidos no Brasil a partir do início da década de 1950. Dono de uma voz muito característica, grave e que encantava os milhares (ou milhões) de ouvintes que através de sues programas de rádio o ouviam com muita freqüência por todos os cantos do Brasil. Este disco, uma bela coletânea lançada em 1963, traz grandes sucessos de sua carreira, como "Grau Dez", "Tua Partida", "É Bom Parar", "Canção do Meu Amor", "Sobe Meu Balão", "Serra da Boa Esperança", "Sem Ela" e "Na Virada da Montanha". Um disco que mesmo sendo uma coletânea, traz um pouco da genialidade e do talento de Francisco Alves.

1- Serra da Boa Esperança
2 - Misterioso Amor
3 - É Bom Parar
4 - Só Nós Dois Neste Salão...E Esta Valsa
5 - Grau Dez
6 - Foi Ela
7 - Na Virada da Montanha
8 - Canção do Meu Amor
9 - Tua Partida
10 - A Mulher Que Ficou Na Taça
11 - Sobe Meu Balão
12 - Sem Ela

1964 - Antonio Carlos Jobim e Fernando Cesar Na Voz de Agostinho dos Santos

Oi pessoal! Nesta sexta-feira, posto aqui no Blog mais um disco do genial Agostinho dos Santos. Desta vez, Agostinho nos traz canções do nosso Tom, clássicos da música brasileira que marcaram não só o período musical em que se tornaram grandes sucessos, como também ainda servem de inspiração a muitos cantores e cantoras por esse mundo afora. E, não poderia ser diferente, a interpretação impecável de Agostinho dos Santos dispensa qualquer tipo de crítica ou comentário. Apenas que é sensacional! Músicas como "Se Todos Fossem Iguais a Você", "Foi A Noite", "Por Causa de Você", "Eu Não Existo Sem Você" e "Estrada do Sol" (em parceria com Dolores Duran) se tornaram pérolas na voz e no talento de Agostinho. No outro lado do disco, Agostinho nos traz seis canções do compositor português Fernando Cesar Pereira. Revelado aqui no Brasil por Doris Monteiro em meados dos anos 1950, Fernando Cesar tornou-se um dos principais compositores do período, sendo gravado pela própria Doris, Cauby Peixoto, Vera Lúcia e Miltinho. Conhecido por suas letras belíssimas, Fernando Cesar é lembrado neste disco de Agostinho com as músicas "Dó-Ré-Mi" (um dos maiores sucessos do compositor na voz de Doris Monteiro), "Tudo Ou Nada", " e "Graças a Deus". Músicas belíssimas, que na voz de Agostinho ganham um tempero especial de talento e bom gosto.

1 - Estrada do Sol
2 - Sucedeu Assim
3 - Eu Não Existo Sem Você
4 - Foi A Noite
5 - Se Todos Fossem Iguais a Você
6 - Por Causa de Você
7 - Tudo ou Nada
8 - Dó-Ré-Mi
9 - Graças a Deus
10 - Segredo
11 - Deixe Que Eu Possa Esquecer
12 - Crepúsculo